Palavras da minha querida capitão Pollyanna Lara O que move o vandalismo? A resposta não é única, nem simples. Algumas especulações a respeito da alma de um vândalo: - rebelde (sem causa); - tem sede de domínio, em particular sobre gente indefesa; - confia excessivamente na impunidade; - inveja os que constroem seu patrimônio com esforço e trabalho (vândalos não sabem e talvez nunca saberão o que é conquistar as coisas com o próprio suor); - frustrado por não ter nenhuma perspectiva de vida, a não ser destruir o que é do outro; - detentor de um vazio profundo, provocado pelo fato de nunca ter sido amado por ninguém, o que leva ao ódio e ao desrespeito; - o grupo é seu esconderijo e sua âncora, pois, fora dele, é um "Zé Ninguém"; - extremamente vulnerável ao tráfico de drogas e ao crime organizado; - infeliz; - solitário; - sem limites; - não entende a linguagem do amor. Tão complexo quanto estabelecer o perfil de um vândalo é propor ações concretas para o combate de suas ações criminosas. Como cristã, fico me perguntando: a evangelização tem atingido esses indivíduos? Enquanto nossa ação evangelizadora - falo de todas as igrejas cristãs sérias - ficar preocupada com questões periféricas e de pouca validade existencial, o ódio, a intolerância, a sede de vingança continuarão imperando nos corações, ainda que o poder público consiga neutralizá-los, por meio de seus aparelhos (polícia, Forças Armadas, leis, etc.). Não podemos ser ingênuos: o Estado precisa atuar, e de forma contundente, se necessário for. É inadmissível ver tanta destruição sem punição, e punição exemplar. Além disso, famílias e escolas precisam retomar as rédeas e educar de verdade. Resta saber se os que creem na mudança do homem a partir de um coração novo vão também se organizar e atuar com mais intensidade em suas igrejas e movimentos, colocando em primeiro lugar a missão, e não os privilégios e rituais. Peçamos ao Senhor que arranque de nós os diversos empecilhos que barram nosso ardor missionário. Vamos combater o vandalismo (e demais aberrações sociais) TAMBÉM com as armas da fé. E que a complexidade do problema não nos faça desistir de solucioná-lo.
Posted on: Thu, 27 Jun 2013 11:32:04 +0000
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