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algumas reflexões livres: Eis uma posição com a qual venho namorando e trocando ideias com diversos amigos judeus: estamos vivendo na era pós denominacional dentro do povo judeu. O que antes nos definia como reformistas, conservadores, ortodoxos ou o que seja, aos poucos vai deixando de falar ao coração judaico. Cada vez mais estas fronteiras estão obsoletas. Quando, na última pesquisa, os norte americanos dizem não serem filiados a nenhum movimento judaico, isso não significa que não se considerem judeus nem vivam o seu judaísmo, cada um cada um. Os selos podem servir para apontar o que cada um considera mais importante e significativo, mas quando as instituições se tornam exercícios de poder, muitas vezes de coação, o ideal tornou-se establishment, está na hora de discuti-lo. Não é só o establishment ortodoxo em Israel que vem sendo questionado: é o modelo de definição de comunidades em geral, independente do movimento ao qual fazem parte. São as estruturas viciadas no Brasil, nos EUA, em Israel. Segundo o rabino do Chabad da matéria abaixo, os movimentos tendem muitas vezes a afastar, mais do que aproximar. Não tenho ainda uma opinião fechada - e espero não ter, prefiro deixar a pergunta, não a resposta. O que me faz um rabino reformista ou um judeu liberal? A filiação? Não me parece. Mas sim meus pensamentos e ações e o que aprendi junto aos meus colegas, amigos, rabinos(as) e professores. Talvez seja a hora dos judeus deixarem os velhos armários dos movimentos criados no século 19 e, mais uma vez, se reinventarem. Chadesh iamênu kekédem, que Deus renove nossos dias e nossa época como já aconteceu em tantas outras épocas. O espírito da nossa era, o nosso zeitgeist, já é outro. Paradoxalmente, para nos mantermos judeus, devemos mudar. Os movimentos com os quais nos identificamos foram criados ou no shteitl, ou influenciados pelo pensamento racional positivista, ou por superstições absurdas ou submetidos a teses científicas de sua época. Não cabemos mais nestas roupas. Hoje nos relacionamos com outro momento das ciências e da tecnologia, com outras leituras possíveis e muito mais acesso à cabalá, ao talmud, à própria bíblia hebraica. Tudo junto, todos podem se expressar. Antigas linhas que podem ser tecidas para criar novas roupas. Quando temos uma experiência maravilhosa como a do domingo passado, quando milhares de judeus estudaram juntos sem nem sequer se questionar o movimento ao qual faziam parte, é sinal de que a fila andou. Os rabinos do Talmud eram extremamente ousados: não eram reformistas, nem ortodoxos, nem conservadores. Eram gente, eram judeus que questionavam o mundo e suas vidas, em busca de um mundo melhor. Só isso. Um bom dia a todos(as). Rabino Uri, de Salvador.
Posted on: Tue, 19 Nov 2013 10:23:33 +0000

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