OS BANCOS CONTINUAM A JOGAR NA ROLETA Em Maio deste ano, tive - TopicsExpress



          

OS BANCOS CONTINUAM A JOGAR NA ROLETA Em Maio deste ano, tive oportunidade de assistir ao seguinte diálogo, numa repartição de finanças do nosso país. Contribuinte, para o funcionário: sabe-me dizer, qual o motivo, porque me enviaram esta notificação? Funcionário, após consultar o processo no computador: sabe, o seu Banco comunicou-nos, que o Sr. recebeu rendimentos provenientes de depósitos, sediados na Ilha Cayman? Contribuinte: Onde? Como disse? Cayman? Eu nunca estive nessa terra! Só pode ser engano! Funcionário: Contacte o seu banco, sobre o que se passou. E informo-o, desde já, que o Sr tem de entregar uma declaração de substituição, onde inclua esses rendimentos. Depois vai ter de pagar coima, por entrega fora de prazo. Sai o contribuinte, confuso e perplexo. Esta história, não foi um caso único; a Banca comercial, protagonizou milhares de histórias do género. A parte já antiga desta história, é a seguinte. A nossa Banca, foi burlada na década passada, no mercado financeiro internacional. Investiu milhões em fundos de investimento especulativo, nomeadamente no sector do Sub-prime. Cheios de ganância de lucro fácil e usurário, compraram gato por lebre, e perderam milhões. Os seus balanços, ficaram recheados, de activos, que já não o eram, eram lixo. Adicionado a isto, somaram-se outros problemas, igualmente catastróficos. A divida portuguesa, que havia sido adquirida, dentro do esquema de cumplicidade com os sucessivos governos institucionais, sofreu fortes quebras de valor. O valor do imobiliário, suporte do crédito hipotecário, distribuído “à mão cheia”, quebrou com o rebentar da bolha imobiliária. As empresas sobre endividadas, registaram insolvências em massa, nomeadamente nos sectores ligado á construção. As imparidades, a registar têm vindo em crescendo. A solvência, da banca passou a ser um assunto na ordem do dia. Com tudo isto, pensaria o português mais conservador, cuidadoso, e timorato no futuro, seria tempo de aprender com os erros passados, nunca mais especular. E na realidade, eles aprenderam, pois em vez de especularem com o dinheiro do banco, passaram a especular somente com o dinheiro dos clientes. Assim o risco passa a ser só destes. A especulação financeira internacional, continua a verificar-se, apesar dos graves problemas, que recentemente se verificaram, com as falências ou intervenções estatais, de e sobre, grandes instituições financeiras principalmente ligadas ao crédito hipotecário. A aptência pela especulação, com fundos e fundos de fundos, pelas margens que propiciam, não desapareceu. E a gravidade da questão, é que num mercado on-line em contínuo, em que se compra e vende, o mesmo titulo em minutos, toda a gente desconhece o valor real do titulo, ou mesmo o que ele inclui, ou o que representa. A única entidade, que o sabe, é quem o emite, e a essa isso não lhe interessa muito, pois já há muito se livrou dele. No dia que o título tiver problemas, quem suporta o prejuízo, é a entidade que tiver o azar, de o possuir na sua carteira. É manifesto o desprezo, manifestado pela nossa banca, com os clientes, que correm um risco desmesurado e mal remunerado. Prometem-lhes, uma taxa acima do praticado para os depósitos a prazo, na compra de unidades de um fundo de investimento. Agarram nesse dinheiro, e vão especular com ele no mercado financeiro global. Se correr bem, é lucro do banco todo o excesso obtido acima da taxa de juro prometida; se correr mal, as unidades do fundo desvalorizam, suportando o cliente por inteiro o prejuízo verificado. É o chamado negócio da China, do qual são cúmplices, o Estado Português e o Banco de Portugal, que na lógica do ultraliberalismo económico, evitam interferir, regulando. E neste ponto, pergunto: o país precisa de bancos ou de casinos? Numa altura, em que todo o conjunto produtivo deste país, necessita de se estabilizar, de criar riqueza, de sobreviver, parte da nossa banca comercial dedica-se em nome do lucro, a qualquer preço, á pura especulação, continuando a jogar e a arriscar, com o património do país. Se correr mal quem paga? Porque é que o governo, não limita e regula esta actividade? Porque é que o Estado Português, não imita desde já, o governo dos EUA, que simplesmente decretou, que o Estado Americano, em caso de insolvência de uma instituição financeira, só se responsabiliza por ressarcir valores depositados em instituições bancárias dentro dos EUA, excluindo explicitamente todos os valores depositados em off-shores? O governo do nosso país, é esquisito na sua atitude! A actividade de uma uma simples lojinha, á altamente regulamentada. Mas se se tratar, de Bancos, a sua actividade não foi, nem é devidamente regulamentada e precavida, apesar dos problemas verificados que todos estamos a pagar. Conclua o leitor porquê!
Posted on: Sun, 22 Sep 2013 19:19:14 +0000

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