Tudo muito rápido, quase que inacreditável. Em duas semanas, o - TopicsExpress



          

Tudo muito rápido, quase que inacreditável. Em duas semanas, o que parecia ser mais um protesto “simbólico” revogando o aumento da tarifa transformou-se em uma manifestação com proporções históricas, inéditas para a maioria. 2013 talvez seja um ano motivador. É o ano da Copa das Confederações! E logo tem Copa do Mundo! E tudo isso, no país do futebol. Dos ídolos Pelé, Ronaldo, Neymar, dentre tantos outros que nos enchem de alegria. E, além disso, somos a sétima economia do mundo! Tudo lindo. Uma linda maquiagem pro mundo de ilusões que vangloriamos na telinha. Maquiagem. Para quem tem, sorrisos falsos na telinha do Iphone. Pra quem não tem... ah... é... “as providências já estão sendo tomadas, e tudo vai melhorar”...mas vamos parar de negatividade! 2014, no país de futebol, é HEXA! E assim segue, um sistema falso, com pessoas que passam fome, e com as que podem pagar o valor do ingresso mais barato da tão investida Copa do Mundo. Para muitos, a Copa do Mundo já não é mais do que fachada para o desvio de verba publica, tão presente na terra do futebol. A pentacampeã! Fato é que a insatisfação com a má administração financeira existia. Mesmo com a lavagem cerebral cotidiana. Em abril, Porto Alegre foi palco de uma vitoriosa manifestação contra o aumento da tarifa de R$ 2,85 para R$3,05. Talvez a insatisfação com a inercia, ou com a ineficácia das agressivas petições virtuais, ou dos “compartilhamentos até 1 milhão" tenha motivado a geração do facebook a utilizar estas ferramentas para que realmente fossem ouvidos, nas ruas, mostrando efetivamente que não concordavam com os 20 centavos. Em Maio, o que começou como uma pacifica passeata contra demolição do Parque Gezi, em poucos dias era manchete pelo mundo, graças ao autoritarismo do governo conservador islâmico neo-liberal da Turquia. Em Junho, as passagem de ônibus, trem e metro, que custavam R$ 3,00 desde janeiro de 2011, passaram a valer R$ 3,20, dando inicio a protestos que tomaram proporções inimagináveis. O objetivo inicial era a redução da tarifa, que logo ganhou uma lista de exigências, trazendo milhares às ruas, em uma manifestação nacional. O protesto, organizado pelo MPL, conseguiu o que queria: a redução dos polêmicos 20 centavos. Com isso, deixou as manifestações. Mas, o povo nas ruas queria mais do que “só os 20 centavos”. O que era um protesto pela redução da tarifa, desestimulado e descaracterizado pela mídia, tornou-se um manifesto com proporções extraordinárias, manchete pelo mundo. A mídia local passou a apoiar a “legítima democracia”, e a “união apartidária contra a corrupção”. Milhares nas ruas, protestos em todas as partes do país, a mídia “apoiando” a revolta do povo brasileiro... Talvez estes tenham sido alguns dos fatores que fizeram com que em poucos dias os números passassem dos milhares aos milhões. Floripa recebeu milhares em uma manifestação tranquila. Rostinhos pintados, cartazes, bandeiras do Brasil, mascaras do V... Povo animado, cantando o hino nacional, enaltecendo o patriotismo, a força do povo unido, a “revolução apartidária”. Na teoria, tudo muito lindo. Na pratica, milhões que estão na rua sem saber o que querem. Os protestos começaram bem, com organização, com um objetivo. Foi alcançado. Mas a revolta intrínseca era grande. O povo decidiu permanecer nas ruas, aproveitar o momento e revogar coisas maiores... Organização? “O povo unido jamais será vencido” Florianópolis é uma ilha, com quase 500 mil habitantes. Muito menos do que RJ ou SP. E lá, o ritmo é outro. O slogan de “o gigante acordou” se popularizou. Mas, será mesmo que acordou? Assim, em poucos dias? A mídia “está do nosso lado”, mas, será ela que nos acompanha, ou o contrário? Milhões estão nas ruas, mas, o que querem? Como querem? Não sabem, só querem. Apostar nessa “revolta popular” e no “poder da união” é complicado, porque se a globo está onde está, é por AUDIÊNCIA.
Posted on: Sat, 22 Jun 2013 13:13:20 +0000

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