Quase 50% dos gastos com cartão corporativo são secretos Marina - TopicsExpress



          

Quase 50% dos gastos com cartão corporativo são secretos Marina Dutra Do Contas Abertas Até abril, R$ 15,2 milhões foram pagos com o Cartão de Pagamento do Governo Federal, o chamado Cartão Corporativo. Do total pago por meio dessa ferramenta, 48%, o equivalente a R$ 7,3 milhões, foram de maneira sigilosa. Essas informações são protegidas por sigilo, nos termos da legislação, para garantia da segurança da sociedade e do Estado. Confira aqui os gastos por órgão. No mesmo período do ano passado, o valor pago com os cartões foi maior do que o desembolsado em 2013. Em 2012, foram gastos R$ 15,5 milhões por meio do cartão coorporativo nos quatro primeiros meses do ano. Do total, R$ 7,4 milhões correspondiam a gastos secretos, ou seja, 47,7% dos dispêndios. Neste exercício, a Presidência da República lidera os pagamentos com cartões corporativos e também os gastos secretos. Já foram pagos R$ 4,8 milhões com os cartões da Pasta. Do total, 95% correspondem a dispêndios sigilosos. Dentro do órgão, a Agência Brasileira de Inteligência lidera os desembolsos. Mais de R$ 2,5 milhões foram pagos pela entidade em gastos sigilosos. Logo atrás vem a Secretaria de Administração da Presidência, com R$ 1,9 milhão desembolsado com o cartão, também em compras secretas. A Empresa Brasil de Comunicação é a terceira entidade que mais utilizou o benefício dentro da Presidência, com R$ 185 mil pagos com os cartões. O Ministério da Justiça, por sua vez, desembolsou R$ 2,5 milhões com o “dinheiro de plástico” do governo, sendo que 97% (R$ 2,48 milhões) foram empregados em gastos sigilosos. Do valor, R$ 1,3 milhão foi gasto pelo Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades- Fim da Polícia Federal (Fenapol). Outro R$ 1,1 milhão foi liquidado pelo Departamento de Polícia Federal. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão gastou R$ 1,7 milhão com os cartões até abril. Em terceiro lugar no ranking dos órgãos que mais utilizaram o benefício, o ministério não fez nenhuma compra secreta. Dentro da rubrica, foi a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) quem mais gastou – R$ 1,6 milhão. O restante foi desembolsado pelo Ministério do Orçamento e Gestão. Confira aqui os gastos sigilosos por órgão. Funcionária do Ministério da Defesa gastou R$ 57,7 mil Entre os portadores, quem mais gastou foi uma servidora do Centro de Intendência da Marinha em Manaus, unidade gestora do Ministério da Defesa. A funcionária desembolsou R$ 57,7 mil para o pagamento de agências de turismo na Amazônia. Um funcionário da Unidade Estadual do IBGE no Amazonas, vinculado ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, desembolsou R$ 35 mil com o cartão entre janeiro e abril. O valor corresponde a saques realizados pelo servidor. A prática tem a finalidade de permitir pagamentos quando o cartão é inviável, como, por exemplo, na contratação de uma pequena embarcação para deslocamento na Amazônia. O saque para o pagamento das despesas enquadradas como suprimento de fundos, entretanto, deve ser justificado pelo usuário, que indicará os motivos da não utilização do cartão corporativo. Em terceiro lugar no ranking dos maiores dispêndios com o cartão, encontra-se uma funcionária do Distrito Sanitário Especial Indígena de Pernambuco, entidade ligada ao Ministério da Saúde. A servidora pagou R$ 31,6 mil em farmácias populares e empresas de transporte. Como funciona O Cartão de Pagamento do Governo Federal é um meio de pagamento que proporciona à administração pública mais agilidade, controle e modernidade na gestão de recursos. Os cartões podem ser utilizados para o pagamento de despesas enquadradas como Suprimento de Fundos e somente podem ser realizadas nas seguintes condições: pagamento às agências de viagem previamente licitadas; pagamento de diária de viagem a servidor e outras despesas que venham a ser regulamentadas. Além disso, em viagens nacionais, os cartões de pagamento podem ser utilizados em serviços especiais que exijam pronto pagamento e que não estejam cobertos pelas diárias recebidas, como por exemplo, passagens de ônibus ou de outros meios de transporte coletivo, locação de veículo, estacionamento, combustíveis etc. No entanto, todas as despesas relativas à alimentação, hospedagem e transporte, inclusive para Ministros de Estado, não podem ser quitadas com o cartão corporativo, visto que tais gastos já são cobertos por diárias ou custeados por outras entidades, conforme especificado no ato de autorização de afastamento do país.
Posted on: Sat, 22 Jun 2013 03:23:14 +0000

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