pt.wikipedia.org/wiki/Frei_Tito Frei Tito de Alencar Lima OP - TopicsExpress



          

pt.wikipedia.org/wiki/Frei_Tito Frei Tito de Alencar Lima OP (Fortaleza, 14 de setembro de 1945 — Éveux, França, 10 de agosto de 1974) foi um frade católico brasileiro. Nasceu em Fortaleza e estudou no Liceu do Ceará. Assumiu a direção da Juventude Estudantil Católica em 1963 e foi morar em Recife. Ingressou no noviciado dos dominicanos em Belo Horizonte em 1966 e fez a profissão dos votos no ano seguinte, mudando-se então para São Paulo para estudar Filosofia na Universidade de São Paulo.1 Em outubro de 1968, Frei Tito foi preso por participar de um congresso clandestino da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Ibiúna. Foi fichado pela polícia e tornou-se alvo de perseguição da repressão militar. No dia 4 de novembro de 1969, foi preso juntamente com outros dominicanos pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury, do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS). Durante cerca de trinta dias, alegou ter sofrido torturas nas dependências deste órgão, de onde foi levado para o Presídio Tiradentes. No início de 1970, Frei Tito foi torturado nos porões da chamada “Operação Bandeirantes”. Na prisão, ele escreveu sobre a sua tortura e o documento correu pelo mundo e se transformou em símbolo de luta pelos direitos humanos. Em 1971 foi deportado para o Chile e, sob a ameaça de novamente ser preso, fugiu para a Itália. Em Roma, não teria encontrado apoio da Igreja Católica, por ser considerado um “frade terrorista”.[carece de fontes] De Roma foi para Paris, onde recebeu apoio dos dominicanos. Traumatizado pela tortura que teria sofrido, Frei Tito submeteu-se a um tratamento psiquiátrico. Seu estado era instável, vivendo uma agoniada alternância entre prisão e liberdade diante do passado. Uma vez, em pânico, recusou-se a entrar no convento e os frades chamaram o frei Xavier Plassat. Ao encontrar Tito, no meio da chuva, assustado e escondido atrás de uma árvore, dizia que Fleury não o deixava entrar no convento. Xavier então pediu a Tito para tomar café com a "autorização de Fleury" (segundo a visão de Tito). Ao entrar no carro, Xavier pediu para Tito esperar no carro enquanto buscava alguns agasalhos. Quando Xavier voltou para o veículo, Tito estava fora do carro (escondido na mesma árvore) e assustado, como se Fleury tivesse entrado no automóvel. No dia 10 de agosto de 1974, um morador dos arredores de Lyon encontrou o corpo de Frei Tito suspenso por uma corda. A causa da morte – suspeita de suicídio – tornou-se um enigma. Foi enterrado no cemitério dominicano do Convento Sainte-Marie de La Tourette em Éveux. Em 25 de março de 1983, o corpo de Frei Tito chegou ao Brasil.2 Antes de chegar a Fortaleza, passou por São Paulo, onde foi realizada uma celebração litúrgica em memória dos mortos pela ditadura de 1964: o próprio Frei Tito e Alexandre Vannucchi. Cercado por bispos e numeroso grupo de sacerdotes, Dom Paulo Evaristo Arns repudiou a tragédia da tortura em missa de corpo presente acompanhada por mais de quatro mil pessoas. A missa foi celebrada em trajes vermelhos, trajes usados em celebrações dos mártires. Poucos dias antes de morrer, Frei Tito escreveu na sua agenda: São noites de silêncio Vozes que clamam num espaço infinito Um silêncio do homem e um silêncio de Deus.
Posted on: Thu, 11 Jul 2013 20:20:21 +0000

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