Nunca tinha visto um editorial do Grupo Bandeirantes. - TopicsExpress



          

Nunca tinha visto um editorial do Grupo Bandeirantes. Provavelmente, porque raramente assisto ao canal Band. Ontem, vi. Lido pelo Boechat. Não me surpreendeu o fato de o jornalista que se apresenta sempre como crítico e autônomo ter lido tal nota sem titubear, porque opinião idêntica ele já manifestou em seu programa de rádio, parecendo sofrer de algum tipo de esquizofrenia já que, muito rapidamente, deixou de apontar a falta de habilidade da prefeitura para resolver o problema e a opção que o prefeito faz pela birra, para, como os jornalistas de outras emissoras e rádios, passar a atacar, demagogicamente, os profissionais da educação. O que me causou espanto foi a ausência de um editorial que denunciasse a ditadura instalada em nosso Estado e Cidade, ditadura esta que encarcerou dezenas de pessoas simplesmente porque estavam sentadas nas escadas da Câmara. Não houve uma palavra sofre o fato de que dentre os encarcerados estão os jovens corajosos que fizeram o movimento Ocupa Câmara Rio, acampando em plena Praça XV, cobrando a existência de uma CPI séria sobre os Ônibus em nossa cidade. Muito menos sobre os jornalistas da mídia independente encarcerados. E me dei conta que nada haveria sobre mim. Porque tive a sorte de correr para o lado certo. Se eu estivesse me abrigando nas escadarias da Câmara, esperando o caos diminuir para poder ir embora, teria sido presa, provavelmente enquadrada numa lei que respira os ares dos porões da ditadura, e não seria mencionada. Porque isso não importa. O que importa é que os rios de dinheiro da educação continuem fluindo do governo direto para a Fundação Roberto Marinho, Instituto Ayrton Senna, Sangari, etc. Será isto? Será que o Grupo Bandeirantes quer fazer parte do grupo do prefeito, do governador? Quer ganhar uma fatia da pizza? Se pudéssemos deixar de lado a questão da ditadura do capital que se impõe em nossa cidade e estado e, fechando nossos olhos, falássemos apenas da questão da escola, seria preciso considerar urgentemente que: Os alunos estão sendo prejudicados pela intransigência do Governo do Estado e da Prefeitura. Nós, Profissionais da Educação, em nosso legítimo direito de greve e fazendo uso da nossa liberdade de expressão, desmascaramos os governos Cabral/Paes. Denunciamos que os alunos tem sido considerados números e levados adiante, aprovados automaticamente. O sistema do modo como está organizado não nos dá meios de ensinar adequadamente. Salas superlotadas de alunos conformados à aprovação automática, com mobiliário velho, calor de 40º ou goteiras, sujeitas às intempéries. Prédios escolares caindo aos pedaços, nos quais falta material básico de higiene e água. Falta de tempo para planejamento das aulas. Falta de recursos básicos como canetas para escrever no quadro. Falta de livros didáticos, substituídos pelas apostilas mal elaboradas da SME. Corrupção gerada pela insistência do governo municipal e estadual em produzir estatísticas, assim a realidade é falseada pela ilusão do sucesso, e muitos alunos saem formados sem nem conseguir compreender o que leem. Denunciamos que não queremos o Telecurso substituindo as aulas nas escolas, nem enturmar os alunos em classes especiais que nada mais são que cursos supletivos. Aqui cabe perguntar: a lei permite supletivo para crianças e adolescentes que estão matriculados em escola de ensino regular? Poderia dizer muito mais. Posso dizer muito mais. Alguém estaria interessado em ouvir? Grupo Bandeirantes? Boechat? Adriana Ortega - Professora de História e Espanhol.
Posted on: Thu, 17 Oct 2013 14:19:42 +0000

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