Vale a pena Ler! Dez lições para a “Folha Universal” Por - TopicsExpress



          

Vale a pena Ler! Dez lições para a “Folha Universal” Por João Valter Ferreira Filho O número 1.113 da “Folha Universal”, jornal de divulgação da Igreja Universal do Reino de Deus distribuído gratuitamente em todo o Brasil, trouxe como matéria de capa um artigo intitulado “Dez coisas que aprendemos com a visita do papa” (escrito assim mesmo, com letra minúscula, o que mostra o total desconhecimento por parte dos redatores da diferença entre um título de dignidade e um prato feito de aveia, maisena ou o que quer que seja). Esse é o tipo de texto que geralmente não vale a pena comentar. Mas, ao ler rapidamente a tal matéria, vi que essa seria uma tarefa tão fácil, mas tão fácil – devido à fragilidade dos argumentos ali elencados – que resolvi dedicar cerca de dez minutos (um para cada “aprendizado universal”) a esse trabalho sem graça. Abaixo relaciono entre aspas e em itálico as dez “lições” que eles dizem ter aprendido, cada qual seguida de pelo menos uma resposta que – essas, sim – eles deveriam aprender. 1. “O Brasil talvez não seja tão laico”. A primeira lição que a FU “aprendeu” é que pode ter havido favorecimento por parte do Governo para a Igreja Católica, ocasionando um grande prejuízo para a cidade, devido ao investimento de 350 milhões de reais feito para a JMJ. Faltou o resto da conta: dados divulgados pela Universidade Federal Fluminense (rio2013/pt/noticias/detalhes/3495/jmj-rio2013-injeta-r-1-8-bi-no-rio-segundo-estudo) mostram que os peregrinos de mais de 180 países que estiveram no Rio durante os dias da Jornada injetaram nada menos que 1 bilhão e 800 milhões de reais na economia da cidade. Isso significa R$ 1.450.000.000,00 de superávit. A primeira lição bem que poderia ter sido de matemática! 2. “O valor da notícia”. A FU alega que a vinda do Papa ofuscou notícias importantes como as medalhas brasileiras no Mundial de Atletismo Paraolímpico, a conquista da Copa Libertadores por parte do Atlético Mineiro e o acidente ferroviário de Campostela. Bem, as notícias do esporte foram, sim, divulgadas normalmente nos jornais e programas especializados. O que a FU não divulgou, porém, foi que o Papa rezou pelas vítimas de Campostela em um dos atos centrais da JMJ. Se os holofotes estavam todos sobre Francisco, então não haveria melhor maneira de chamar a atenção para esse triste desastre – e da forma correta, em oração, não apenas como fato noticioso. A tempo: os pronunciamentos proféticos do Papa Francisco também ofuscaram o glamour do nascimento do neto da Rainha da Inglaterra e o lançamento do DVD do MC Bobão do Morro. Que perda para a imprensa brasileira! 3. “Porque o Papa é argentino”. A FU afirma que a Igreja escolheu um papa argentino para tentar amainar supostos “escândalos” do papado de Bento XVI. Ela só não explica como é que a nacionalidade de um Papa poderia alterar alguma coisa – qualquer que fosse – do pontificado de seu antecessor. 4. “A razão da jornada”. A JMJ é apontada pelo jornal como “estratégia para conter a perda de fiéis”. Ora, se são “fiéis”, então não os estamos perdendo. Caso contrário, seriam “infiéis”. De resto, os 3,5 milhões de pessoas presentes em Copacabana e mais as outras dezenas de milhões de pessoas que acompanhavam tudo pela TV e internet já nos mostram quem está aonde. 5. “Crescimento evangélico”. A FU traz dados do IBGE que mostram o crescimento das igrejas protestantes e a suposta diminuição dos católicos no Brasil. Vou apenas reproduzir a resposta do Padre Roger Luís (Canção Nova) a outro pastor evangélico que lançou mão desse infeliz argumento contra a JMJ: “Quem define as coisas no Reino Espiritual não é o IBGE, irmão, mas o Espirito Santo, o Deus Todo-Poderoso. Ele nunca erra!”(https://twitter/perogerluis) 6. “População católica envelheceu”. A FU recorre novamente a pesquisas estatísticas para alegar que a Igreja Católica tem poucos jovens na realidade. Eles devem ter escrito isso de olhos e ouvidos bem fechados. Caso contrário teriam visto aqueles incontáveis peregrinos espalhados pelas ruas do Rio, centenas de milhares de jovens que insistiam em repetir aquele incômodo clamor que ecoava por todos os cantos da cidade: “Esta é a juventude do Papa!”. 7. “O Rio é estratégico”. Mais dados estatísticos. A FU diz que o RJ foi escolhido como local do evento porque tem poucos católicos. De acordo com os números mostrados pelo jornal, naquele estado 45,8% da população se declara católica em oposição a 29% de evangélicos (não apenas da Universal, mas de todas as denominações protestantes juntas). Isso mesmo, você leu corretamente: o jornal tenta utilizar uma estatística que dá ampla maioria aos católicos para dizer que somos poucos. Estranho, né? No mesmo parágrafo eles também alegam que o Papa escolheu o Rio de Janeiro para sediar a JMJ porque foi ali que nasceu a Igreja Universal. Essa eu me recuso a comentar! 8. “A importância de planejar”. Aqui o jornal comenta o erro estratégico da escolha do local para a instalação do Campus Fidei. De fato, esse foi um episódio constrangedor relacionado ao aspecto estrutural do evento. Mas, verdade seja dita, o Papa Francisco pessoalmente não teve nada a ver com o planejamento das questões estruturais da JMJ! Ademais, para nós, que estávamos lá, ir para Copacabana foi bem melhor em diversos aspectos. Vimos em tudo isso a Providência Divina. 9. “Ignorar polêmicas”. Nesse ponto, certamente já esgotando sua capacidade de redação, o jornal fez uma espécie de colagem dos argumentos sem-pé-nem-cabeça do item 3. O parágrafo, que é terminado com uma vírgula ao invés de um ponto final, ainda afirma que “o atual papa (sic) se apresenta como o novo reformador da igreja católica”. Onde eles viram isso? Em qual de seus pronunciamentos o Santo Padre “se apresenta como novo reformador”? Eu respondo: em nenhum. 10. “A Igreja Católica não mudou”. Está aí! Agora eles acertaram! A Igreja Católica não mudou mesmo! Ela continua, desde os tempos de Nosso Senhor Jesus Cristo, sendo a depositária da Fé dos Apóstolos, o único lugar onde encontramos os Sacramentos, o tesouro da vida dos santos, a devoção a Maria e a Doutrina segura para esses tempos difíceis de relativismo. Ela é a Casa da Mãe, a Casa da Eucaristia, a Casa da Cruz, a Casa dos Remidos. Ela é também a Casa do Papa... do Papa e de sua Juventude. E, não tenham dúvidas meus amigos, é assim que sempre será!
Posted on: Mon, 12 Aug 2013 13:29:56 +0000

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