Jogo perdido? Cumprindo tabela? É aquilo: "cinema comercial" é vislumbre de desejo, fezinha de uns. O que existe de concreto é o modo de produção de um cinema industrial e o modo de criação um cinema artesanal/cooperativo. E os dois não necessariamente se excluem esteticamente, mas se olham em campos diferentes (não lados opostos do mesmo campo). Por isso tô torcendo, rezando, fazendo macumba, pedindo pra padimpadinciço pro segundo ainda ter espaço nos planos de futuras políticas culturais desse país nosso todo garboso de si. Tudo bem as pulsões industriais celebrarem seus números - mas apenas números e dados e tabelinhas são celebráveis (até filme de "artchi" vira fenômeno se faz números?)? EXEMPLO TRISTE: goste-se mais ou menos dos filmes do Julio Bressane - como é que um cara como ele (central na construção da identidade do cinema brasileiro a partir dos anos 70 - e que filma de forma leve, barata) pode ter que fazer cinema sem quase nenhum recurso, dependendo de gestos privados de quem se "comove" com o absurdo da situação? Eu acho vergonhoso. Mesmo. Mal aí. Mas não tá maneiro não.
Posted on: Wed, 07 Aug 2013 00:03:06 +0000
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