SOBRE MARX: Uma crítica ao imbecis! Recentemente, tenho ouvido - TopicsExpress



          

SOBRE MARX: Uma crítica ao imbecis! Recentemente, tenho ouvido muita gente dizer por aí: “Prefiro os pós-marxistas” e até “Por muito tempo fui marxista, mas consegui superar a Marx”. A estes/estas eu pergunto: mas já, ao menos, chegamos à Marx? Estes/estas costumam alegar, usar como argumento, que as “previsões” de Marx estavam equivocadas e até, acreditem, que hoje em dia não há mais conflito de classes [sic]. Estes pseudo-marxistas, intelectuais de senso comum, costumam estufar o peito e largar teorias e teorias que justifiquem suas posições. A única coisa que estes “acadêmicos de mercado” não fazem é falar a partir de suas experiências com a luta social, a partir da realidade social de nosso país e do mundo, pois esta realidade desconhecem. São “intelectuais de escritório” que costumam usar seus conhecimentos para si próprios/próprias; não produzem conhecimento para a humanidade, mas sim para títulos e premiações, para bolsas de estudo e publicações literárias. Se a Inglaterra não foi o berço da revolução comunista e nem os sindicatos conseguiram formar a classe trabalhadora para combater o capital, não é por isso que Karl Marx perde o sentido, mas é justamente por isso que seu sentido ganha mais força e significado. Marx não fez previsões, mas sim analisou a conjuntura de sua época profundamente, estudou a realidade social e econômica de seu tempo, e apresentou uma perspectiva, possibilidades de desdobramento do sistema econômico que conhecia e que descreveu tão bem que seus escritos se tornaram verdadeiras bíblias aos capitalistas – tão incompetentes que nem conseguiram descrever o sistema criado e mantido por si próprios. É neste sentido que Marx deve ser estudado. No sentido de alguém que tão bem analisou o nascimento e o desenrolar do capitalismo e expôs suas deficiências e a necessidade de superá-lo. Obviamente, depois de Marx apareceram outros até tão bons quanto ele! Mas o pioneirismo ou o brilhantismo de Marx na análise do capital e de sua superação, não podem ser esquecidos ou desprezados jamais. Toda teoria e toda análise tem uma raiz e Marx focou nesta raiz, descrevendo-a e analisando-a segundo suas conclusões e concepções. Marx também projetou sua análise segundo a sua utopia, tão natural nos revolucionários, o que em nada enfraquece sua posição nem sua teoria. É bom lembrar que Marx não descreveu uma “receita de bolo”, nem tinha pretensões de ser um mito – tanto que ele próprio dizia não ser um “marxista”, haja vista a tremenda distorção que faziam de suas teorias. Foi apenas um intelectual avançado, um acadêmico brilhante, que abandonou a faculdade por achá-la desinteressantes e, logo em seguida, conquistou o título de Doutor pela Universidade de Berlim por uma crítica ao filósofo Hegel que desenvolveu durante um de seus momentos de produção intelectual. Marx também não era um grande exemplo de ser humano e apresentava suas deficiências de "pessoa comum": era um beberrão infeliz, por vezes um arruaceiro impaciente, que não dava a mínima pra família, não visitou o pai no leito de morte, casou-se mas teve filhos com as empregadas da casa, não exercia emprego remunerado – apenas militava política e socialmente –, mas teve um grande amigo, fiel escudeiro e financiador (que soa como uma ironia do destino): Friedrich Engels – um burguês filho de um grande empresário, que herdou o império do pai, mas compartilhava dos ideais de Marx, tornando-se seu camarada na construção da luta sindical pela Europa e seu parceiro de produção literária, na busca da construção do Partido Comunista e consolidação do comunismo pelo continente europeu. Bem, esta postagem não é uma “veneração à Marx”, mas sim um desprezo aos/às hipócritas acadêmicos/acadêmicas de escritório que, ao contrário de Marx, se concentram em analisar e analisar livros e teorias sem um pé na realidade social, pois admiram tudo das suas janelas e não da rua – que é onde as coisas acontecem. A estes/estas dedico meu total desprezo e desconsideração; ao seu peleguismo e razonabilidade desejo insucesso e derrota, dada a imensa inutilidade de produzir para si e escrever entorno de seu próprio umbigo. Para todos os outros que se dedicam a contribuir na luta diária e na superação das deficiências humanas e sociais, saúdo-lhes com minha camaradagem e cumprimentos fieis, pois a estes/estas confio minha vida e o nosso destino. SAUDAÇÕES, CAMARADAS! P.S.: Dedico estes escritos àqueles que contribuíram e contribuem diariamente à minha formação intelectual. Aponto alguns que merecem destaque, me permitindo correr o risco de cometer a gafe de não apontar algum grande nome: Santiago Pich, Rosana de Jesus, Fabiano Weber da Silva, Diná Corbetta, Thiago Albano, Daniel Vasconcelos, Gert Schinke, Adriana de Freitas e outros/outras que não me ocorrem no momento, mas que certamente têm sua parcela de contribuição em minha formação social e humana. Além disso, dedico o texto à minha companheira Alessadra Cunhaco, tão responsável por me “fazer melhor” enquanto ser humano e ser social.
Posted on: Tue, 17 Sep 2013 05:01:32 +0000

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