Nota editorial da NewsLetter de Julho de 2013 Os vinte e um dias - TopicsExpress



          

Nota editorial da NewsLetter de Julho de 2013 Os vinte e um dias que abalaram a coligação tiveram a vantagem de mostrar as debilidades do governo em continuar a impor o seu plano de austeridade, manifestadas pela deserção de Vítor Gaspar e a tentativa de fuga de Paulo Portas. O primeiro deixou como testamento o reconhecimento do fracasso das medidas de que foi principal ideólogo e arquitecto, o segundo acabou para se sentar na cadeira de vice-primeiro ministro e ter conseguido o predomínio do seu partido nos sectores chave da governação. Pelo meio, e percebendo a fragilidade da base de apoio político às políticas do governo, Cavaco Silva ensaiou uma manobra táctica de envolvimento do partido socialista a troco de eleições em 2014. Ler aqui Entrevista a Carlos Brito 1 - Pergunta da «Newsletter» da RC: «Como comentas a opção do PCP e do BE de não entrarem no processo negocial de «Salvação Nacional» convocado pelo Presidente da República?» 2 - Resposta de Carlos Brito: O primeiro comentário é para manifestar a minha repulsa pela afrontosa «convocatória» do Presidente da República ao pretender excluir da «salvação nacional» partidos representados na Assembleia da República, como o PCP e o BE, o que ofende gravemente a Constituição e toda a prática constitucional feita ao longo de 39 anos de democracia. O que é mais grave é esta atitude discriminatória parta daquele que devia ser o garante do funcionamento regular das instituições. Ler aqui A Remodelação: entre a austeridade e a demagogia do estímulo económico A crise política deste verão resultou do desastre dos cortes e da depressão económica, instrumentos maiores para conduzir à redução da despesa do Estado. Diz-se que o projeto de Passos Coelho é de cortar em 20 mil milhões a despesa do Estado, esmagando-a de 48% para 34% do PIB. É a utopia de que o capitalismo vai finalmente florescer se for escaqueirada a economia pública e desvalorizada a força de trabalho e atirado o peso da despesa pública para uma das mais baixas percentagens do PIB na Europa (Tabela1). Ao que parece, os planos da direita austeritária ainda só chegaram a metade do programa (já cortaram 10 mil milhões) e já o desemprego se aproxima dos 20%, a miséria grassa nas ruas e o país está em recessão cumulativa desde há 3 anos. E, é bom sublinhar, quanto a florescimento do capitalismo, nada, só se vê recessão, destruição de emprego e de empresas. É bom lembrar que antes de Vítor Gaspar dar o braço a torcer, já os expoentes internacionais da austeridade expansionária estavam em cheque na comunidade académica sinalizando uma eventual correção de orientação no Banco Central Europeu e no Bundesbank. Ler aqui Eleições autárquicas –Porto um processo exemplar A chamada esquerda portuguesa , designação atribuída aos dois partidos que constituem com o PS a Oposição, há muitos anos que não cumpre uma função elementar para qualquer partido que disputa os votos para a Assembleia da República, isto é, estar disponível para participar nas tarefas da governação. Com efeito não é porque tenham falhado conversações ou acordos que os dois referidos partidos nunca assumem as suas responsabilidades para com o respectivo eleitorado; simplesmente essas forças politicas cada vez que há que tomar decisões, como foi o caso de discutir a intervenção da tróica ou de se pronunciar perante o governo de coligação sobre a insólita proposta do presidente da república, colocam-se de imediato de fora. Ler aqui
Posted on: Mon, 29 Jul 2013 20:40:24 +0000

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