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Para o budismo, dominar a mente consiste, entre outras coisas, em ser capaz de entender as emoções e como elas funcionam. Como neutralizar o poder alienante das emoções conflituosas sem se tornar insensível ao mundo, sem tirar da vida as suas riquezas? Se nos contentarmos em relegar essas emoções ao esquecimento, nas profundezas do inconsciente, elas ressurgirão com força ainda maior na primeira oportunidade, continuando a fortalecer as tendências que perpetuam o conflito interior. O ideal, ao contrário, é permitir que tais emoções se formem e se desfaçam sem deixar nenhum vestígio na mente. Os pensamentos e as emoções continuarão a surgir, mas sem proliferar, vão perdendo assim o seu poder de escravizar-nos. Poderíamos argumentar que as emoções conflituosas – a raiva, o ciúme, a avidez – são aceitáveis porque são naturais e não há necessidade de interferir nelas. Mas a doença também é um fenômeno natural. Não nos conformamos com ela nem a recebemos como um integrante desejável da vida. É tão legítimo agir contra as emoções perturbadoras quanto tratar de uma doença. Afinal de contas, essas emoções negativas não são doenças? À primeira vista, esse paralelo pode aparecer excessivo, mas um olhar mais atento revela que ele está longe de ser infundado, já que grande parte da confusão interior e do sofrimento nascem de uma série de emoções perturbadoras que enfraquecem o nosso “sistema imunológico mental”, enquanto que o bem-estar duradouro surge do cultivo das emoções positivas e da sabedoria. Portanto, é preciso começar pelo reconhecimento de que as emoções aflitivas são prejudiciais ao nosso bem-estar. Essa avaliação não se baseia somente na distinção dogmática entre o bem e o mal, mas sim na observação das repercussões a curto e a longo prazo de certas emoções, em nós mesmos e nos outros. No entanto, o mero fato de reconhecer os efeitos nefastos das aflições mentais não basta para superá-las. Tendo chegado a essa percepção, é necessário ainda familiarizar-se com cada antídoto – a bondade como antídoto para o ódio, por exemplo – até que a ausência de ódio se torne uma segunda natureza. A palavra tibetana gom, em geral traduzida por “meditação”, significa “familiarização”, e a palavra sânscrita bhavana, também traduzida por “meditação”, significa “cultivo”. Com efeito, meditar não é sentar-se à sombra de uma árvore e relaxar para usufruir de um momento de pausa na maçante rotina diária, mas familiarizar-se com uma nova visão das coisas, um novo modo de gerir os seus pensamentos, de perceber as pessoas e experienciar o mundo dos fenômenos. O budismo ensina vários métodos para conseguir essa “familiarização”. Os três principais são os antídotos, a liberação e a utilização. O primeiro consiste em aplicar um antídoto específico para cada emoção negativa. O segundo nos permite desembaraçar ou “liberar” a emoção quando, ao olhar diretamente para ela, conseguimos dissolvê-la assim que surge. O terceiro método consiste em usar a força natural de cada emoção como um catalisador para a transformação interior. A escolha de um método ou de outro depende do momento, das circunstâncias e das capacidades da pessoa que o utiliza. Todos eles têm em comum um ponto essencial e a mesma meta: ajudar-nos a deixar de ser vítimas das emoções conflitivas. Aprenda agora, como por em prática estes métodos, clicando no link abaixo e lendo sobre o O USO DE ANTÍDOTOS para neutralizar as emoções perturbadoras.
Posted on: Mon, 16 Sep 2013 21:57:37 +0000

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