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ONG denuncia ação do Bope na Maré à OEA Denúncia sobre sequência de atos de violência por parte de militar é da Justiça Global RIO - Uma sequência de eventos com emprego de violência envolvendo o mesmo policial militar do estado do Rio será denunciada pela ONG Justiça Global à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Tratam-se de ações praticadas pelo major João Jacques Busnello, hoje subcomandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), responsável pela operação que deixou pelo menos dez mortos na Favela Nova Holanda, no Complexo da Maré. De 1998 até agora, a ONG contabiliza quatro ações com emprego de violência desproporcional das quais Busnello participou. A Secretaria Estadual de Segurança, por meio de nota, informou que não vai se pronunciar sobre o assunto porque, até o momento não foi procurada oficialmente pela ONG Justiça Global nem pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, órgão ligado à Organização dos Estados Americana. Nesta quarta-feira, a Corregedoria Interna da Polícia Militar instaurou um inquérito para apurar se houve excesso na ação dos policiais do Bope. Policiais da Corregedoria participaram de uma reunião com lideranças da comunidade e com o chefe do Comando de Operações Especiais (COE), o coronel Hugo Freire, na sede da unidade. A PM divulgou, na tarde desta quarta-feira, o vídeo feito pelo helicópero da corporação. Nas imagens, homens armados aparecem em becos da Maré. Comandante da operação, o major Busnello já havia sugerido a moradores da comunidade que tiverem reclamações a fazer em relação a ação dos policiais do Bope que procurassem a ouvidoria ou a corregedoria da corporação. — A impressão que fica é que em alguns lugares agem de maneira truculenta e em outros, como a Barra da Tijuca, por exemplo, não fazem assim — comentou Alexandra Montgomery, advogada da ONG Justiça Global. — Ouvidorias não têm caráter jurisdicional. E são parte das mesmas corporações. Existe uma sensação de impunidade. Vamos pedir à Comissão Interamericana de Direitos Humanos que informe o estado brasileiro desse link de eventos dos quais o major Busnello está envolvido e tome providências. Em 1998, ainda tenente da PM, Busnello esteve a frente de uma ação no Morro da Babilônia que resultou na morte do recruta do Exército Wallace de Almeida, com um tiro nas costas. A comissão interamericana reconheceu que o estado brasileiro violou a convenção da Organização dos Direitos Humanos e exigiu reparações. A família de Wallace só foi indenizada, e a vítima, moralmente inocentada, num evento oficial ocorrido em agosto de 2009. Mas os autores da morte do recruta não foram penalizados. A ONG ressalta que, em maio de 2009, já major da PM, Busnello, então comandante do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe), foi preso em flagrante no Juizado Especial Criminal (Jecrim) no Maracanã por lesão corporal dolosa, prevaricação e abuso de autoridade, após ser denunciado por um funcionário da Superintendência de Desportos do Estado do Rio (Suderj) de 75 anos, que tentou impedi-lo de entrar com outras seis pessoas no estádio sem ingresso. José Maurílio Durães sofreu luxação no braço esquerdo ao ser agredido por Busnello.No Jecrim, o major tentou inverter os papeis e acusou o idoso de desacato a autoridade. Na 18ª DP (Praça da Bandeira), o delegado se negou a autuá-lo e foi acusado de prevaricação. Em setembro do mesmo ano, Busnello, atuando como atirador de elite, matou com um tiro na cabeça Sérgio Ferreira Pinto, que fazia de refém a dona de uma farmácia em Vila Isabel. O major foi ovacionado e chegou a receber da Assembleia Legislativa do estado a Medalha Tiradentes. Mas, no entendimento da Justiça Global, a morte do Sérgio poderia ter sido evitada pelo fato de ele já ter sido baleado na perna, por estar imobilizado e cercado por policiais do 6º BPM (Tijuca). Agentes da tropa de elite da PM entraram na favela na noite desta segunda-feira, após um arrastão ocorrido na Avenida Brasil, e foram recebidos a tiros dados por traficantes. O sargento Ednelson Jeronimo dos Santos Silva acabou baleado e morreu no local. Após a morte do PM, pelo menos nove pessoas foram mortas na ação do Bope, entre a noite desta segunda-feira e a manhã desta terça. De acordo com moradores, o número de vítimas em confrontos com a PM chegaria a 13 pessoas. Segundo a Polícia Civil, dois dos mortos na favela não possuem antecedentes criminais. Outros dois tiveram anotações na condição de adolescente infrator. Cinco dos mortos têm anotações por crimes, como homicídio, tráfico de drogas, roubo e porte ilegal de armas. oglobo.globo/rio/ong-denuncia-acao-do-bope-na-mare-oea-8826532
Posted on: Tue, 02 Jul 2013 07:26:53 +0000

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