Uma compreensão errada de Malaquias 3:10 A ideia de - TopicsExpress



          

Uma compreensão errada de Malaquias 3:10 A ideia de que o salvo em Cristo deve obrigatoriamente "ter bastante dinheiro" é baseada no entendimento equivocado do verso a seguir: "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na Minha casa; e provai-Me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se Eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida." O princípio ensinado pela teologia da prosperidade é o seguinte: quando o cristão dizima ou dá ofertas, Deus fica - diríamos assim - na obrigação de abençoar o dizimista e ofertante. Vamos entender corretamente o verso citado. O conteúdo do livro de Malaquias nos mostra que maldições vinham sobre o povo de Israel não apenas por eles roubarem a Deus nos dízimos e nas ofertas, mas também porque eles se desviaram de outros mandamentos de Deus. Isso é claro em Malaquias 3:7: "Desde os dias de vossos pais, vos desviastes dos Meus estatutos e não os guardastes; tornai-vos para Mim, e Eu Me tornarei para vós outros, diz o Senhor dos Exércitos; mas vós dizeis: em que havemos de tornar?" Confira também Malaquias 1:6 até 3:5. Sendo que o problema espiritual do povo era bem maior (envolvia outras áreas da vida e não só a financeira), é lógico que apenas restituir os dízimos e as ofertas não resolveria as coisas. Era preciso haver uma reforma total na vida e na conduta de todos os que diziam seguir a Deus. Deveriam abandonar o pecado e ser fiéis ao Senhor na observância de todos os demais mandamentos (inclusive do quarto, que ordena a santificação do Sábado - Êxodo 20:8-11). Esse contexto de Malaquias 3:10 não é ensinado pelos teólogos da prosperidade. Eles não mostram às pessoas que, além de dizimar e ofertar, é preciso haver uma reforma na vida do crente. A conversão verdadeira, que faz com que tenhamos prazer em seguir a Cristo independentemente do que temos ou deixamos de ter, não ocorre nos cultos de prosperidade (na grande maioria das vezes, pois há pessoas sinceras em tais reuniões que buscam a Jesus de coração). A mente das pessoas é direcionada para o materialismo e não para o maior de todos os milagres: um coração transformado pela graça (João 3). Outro aspecto de Malaquias 3:10 que precisa ser destacado é que o texto não está ensinando que Deus é obrigado a nos abençoar ou que nosso ato de dizimar e ofertar irá forçá-Lo a tornar próspero alguém que desobedece aos demais mandamentos (lembre-se do contexto de Malaquias 3:10: o ato de não dizimar e ofertar era um dos problemas). Deus é quem sabe o momento certo de dar uma bênção aos Seus filhos; por isso, não se pode pensar que Ele nos dará tudo o que pedimos no momento que queremos. Um pai não vai dar as chaves do carro para o filhinho de cinco anos porque sabe que a criança ainda não está preparada para desfrutar da alegria de dirigir. Ele tem consciência de que o filho precisa estar preparado para receber esse "presente". O mesmo ocorre em relação a Deus. O Senhor vê o futuro e sabe até mesmo se você e eu temos estrutura emocional e espiritual suficientes para ser abençoados. Se Deus vir que hoje o dinheiro pode nos desviar dEle, com certeza escolherá outro momento para melhorar nossa renda. [Ao lermos em Mateus 7:7-11 as dicas de Jesus para orarmos, não devemos nos esquecer de seguir o exemplo do Salvador, no fim de cada prece: "Meu Pai, se possível, passe de Mim este cálice! Todavia, não seja como Eu quero, e sim como Tu queres." (cf. Mateus 26:39) Não temos o direito de "determinar" o que Deus fará.] Há quem possa argumentar: "Mas Malaquias 3:10 não está ensinando claramente que a as bênçãos são consequência da devolução dos dízimos e das ofertas?" Realmente, dizimar e ofertar fazem parte de um mesmo mandamento bíblico. Ser dizimista é reconhecer que Deus é dono de tudo o que temos (Salmo 24:1) e que estamos administrando corretamente os bens dEle. As ofertas são demonstrações de nossa gratidão para com Ele por tudo aquilo que fez, faz e fará por nós. Mas o detalhe é que as bênçãos prometidas em Malaquias 3:10 não são apenas materiais. São espirituais também. Quando dizimamos e ofertamos, devemos estar cientes de que Deus irá escolher o tipo de bênção que vamos receber: seja ela financeira, espiritual, amorosa, familiar, profissional... Reconsiderando o questionamento acima, é importante contextualizar o texto bíblico para saber que antes de o povo de Israel dizimar para ser abençoado, Deus já os havia abençoado ao tirá-los do Egito! Os Israelitas foram libertos da escravidão no Egito para depois demonstrar a fidelidade a Deus por meio do sistema sagrado (dízimos e ofertas) estabelecido também com o propósito de tirar o egoísmo do coração humano. Acompanhe o raciocínio bíblico, de acordo com Malaquias 3:10, e leve em conta a história do povo de Deus no passado. Em seguida, aplique o princípio em sua vida:
Posted on: Wed, 14 Aug 2013 00:54:22 +0000

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