TRAJETÓRIA Adriana Esteves sonhava que seu trabalho “parasse o - TopicsExpress



          

TRAJETÓRIA Adriana Esteves sonhava que seu trabalho “parasse o país”, como via acontecer em sua infância: “Eu peguei uma época na qual você abria a janela e não havia ninguém na rua, estava todo mundo vendo a novela das oito. Tomara que isso volte agora, com Avenida Brasil”. A atriz acertou: sua personagem na novela, a vilã Carminha, mobilizou o país. Desde os 19 anos, quando atuou em sua primeira novela, Top Model, de Walther Negrão e Antonio Calmon, Adriana Esteves soube que aquele seria seu ofício. “Eu achei o que iria fazer para o resto da minha vida. Ali me veio a paixão por atuar, por conhecer o que seria o trabalho de atriz”. A carioca Adriana Esteves Agostinho Brichta nasceu em 15 de dezembro de 1969. Filha do pediatra Paulo Felipe Agostinho e da professora e artista plástica Regina Esteves Agostinho, começou a estudar comunicação social, aos 17 anos, na Universidade Gama Filho. “Eu já trabalhava eventualmente, fazia comerciais de televisão, quando apareceu um convite para apresentar um programa chamado Fórmula 1 e, depois, o Evidência, de variedades e esportes, na TV Bandeirantes”, conta. Logo em seguida, foi convidada pelo diretor Boninho para apresentar o quadro Controle Remoto, no programa de estreia do Domingão do Faustão, na Globo. Em 1989, a atriz foi sondada pelo diretor Ricardo Waddington para fazer um teste para a novela Top Model. “A direção resolveu incrementar, levando as atrizes que estavam fazendo teste para o Domingão do Faustão: eu, Gabriela Duarte e Flávia Alessandra, que ganhou. Só que nós três entramos na novela. Foi minha primeira personagem, a Tininha.” Na trama, apesar de fazer parte do elenco de apoio, a atriz chamou a atenção, destacando-se. A mesma coisa aconteceria na novela seguinte, Meu Bem, Meu Mal, quando interpretou Patrícia. A personagem, que era secundária, ganhou ares de elenco principal. Adriana Esteves interpretou sua primeira protagonista em Pedra sobre Pedra (1992), de Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares. “A novela foi muito bonita. Fui dirigida por um grande diretor da nossa televisão, Luiz Fernando Carvalho. Ele me surpreendeu, pela forma com que dirigia, a beleza que botava nas cenas de realismo fantástico.” Na trama, gravada na cidade de Lençóis, na Bahia, a atriz viveu a Marina, que fazia par romântico com o personagem de Maurício Mattar. Em seguida, em 1993, interpretou a Mariana na novela Renascer, de Benedito Ruy Barbosa, novamente sob a direção de Luiz Fernando Carvalho. “Essa foi a primeira vez que fiz uma pesquisa extensa. Procurei parecer com as meninas de rua do Nordeste: queimadinha, com figurinos curtinhos, cabelo curtinho, castanho, com franjinha. Mariana era uma fortíssima personagem”, conta. A primeira minissérie de sua carreira foi Decadência, de Dias Gomes, inteiramente gravada em Petrópolis. “Eu estava fazendo cinema junto. Então, subia para gravar a minissérie, depois descia para filmar no Rio”, relembra. No cinema, estreou no filme As Meninas, baseado na obra de Lygia Fagundes Telles. Em 1996, a atriz deixou a Globo para participar da novela Razão de Viver, no SBT. Adriana Esteves retornou à Globo em grande estilo, como protagonista da novela A Indomada, de Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares, a convite do diretor Paulo Ubiratan. Na verdade, a atriz interpretou duas personagens: Eulália, na primeira fase, depois sua filha, Helena, que tinha uma relação com Teobaldo, interpretado por José Mayer. Na trama, ela também contracenava com Eva Wilma, que fazia uma vilã e sua tia. “Eu aprendi algumas coisas na vida com Eva Wilma. Ela falava assim: ‘Bebe bastante água, aí você bota emoção dentro de você, para depois a emoção sair.’ Eu bebo água o tempo inteiro”. “Delícia da minha vida foi essa personagem, eu deixei de ser vista só como mocinha ou heroína romântica”, recorda a atriz, referindo-se à vilã cômica Sandrinha de Torre de Babel, de 1998. “Sandrinha foi uma personagem extremamente bem escrita pelo Silvio de Abreu. Eu tive a honra de trabalhar com a Claudia Jimenez. Fazíamos uma dupla de mequetrefes”, diverte-se. “Na rua, as pessoas riam.” Pouco após o término das gravações, a atriz ficou grávida de seu primeiro filho e afastou-se da TV. Em 1999, participou de dois longas-metragens: Tiradentes, de Oswaldo Caldeira, e Trapalhão e a Luz Azul, de Paulo Aragão e Alexandre Boury. “Um dia, o Didi me convidou para fazer uma participação. Eu estava grávida, mas pensei: não posso dizer não para o meu ídolo. Claro que eu vou! E fui. Já com uma barriguinha, enjoando, mas fiz”. Em 2000, Adriana Esteves viveu um dos papéis mais marcantes de sua carreira, a Catarina da novela O Cravo e a Rosa, de Walcyr Carrasco. A personagem fazia par romântico com Petruchio, interpretado por Eduardo Moscovis. O autor Walcyr Carrasco elogiou o trabalho: “Catarina era uma moça rica, feminista, que se recusava a se casar. Adriana Esteves fez um excelente trabalho. Ela buscou até o linguajar do cinema mudo para a personagem”. Em 2002, Adriana Esteves contracenou com Vladimir Brichta, seu marido, na novela Coração de Estudante, de Emanuel Jacobina. Na novela seguinte, Kubanacan, de Carlos Lombardi, também: encarnou Lola, que era casada com o personagem de Vladimir. “Tive a sorte, também, de ter uma compreensão rápida da personagem. Ela cantava e era muito romântica – a novela era quase um musical. Wolf Maya é um excelente diretor de cenas”, pontua. Após o final de Kubanacan, o plano de Adriana Esteves era entrar de férias. Mas um telefonema do diretor Wolf Maya mudou tudo. Veio o convite para viver a vilã Nazareth na primeira fase da novela Senhora do Destino, de Aguinaldo Silva. “Eu fiz só o início. Foi muito bacana. Renata Sorrah arrasou depois”, comenta. Em 2005, em homenagem aos 40 anos da Globo, Adriana Esteves foi selecionada, junto com Reynaldo Gianecchini, para o especial História de Amor. “Fomos escolhidos como casal romântico. Eu me senti honrada.” Em seguida, interpretou a heroína Heloísa, em A Lua me Disse, de Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa “Ali começou a nossa história de amor. Eu amo o Miguel”, completa. Na trama, Adriana Esteves fazia par com Wagner Moura, então em seu primeiro papel na televisão. A parceira com Miguel Falabella seguiu em Toma Lá da Cá, um programa com plateia e improviso. No seriado, a atriz interpretou Celinha, contracenando com o próprio Miguel Falabella, com Diogo Vilela, Marisa Orth, entre outros. Nessa época, o diretor Dennis Carvalho a convidou para fazer o papel-título da minissérie Dalva e Herivelto, uma História de Amor, mas Adriana Esteves não quis abrir mão da Celinha. Topou com uma condição: continuar gravando o humorístico. “Eu evitava falar sobre a Dalva no Toma Lá da Cá, para poder entrar com a minha energia inteira. Não contava para os colegas que tinha gravado a madrugada inteira e que estava exausta. Escureci o cabelo e fiz um permanente. Para Miguel Falabella não ficar triste, porque a Celinha era loiríssima, eu chegava uma hora antes, escovava o cabelo, botava um aplique de rabo de cavalo louro. Dalva foi uma personagem muito forte mesmo, que ficou em mim”. Os sacrifícios valeram a pena: Adriana foi aclamada pelo público e pela crítica e concorreu ao Prêmio Emmy na categoria melhor atriz. Em 2011, atuou na série As Cariocas, de Daniel Filho, como protagonista do episódio A Vingativa do Méier. Também em 2011, voltou a trabalhar numa trama assinada por Walcyr Carrasco, Morde & Assopra. Na trama, interpretou a paleontóloga Júlia, que fazia par romântico com o personagem Abner, vivido por Marcos Pasquim. Entrevistada pelo site Memória Globo em janeiro de 2012, Adriana Esteves comentou sua dedicação total à personagem Carminha, de Avenida Brasil: “Estou apanhando muito, sofrendo. Dificílimo, mas um texto encantador. Estou me dedicando novamente como se fosse o primeiro trabalho e como se só existisse esse no mundo. Tudo que vejo na rua é para ela, Carmem Lúcia, a Carminha”, revela
Posted on: Tue, 08 Oct 2013 00:26:57 +0000

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