Os sequazes do poder rapinante têm-se desdobrado em manobras de - TopicsExpress



          

Os sequazes do poder rapinante têm-se desdobrado em manobras de diversão tentando divergir a atenção das pessoas, nomeadamente dos funcionários públicos, do sector empresarial do Estado e dos pensionistas, do assalto que os seus donos estão a fazer aos salários e pensões! Procuram os mais recônditos pintelhos e evidenciam-nos na ânsia que a nossa indignação incida sobre as suas ténues luminárias e nos esqueçamos da sangria que a cada minuto nos fazem! Mas, para que nos interessam as suas historietas do tempo do arroz de quinze? Por acaso o imaginoso fabulário que desfiam impedirá o governo de nos roubar? Pagará a nossa comida? A educação dos nossos filhos? A electricidade? Os transportes? A roupa que vestimos? Há pouco um de deles ligou-me com um entusiasmo exuberante perguntando-me se tinha ouvido o ministro feirante? Satisfi-lo. Disse-lhe, “Ouvi o vomitório demagógico, sim! Ouvi-o, mas a casa minuto passante só consegui sentir crescer o meu ódio e um desejo avassalador de ver um valente choque de expectativas na sua ilustre cornadura! Um choque na dele, outro na do outro”. Claro que ele não se conformou. De imediato, debitou a cassete que vivemos acima do que podíamos, que gastámos aquilo que não tínhamos, que toda a gente quis pôr os filhos a estudar sem condições para isso, que somos um povo ingovernável, blá, blá, blá, blá, num repertório nojento e fascista que me deu volta às tripas. Desliguei-lhe o telefone para não o chamar pelo nome próprio e desliguei-me dele no Facebook. Ao argumentário asqueroso que o meu estômago não aguentou, respondo agora. Quem gastou acima do que podia? Quem malbaratou os “dinheiros europeus” em mansões e carros de luxo? Quem? Quem fez os ricos que mandam no poder de hoje? Quem fez os bancos? Quem fez a corrupção e o nepotismo? Quem? E já agora, 2014? Que comeremos? Conseguiremos garantir o nosso tecto? Quem pagará os livros dos nossos filhos? Os medicamentos? Já estou à espera de tiradas à Diácono Remédios. “Não havia necessidade”, dirão. Não? Não havia necessidade era de nos espoliarem como vêm fazendo! Disso é que não havia necessidade! Talvez devessem era esfregar os olhos ramelentos, esfregá-los bem e acordar, porque, ao contrário do que possam pensar, estão no no mesmo barco que nós! Mais cedo que tarde, chegará o dia em que as migalhas dos senhores deixarão de cair! Quando isso acontecer, quando a fome e a desgraça lhes chegarem à porta...
Posted on: Sun, 13 Oct 2013 21:16:11 +0000

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