NÃO QUERO AQUI CRIAR POLÊMICA QUANTO A QUESTÃO DE MÉDICOS - TopicsExpress



          

NÃO QUERO AQUI CRIAR POLÊMICA QUANTO A QUESTÃO DE MÉDICOS CUBANOS NO BRASIL, MAS HÁ UMA GRANDE INJUSTIÇA SENDO PRATICADA CONTRA A MEDICINA DE CUBA. QUEM QUISER SE INFORMAR MELHOR LEIA: "O internacionalismo humanitário elaborado por Cuba demonstra que a solidariedade pode ser um vetor fundamental nas relações internacionais. Assim, uma pequena nação do Terceiro Mundo com recursos limitados e vítima de um estado de sítio sem precedentes por parte dos Estados Unidos consegue reunir os recursos necessários para ajudar os mais pobres e oferece ao mundo um exemplo, como diria o herói nacional cubano José Martí, que Pátria pode ser Humanidade. A Brigada Henry Reeve Em 19 de setembro de 2005, após a tragédia que o furacão Katrina provocou em Nova Orleans, Cuba criou a Brigada Henry Reeve, um contingente médico composto por 10.000 profissionais da saúde e especializado em catástrofes naturais. Naquela época, Havana ofereceu a Washington o envio de 1.586 médicos para atender as vítimas, mas o presidente Bush negou a oferta. A Brigada Henry Reeve interveio em vários continentes. Assim, após o terremoto de novembro de 2005, que assolou o Paquistão, 2.564 médicos cubanos viajaram para lá a fim de atender as vítimas durante mais de oito meses. Foram montados 32 hospitais de campanha, que logo foram doados às autoridades de saúde do país. Mais de 1,8 milhão de pessoas foram atendidas e 2.086 vidas foram salvas. Nenhuma outra nação ofereceu uma ajuda tão importante, nem mesmo os Estados Unidos – principal aliado de Islamabad –, que estabeleceu apenas dois hospitais de campanha e ficou por oito semanas. O jornal britânico The Independent ressaltou o fato de que a brigada médica cubana foi a primeira a chegar ao Paquistão e a última a deixar o país. Anteriormente, após o tsunami que devastou a região do Pacífico em 2004, Cuba enviou várias missões humanitárias para oferecer atenção médica às vítimas, muitas vezes abandonadas pelas autoridades locais. Várias áreas rurais em Kiribati, Timor Leste ou Sri Lanka ainda dependem da ajuda médica cubana. Foi inaugurada uma escola de medicina no Timor Leste para formar jovens estudantes do país. As Ilhas Salomão, assim como a Papua-Nova Guiné, acenaram à Havana para se beneficiar de uma ajuda similar e firmar acordos de cooperação. Após o terremoto ocorrido em maio de 2006 em Java, na Indonésia, Cuba enviou várias missões médicas. Ronny Rockito, coordenador regional para a saúde, elogiou o trabalho dos 135 profissionais cubanos que instalaram dois hospitais de campanha. Segundo ele, seu trabalho teve um impacto mais importante do que qualquer outro país. "Aprecio muito as brigadas médicas cubanas. Seu estilo é muito amistoso e seu nível de atenção médica, muito elevado. Tudo é gratuito e não há nenhum apoio por parte do meu governo para isso. Agradecemos Fidel Castro. Muitos moradores suplicaram aos médicos cubanos para que ficassem”, enfatizou. O caso mais recente e mais emblemático da cooperação médica cubana diz respeito ao Haiti. O terremoto de janeiro de 2010, de magnitude 7, causou dramáticos danos humanos e materiais. Segundo as autoridades haitianas, o balanço foi de 230.000 mortos, 300.000 feridos e 1,2 milhão de pessoas sem teto. A brigada médica cubana, presente desde 1998, foi a primeira a auxiliar as vítimas e atendeu cerca de 40% delas. Em outubro de 2010, soldados nepaleses das Nações Unidas introduziram inadvertidamente o vírus da cólera no Haiti. Segundo a ONU, a equipe médica do doutor Jorge Luis Quiñones descobriu a epidemia. Cerca de 6.600 pessoas perderam a vida e 476.000 foram infectadas, o que representa 5% da população de um total de 10 milhões de habitantes. Era a taxa de cólera mais elevada do mundo, segundo as Nações Unidas. O New York Times ressaltou, em uma reportagem, o papel chave dos médicos cubanos: "A missão médica cubana, que desempenhou um papel importante na detenção da epidemia, ainda está presente no Haiti e recebe a cada dia a gratidão dos doadores e dos diplomatas por sua presença nas linhas de frente e por seus esforços de reconstrução do carcomido sistema de saúde do país”. Por sua vez, Paul Farmer, enviado especial das Nações Unidas, salientou que, em dezembro de 2010, quando a epidemia atingiu seu pico, com uma taxa de mortalidade sem precedentes e o mundo estava com os olhos em outros lugares, "a metade das ONGs haviam ido embora, ao passo que os cubanos ainda estavam presentes”. Segundo o Ministério da Saúde haitiano, os médicos cubanos salvaram mais de 76.000 pessoas nas 67 unidades médicas sob sua responsabilidade, com apenas 272 falecimentos, ou seja, 0,36%, contra uma taxa de 1,4% no resto do país. Desde dezembro de 2010, não faleceu nenhum paciente tratado pelos médicos cubanos. Nações Unidas saúdam uma política solidária Segundo o PNUD, a ajuda humanitária cubana representa, proporcionalmente ao PIB, uma porcentagem superior à média das 18 nações mais desenvolvidas. Ressalta, em um informe, que: "A cooperação oferecida por Cuba se inscreve em um contexto de cooperação Sul-Sul. Não persegue um objetivo de lucrar, mas, ao contrário, se oferece como a expressão de um princípio de solidariedade e, na medida do possível, a partir de custos compartilhados. No entanto, durante anos, Cuba proporcionou ajuda de qualidade com doações aos países mais pobres, e se mostrou muito flexível quanto à forma ou à estrutura da colaboração […]. Em quase a totalidade dos casos, a ajuda cubana foi gratuita, ainda que, a partir de 1977, com alguns países de alta renda, principalmente os petroleiros, se desenvolveu uma cooperação sob uma forma de compensação. O desenvolvimento elevado que Cuba alcançou nos campos da saúde, educação e esporte fizeram com que a cooperação contemplasse esses setores, ainda que tenha havido uma participação em outras áreas, como, por exemplo, a construção, a pesca e a agricultura”.
Posted on: Sun, 16 Jun 2013 21:51:45 +0000

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