Palestina e petróleo O norte da África, depois da derrota do - TopicsExpress



          

Palestina e petróleo O norte da África, depois da derrota do líbio Gadaffi, passou a ser de grande preocupação para a política externa americana. Para a defesa do seus interesses os Estados Unidos estabeleceram, em acordo com o governo italiano, novas bases militares na península, além do aumento e renovação das já existentes. Uma parte dos 240.000 homens sediados na Alemanha serão transferidos para as bases na Itália, que estariam mais perto para uma ação americana contra o terrorismo na África. Já no Oriente Médio as anunciadas negociações visando à criação do Estado Palestino, entre o governo israelense e o palestino sob a égide do Secretário de Estado americano John Kerry, continuam se arrastando com paço de cágado, como, aliás, já era esperado. Interessa ao governo israelense ganhar tempo para continuar sua política ilegal de ocupação. O governo palestino somente exerce autoridade sobre 10% de seu território, enquanto 90% é controlado por militares israelenses. Atualmente meio milhão de judeus residem em duzentos assentamentos estabelecidos nos territórios ocupados, além de cerca de 200.000 israelenses moradores da chamada Jerusalém Oriental, legalmente também território palestino segundo a ONU. A Cisjordânia ou Margem Ocidental do Rio Jordão é território palestino ocupado ilegalmente por Israel, não reconhecido pelas Nações Unidas. Israel desenvolve a ocupação sub-reptícia, silenciosa, passo a passo e sem retorno. Controla toda a água na Palestina, um israelense tem direito a 300 litros de água por dia enquanto os palestinos somente 73. Natanyahu já se considera cada vez mais isolado, principalmente depois do acordo russo-americano para uma solução pacífica do conflito regional sírio e a aproximação diplomática dos americanos com Teerã. Passam-se anos e presidentes americanos se sucedem e tudo que fazem é reapresentar as mesmas ideias. Perante o direito internacional a Palestina é um estado independente, reconhecido por 163 de governos e faz parte de organismos internacionais. Até vota como membro na Assembleia Geral da ONU. Sua admissão à UNESCO como país independente ocasionou a retirada dos Estados Unidos e de Israel do organismo em 2011. A Palestina já possui sua embaixada em Brasília como o Brasil tem acreditado um embaixador em Ramala. Um novo elemento se agregou ao imbróglio: petróleo. O governo de Israel de longa desenvolve grandes esforços na busca de petróleo em terra ou no mar, sem resultados significativos. Em 2011 o poço em Meged 5. Localizado entre a cidade israelense Rosh Haayin e aldeia palestina Rantis, operado pela companhia israelense Givot Olam, confirmou reservas, numa extensão de 250 km quadrados de mais de 3,5 milhões de barris além de gás natural. As perfurações estão localizadas do lado palestino a dois quilômetros do muro divisório construído por Israel, numa extensão de 500 quilômetros na fronteira estabelecida em 1949 (“linha verde”). Para que as perfurações ficassem em território do seu lado, Israel “reassentou” o muro, dentro de terras palestinas. O governo de Israel não cumpre os acordos internacionais, como o de Oslo, que dispôs que a exploração dos recursos naturais da Palestina pertence aos palestinos e só por eles podem ser explorados. Mas na realidade em todo o território ocupado estão nas mãos de companhias israelenses. Israel não aceitará que uma Palestina independente se torne um país produtor de petróleo. As conversações continuarão, mas pouco ou nada mudará quanto à ocupação da Palestina por Israel.
Posted on: Sat, 23 Nov 2013 18:00:35 +0000

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