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17 setembro 2013 09:04 Ô raça! POR ELEN CAMPOS MUNAIER* Atleticano não se emenda, mesmo. Nem ganhando a Libertadores aprende. Ô raça! Entra ano, sai ano, seja que campeonato for, o torcedor do Galo para pra parada com o discurso de que tem condições, sim, de ser o campeão. Veja bem, não é que ele apenas torça pra isso: ele realmente vê possibilidade. Não é que não desista até os 45 do segundo tempo: ele conta com os pelo menos três de acréscimo. O time pode não estar lá essas coisas, os adversários podem estar tecnicamente superiores, a CBF pode até dar sinais de forte interferência, mas ele pensa: é futebol, né, velho, tudo pode acontecer. Vai que o técnico ache um esquema quadrado mágico, vai que o cartola tire da sua um craque renegado, vai que o artilheiro adversário escorregue numa casca de banana... Se você reparar, há uma filosofia de não se acostumar com a derrota por trás desse “vai-que” que separa os clubes que jamais serão dos que jamais deixarão de ser, não importa a extensão do seu jejum. Cá pra nós, não é o caso desse setembro de 2013. O Galo tem um dos grupos mais fortes e competitivos do Brasil, olé!, do mundo. O negócio é que, diante da ressaca pós-conquista e da natural queda de rendimento físico e motivação psicológica, o atleticano copo-lagoinha-meio-cheio já estava com a cabeça de férias, em Marrocos, muito satisfeito da vida e grato por tudo, amém, achando injusto abusar de sua crença assim tão rápido, sem intervalo nenhum. Pra ele, jogar o Brasileirão só pra competir não faria mal, sendo um título menos importante do que o já conquistado, e deveras menos valioso do que o que poderá vir em dezembro (por acaso não passou pela sua cabeça que o atleticano não acredita que existe um jeito de ganhar do Bayern, né?). Mas aí vieram duas vitórias seguidas, sendo a última dupla, contra a tempestade e contra o Grêmio lá no sul, veio a subida para a primeira parte da tabela, e já está o atleticano a fazer contas: 18 menos 3 do jogo adiado, menos 3 do clássico é igual a 12. Sem falar no estrago que causa ao rival. É ver o Galo no retrovisor e começar a tremer, paulo-robertisticamente falando, se é que você me entende. Se o torcedor atleticano já acreditava no grupo muito antes de ter Ronaldinho Gaúcho e de vencer a Libertadores, agora é melhor nem gastar saliva e caracteres para tentar convencê-lo do contrário. A 17 rodadas do fim, ele já trabalha forte na tabelinha da simulação, revezando entre ser ora mais otimista com seu time, ora mais pessimista com o dos outros. No pior dos cenários, ele já sabe: o que importa esse ano é que o juiz autorizou, Riascos partiu pra bola e... Deram a faca, o queijo o atleticano já tinha. Enquanto a matemática desse Brasileiro permitir, ele seguirá acreditando. Vou te contar um negócio... Que raça!
Posted on: Tue, 17 Sep 2013 14:03:32 +0000

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