É hoje que eu vou apanhar...rss... A Camde agora mora na - TopicsExpress



          

É hoje que eu vou apanhar...rss... A Camde agora mora na Barra 22 de Jun de 2013 | 10:03 A manifestação dos moradores da Barra, vaiando o pronunciamento da Presidenta Dilma Rousseff foi – se fosse preciso ainda mais – uma bússola para o caminh0 para as forças progressistas. Para os que acham que há um “mundo novo”, é uma recordação acachapante de que é a classe média a tropa de choque usada pelas elites contra este ou qualquer governo popular no Brasil. E que as netas das “senhoras de Copacabana” que integravam a Camde – Campanha da Mulher Democrática – , que ia às ruas para as Marchas com Deus pela Liberdade” em 1964 agora mudaram de bairro e desfilam pelos condomínios comprados a prazo a sua intransigência e horror a qualquer coisa que cheire a povo. É na Barra, como se sabe, que moram as Larissas que jamais aceitarão as Rosanas, embora as Rosanas nunca tenham feito mal às Larissas. Nem todo mundo lá é assim, é claro. Mas as exceções não são capazes de evitar o “espírito do bairro”, que não é de um bairro, é de uma classe social. Num excelente artigo, ontem, no Viomundo, Igor Grabois, ontem, 0 descreveu: “A classe média tradicional se sente ameaçada pelas cotas nas universidades e não utiliza da saúde, educação e transporte públicos. Põe os filhos na escola particular – com mensalidades proibitivas – paga plano de saúde e anda de carro. Tem ojeriza do serviço público e o discurso anti-imposto cai como uma luva nas suas aspirações.” Para os mais jovens, que não sabem como é que chegamos a uma ditadura que prendeu, torturou e assassinou jovens como eles, inconformados com as injustiças, fiquem sabendo que, como o cheiro de sangue enlouquece os tubarões, também o cheio de golpe transtorna esta gente “diferenciada”, que acha que seus privilégios são como os da subnobreza do Brasil colônia, que achava que os escravos deviam ser limpinhos e gentis, mas escravos. Há 50 anos, estes grupos deram a “legitimidade” para o desfecho de um golpe militar. Aliás, nos primeiros anos, este até contou com apoio e simpatia ali, porque não havia chegado o 68 em que o tacão das botas atingisse os seus filhos nas ruas e universidades. Eram “só” os comunistas, os pelegos sindicalistas, os populistas, os “corruptos” do governo Jango que mereciam cadeia, borduna e morte. Há muita semelhança nos dois agires, mas há muitas diferenças nas duas situações. Não há, ao que se saiba, sublevações militares. Não há uma UDN expressiva e os líderes da direita estão longe de terem o perfil de um Carlos Lacerda. Não há, sobretudo, um clima de Guerra Fria que tolere a ruptura democrática como forma de solução de conflitos políticos. Mas há, sim, além do desejo golpista, uma esterqueira onde ele viceja: o sistema midiático avassalador, capaz de silenciar uma multidão – como fez quando os protestos eram contra a ditadura – e de amplificar o que convém ao desgaste e ao enfraquecimento de um governo voltado para os desejos históricos de soberania e justiça para o Brasil, como fizeram a João Goulart. Mas, agora, as coisas serão diferentes. Temos um governo que, apesar de tudo, tem base popular – nem as pesquisas lhe negam ampla maioria – para reagir e derrotar o clima de pessimismo e de insurreição que a mídia insufla e mobiliza. A fala da Presidenta, ontem, marca o início de uma reação que, embora serena e pacífica, vai significar – esperamos – uma comunicação direta e clara com um povo que, em relação a ela, embora tenha respeito e admiração, não tem a ligação genética e automática que tinha com Lula. Lula, quando passou maus bocados em 2005, quando as “cassandras” também previam o seu fim, foi buscar nas fontes do sentimento popular por justiça e soberania nacional as forças que lhe permitiram ressurgir e chegar ao fim de seu segundo mandato como um símbolo tão profundamente identificado com o povão que foi impossível, mesmo com os piores métodos e manipulações, derrotar. As vaias da Barra nos mostram que, agora, vamos no caminho certo. Mostrar ao povo o que está em jogo e nítidamente jogar ao lado do povo. Acabou a bulimia, acabou a inação. Perdeu, playboy. Por: Fernando Brito
Posted on: Sun, 23 Jun 2013 00:26:55 +0000

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