Já que estamos falando em manifestação contra o preço da - TopicsExpress



          

Já que estamos falando em manifestação contra o preço da passagem e o serviço prestado pela concessionária do transporte coletivo, leia abaixo um resumo da entrevista do vereador Joffre Neto à Rádio Difusora (serviço de clipagem da Câmara). --- Em entrevista hoje ao programa Pedro Luiz, da Rádio Difusora, o vereador Joffre Neto (PSB) falou a respeito do transporte coletivo e a insatisfação pública a respeito deste assunto. Segundo ele, a questão de melhorias no transporte nunca foi devidamente discutida, pois há 16 anos, quando a discussão foi colocada, não havia um meio de mobilização. “Conseguimos avanços naquela época. Impedimos que a tarifa fosse reajustada, demonstramos que havia um desvio, já na época, de R$ 3 milhões por ano. Infelizmente, isso depende muito do Poder Executivo. A Prefeitura deve resolver isso. E, nestes anos todos, isto nunca foi resolvido, e a situação foi se agravando. Hoje temos uma tarifa que é uma das maiores do país.” Joffre explicou que a tarifa do ônibus é calculada a partir dos salários, combustível, despesa de manutenção, administração da empresa, lucro de empresários e impostos. “Estamos verificando e encontramos algumas falhas na planilha. Por exemplo, a empresa transportava, em 1997, 1,5 milhão passageiros por mês. Hoje ela diz que transporta 1,3 milhão”, explicou o vereador que afirma que, em 16 anos, a tendência é aumentar o número de usuários. Destacou também a falta de qualidade do transporte, o mau atendimento, dentre outros fatores. “A empresa informa o cobrador erroneamente: diz que o troco máximo para a tarifa de ônibus é de R$ 20. O troco máximo é de R$ 50. O cobrador, quando vai para o ônibus de manhã, tem que levar dinheiro de casa, porque a empresa não fornece uma quantia para que ele comece a trabalhar.” Falou a respeito da demora da chegada dos ônibus, cujos usuários às vezes precisam esperar 40 minutos, e constatou que este fator atrapalha a economia da cidade, pois se as pessoas gastam tempo no trânsito, não podem trabalhar. “Isto é muito desgastante para quem está todos os dias nesta situação.” O vereador afirmou que a Prefeitura trabalha de forma concessionária com a empresa ABC Transportes e permissionária com o Transporte Complementar, tratando-se, portanto de um vínculo mais frágil com o segundo. Ele destacou que muitos dos problemas que ocorrem em relação à Tctau ocorrem devido ao fato de que os motoristas desta cooperativa não compreendem que estão trabalhando com um serviço público. “Ele tem que ser impessoal, tratar o cidadão com urbanidade, deve ter forma de se portar e não pode ter a mentalidade do perueiro que corria na frente do ônibus para pegar passageiros.” Ele afirmou que houve um descontrole geral da administração pública em Taubaté nos anos anteriores. “Acho que, apesar da boa vontade do prefeito Ortiz Junior (PSDB) e da diretora de Trânsito, Maria Dolores Pino (Lola), precisamos de uma resposta mais ágil. Coisas importantíssimas estão sendo feitas nos bastidores, na arrumação da casa, mas algo precisa ser feito para simbolizar o que está sendo feito.” Joffre esclareceu que a ABC conseguiu, em 2012, que o passe gratuito de idosos fosse pago pela Prefeitura, entretanto, quando a diretoria de Trânsito solicitou à empresa a relação destas pessoas, não havia esta comprovação. “Imediatamente isto foi suspenso, e este repasse não foi feito. Então, quando me refiro a este trabalho que está sendo feito, digo que isto precisava ser divulgado, para se entender o que está acontecendo.” Acrescentou que a questão do Transporte Complementar é objeto de preocupação da Comissão de Transportes da Câmara e que estão havendo estudos a respeito disso, com dois meses previstos para finalização. “Uma coisa precisa ser compreendida: o papel do vereador e o nosso limite. Somos proibidos por lei de ter ação administrativa. Só podemos apontar os problemas, apresentar propostas de solução e encaminhar ao prefeito. Não temos poder para resolver isso. Naturalmente leva a uma lentidão. O Poder Executivo consiste em apenas uma pessoa justamente para tomar a decisão e implantá-la. O prefeito tem se mostrado muito sensível às coisas que levamos até ele, e eu tenho observado algumas soluções imediatas que ele tem atendido.” O apresentador Pedro Luiz acredita que o transporte alternativo foi colocado à disposição, a princípio, para eliminar os veículos que realizavam condução clandestina na cidade, mas que, após resolvido este problema, a administração ignorou os problemas que começaram a ocorrer. “Inclusive, esta ocorrência que ocorre entra as duas empresas não é em cima das qualidades, mas sobre as falhas de ambos.” A respeito das manifestações que estão ocorrendo no país, o parlamentar acredita que há dois caminhos para se resolverem as questões que provocam a indignação popular: a força e o institucional. Ele disse que a pressão exercida sobre o Governo, de forma legítima, é funcional e trouxe resultados na cidade de São Paulo. “Isto é fundamental e passa uma mensagem para a população de que, se ela se mobilizar, a coisa muda. Entretanto, é preciso ter uma reação organizada. É preciso ter uma estratégia de luta, saber o que será feito daqui a uma semana, um mês, seis meses. Porque senão, isto morre. Daqui a pouco vai ficar só a insatisfação, o mal estar e aqueles jovens que estavam começando a ganhar o sabor gostoso da vitória, da participação cidadã, se sentindo no primeiro mundo, vão começar a se desanimar.” Joffre ressalta que as lideranças devem ter uma reação organizada e pressionar os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Destacou que é preciso que as instituições apresentem transparência em suas ações para que o povo possa fiscalizar a corrupção. Revelou que no contrato da ABC Transportes não está permitida a integração de linhas e que o processo está ocorrendo de forma clandestina, pois a Câmara não autorizou esta concessão. O apresentador lembrou que algumas cidades da região abaixaram o valor das tarifas antes que o movimento pudesse ter efeito local e questionou ao vereador o porquê de isto não ter ocorrido em Taubaté. O parlamentar disse que há um descontrole em relação às empresas, que se recusam a passar informações à Diretoria de Trânsito. “A diretora não tinha acesso aos dados da empresa, teve que pressionar, dar prazos e comunicar ao Ministério Público, para aplicar punições mais severas. Por não ter estes dados, o governo ficou inseguro de tomar decisões.” Joffre considerou que houve surpresa por parte de diversos grupos em relação aos movimentos que estão ocorrendo: “Você viu que houve análises muito simplificadas, dizendo que eram vândalos, gente sem expressão. Claro que no meio tem bandido, mas, no geral é jovem indignado que quer que o país melhore. Vai levar muito tempo para se explicar direito como isso aconteceu. Como um movimento que nasce em São Paulo, se espalha pelo Brasil inteiro e, com a dimensão que a internet deu, já tem 25 cidades no mundo com comunidades brasileiras se manifestando a favor disso. Isto é uma novidade tão grande, que vai levar tempo para se digerir. Para mim, a mensagem é clara: respeite a população!”
Posted on: Fri, 21 Jun 2013 00:14:55 +0000

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