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a historia do mappin Por Pedro Paulo Morrales Todo final de ano era igual, ficava ansioso para ir ao Mappin que ficava na Praça Ramos de Azevedo em São Paulo, ao entrar no elevador, o ascensorista anunciava a cada andar os produtos que poderíamos encontrar, eu é claro, queria ficar no andar dos brinquedos. Lembro até hoje o seu inconfundível jingle “Mappin, venha correndo, Mappin, chegou a hora Mappin, é a liquidação”. A história do Mappin teve inicio na Inglaterra, no século XVIII, quando as famílias de comerciantes Mappin e Webb inauguraram na cidade de Sheffield uma sofisticada loja. Mais tarde se mudaram para Londres e em seguida para Buenos Aires e, em 1913, os irmãos ingleses Walter e Hebert Mappin fundaram a Mappin Stores na Rua XV de Novembro em São Paulo, o Mappin foi um lugar bastante requintado, vendia apenas produtos importados e oferecia serviços como salão de chá e barbearia à população mais nobre de São Paulo, foi o primeiro a introduzir vitrines de vidro na fachada para atrair os consumidores. Em 1919, a loja se mudou para a Praça do Patriarca e, em 1939, foi para a Praça Ramos de Azevedo. Em 1929, a crise do café abalou a economia de São Paulo, fazendo com que os paulistanos só pudessem comprar através de crediário e no início da década de 30, o Mappin inovou colocando etiquetas com preços nos produtos em suas vitrines para atingir as comadas mais populares o tornando-se assim o precursor do crediário. No início da década de 1950 devido às dificuldades que os antigos controladores tinham em se adaptar à nova realidade econômica, o empresário cafeeiro Alberto Alves Filho assumiu a operação da empresa substituindo os produtos brasileiros pelos importados, mudou a razão social da empresa para Casa Anglo-Brasileira S/A (depois transformada em holding do grupo) e fez a loja ficar conhecida por toda a população de São Paulo quando patrocinou o noticiário Mappin Moviotone pela TV Tupi de São Paulo, fez do Mappin uma empresa inovadora, aumentou o número de lojas, aperfeiçoou o sistema de pagamento por crediário (1953) e montou uma financiadora para financiar seus clientes, em 1972 criou o sistema de crédito automático e abriu o capital da Casa Anglo Brasileira S/A . Ele permaneceu no comando do Mappin até a sua morte, em 1982. Com a morte de Alberto Alves Filho a rede de magazines passou a ser comandada por Cosette Alves que com a ajuda do executivo, o economista Carlos Antônio Rocca, continuou a expansão da empresa oferecendo uma grande variedade de produtos e abrindo várias lojas. Em 1983 foi considerada a empresa do ano e em 1984 uma pesquisa do Gallup revelou que 97% dos paulistanos conheciam o Mappin e 67% já haviam comprado em suas lojas; neste mesmo ano ela foi eleita pela revista Exame deu ao Mappin o titulo de melhor empresa de varejo nos últimos 10 anos. Os negócios cresceram e surgiu o Grupo Casa Anglo composto pelas empresas Mappin Lojas de Departamentos S/A, Companhia Financiadora Mappin São Paulo Credito, Financiamento e Investimento vendida para o Banco Itaú BBA em 1995 , Banco Mappin S/A comprado pela GE , Mappin Administradora de Consórcios Ltda. , Previdência Privada Mappin e Mappin Veículos, concessionária Chevrolet a empresa. Em 1991 adquiriu da Sears cinco lojas localizadas em Shoppings , sendo que duas estavam em Campinas, em 1993 inaugurou em Santos a TV Mappin uma loja onde os clientes escolhiam as mercadorias através de terminais multimídias, criou nesse mesmo ano o Catalogo Mappin Store Company para a venda de produtos importados. Em 1995 o Mappin comercializava em suas lojas 85.000 itens como eletrodomésticos, eletrônicos, cama, mesa e banho, bazar e utilidades, confecções, moveis e lazer e alguns produtos de mercearia como balas, bolachas e chocolates. Mas a situação começa a mudar quando em 1995 a empresa anunciou o maior prejuízo de sua história, no valor de 19,46 milhões de reais, neste mesmo ano o Grupo vende a Cia Financiadora ao Itaú-BBA por R$ 50 milhões. Em agosto de 1996, época da compra do Mappin, cada lote de 1000 ações da Casa Anglo valia 34 reais. Quando o Mappin já estava em dificudade, o preço havia batido em 14,49 reais rata-se de uma queda de 57,4%. A empresária Cosette Alves não pretendia vender o Mappin, mas Ricardo Mansur insistiu, fez vários comentários sobre a maravilha que era o Mappin, deu sugestões, contou os projetos que teria para a companhia caso a comprasse. “Ele já conhecia o Mappin como se fosse dele e deixava claro a todo o momento que queria comprá-lo”, diz Cosette Alves em uma de suas entrevistas para a Revista Veja. Mansur deu opinião sobre as maneiras que tinham as funcionárias do Mappin ao atender as clientes, falou sobre produtos que faltavam em determinados setores. Depois de uma infinidade de conversas, os dois acertaram a venda do Mappin em 1996 por 25 milhões de reais — 28% de entrada e o restante em três anos sendo que a ultima parcela foi honrado pelo Banco Bradesco devido à falência do Grupo Mansur. O Mappin nessa época contava com 12 lojas entre elas estavam as da Praça Ramos (pertencente à Santa Casa de São Paulo), Rua São Bento, Av. Ipiranga, Shopping Mappin ABC, Shopping Center Norte, Shopping West Plaza, Shopping Morumbi, Santos, Campinas e Shopping Jardim Sul era uma empresa que, se não estava em situação excelente, não tinha grandes problemas, o forte da companhia era vender eletrodomésticos, televisores, roupas, louças, panelas e com os primeiros efeitos do Plano Real e a onda de consumo, o Mappin prometia muito lucro. O projeto de Mansur para o Mappin era transformá-lo numa rede de franquias. Ele pretendia abrir quarenta lojas, espalhadas pelo país, em dois anos. Em 1999 nenhum dos planos elaborados deu certo e o Mappin teve a sua falência decretada, existiam na época 300 pedidos de falência contra a empresa, devia na praça de cerca de R$ 1,2 bilhão. A venda do controle acionário da empresa trouxe consequências drásticas para a empresa, a união de suas operações com a Mesbla não beneficiou em nada o Mappin, pois o seu controlador apenas implantou crises e não conseguia resolve-las, conta-se que as lojas eram esvaziadas para abastecer a Mesbla. O Mappin marcou época na cidade de São Paulo, ora servindo de ponto de encontro da elite, ora chamando a massa para acompanhar as liquidações anuais da loja da Praça Ramos, desta época restam apenas o prédio, que pertence a Santa Casa de São Paulo, já foi uma loja do Extra e agora uma loja das Casas Bahia e lembranças como a do andar dos brinquedos. Referencias:
Posted on: Thu, 24 Oct 2013 02:02:33 +0000

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