Presente hoje à posse no novo presidente paraguaio, Horacio Cartes, a presidenta Dilma Rousseff atribuiu-se como missão intermediar o retorno do paÃs ao bloco de nações sulamericanas que integram o Mercosul. O Paraguai teve sua participação suspensa do Mercosul desde que ocorreu o impeachment do ex-presidente Lugo, que foi considerado um golpe de Estado pelos paÃses membros. Com a posse de Cartes, a suspensão se encerra e o retorno do Paraguai ao Mercosul, hoje integrado por Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela se torna possÃvel. Ocorre que a presença da Venezuela no bloco e ainda mais na posição de lÃder é vista pelo Paraguai como um fator impeditivo para seu retorno ao Mercosul. As relações diplomáticas entre os dois paÃses estão estremecidas a ponto de o presidente Nicolas Maduro se quer ter sido convidado a comparecer à posse de Cartes. Aliás, o ingresso da Venezuela no Mercosul se deu logo após a suspensão do Paraguai, que, por sua vez, sempre vetava a admissão dos venezuelanos. A exclusão do Paraguai do Mercosul fez com que o paÃs de aproximasse comercialmente de um novo bloco concorrente, a chamada Aliança do PacÃfico, formada por Chile, Colômbia, México e Peru, onde o Paraguai participa ainda na condição de observador. A Aliança movimenta sozinha 35% da riqueza da América Latina e mais de 55% das exportações da região e uma das funções de Dilma, nesse momento, é fazer com que o Paraguai, sob a batuta de Cartes, se afaste desse bloco e retorne ao Mercosul, aparando todas as arestas com a Venezuela. Resta saber se terá a mesma desenvoltura que seu antecessor e conselheiro, Lula, no trato da polÃtica externa. É bom lembrar que ainda não foi dessa vez. E na polÃtica interna, ao que parece, não tem sido tão bem sucedida.
Posted on: Thu, 15 Aug 2013 20:52:57 +0000
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