A COMPAIXÃO GERA ATITUDE E A ATITUDE LEVA À TRANSFORMAÇÃO DA - TopicsExpress



          

A COMPAIXÃO GERA ATITUDE E A ATITUDE LEVA À TRANSFORMAÇÃO DA REALIDADE (Ne 1:1-10). Introdução – Os crentes precisam ter cuidado com seus relacionamentos, pois a convivência com pessoas que não conhecem ou não vivem os valores cristãos os deixam incompadecidos. Já há algum tempo vemos os padrões do sistema mundo avançam sobre a igreja cristã, e, ao invés do crentes influenciarem a sociedade, passaram a ser por ela influenciados, tanto que reproduzem na igreja os padrões da sociedade de consumo, onde tudo é descartável, até as pessoas. Precisamos então nos voltar para a Palavra de Deus, sendo um bom exemplo do padrão de Deus para nós a vida de Neemias, que apesar de experimentar a muitas bênçãos, inclusive materiais, não perdeu o compromisso com os perdidos e sofredores. Muitos cristãos se indignam com o sofrimento e a dor, mas a indignação leva a ações racionais e muitas vezes carnais, pois baseadas em nosso entendimento pessoal acerca do problema (Ne 13:8). Neemias teve momentos de indignação, mas o que fez diferença e mudou a realidade do povo de Israel foi a compaixão, caminho que devemos aprender a trilhar, observando algumas lições: Lembrar-se dos que ficaram para trás na caminhada (v.1-3) – Vivemos na sociedade da indiferença ou da preocupação de longe. Não nos importamos com o outro, pelo menos de perto, e para diminuir o remorso pelo egoísmo, ajudamos de longe, sem contato, sem o real interesse de transformar. Muitas vezes a intenção é livrar-nos do incomodo da presença de alguém que pede e de alguém que necessita. A necessidade, o sofrimento, a dor não precisam de arauto, de representantes, deveriam mover o coração humano apenas por existir. Como não sentir nada ao ver uma criança chorando, com fome, maltrapilha, drogada, prostituída? Como ser indiferente ao idoso abandonado, doente, mendicante? A nossa cidade está apavorada em razão da violência. Existe um exercito de drogados a praticar crimes, aterrorizando a população, só que eles se matam e matam os outros. Os soldados desses exércitos são conhecidos, e cada vez mais próximos de nós. Às vezes são membros de nossas famílias, e isso causa indignação. Mas indignação não é o mesmo que compaixão. Indignação gera revolta, gera reclamação, murmuração, mas compaixão gera transformação. Neemias estava em uma excelente situação, ele era copeiro do rei, talvez a pessoa mais importante, pois era que provava os alimentos do rei, para evitar que ele fosse envenenado. Vivia em palácio, vestia-se bem, pois estava sempre na corte, comia a comida do rei, porém não estava esquecido daqueles que eram desafortunados, dos seus irmãos que estavam na completa pobreza. Ele não via a miséria, estava muito longe, mas lembrava das pessoas e procurava saber como elas estavam. Ele sabia que muitos não estavam bem como ele, e então se preocupava em saber o estado daquelas pessoas. Foi quando ele soube da real situação do seu povo: “Os restantes, que não foram levados para o exílio e se acham lá na província, estão em grande miséria e desprezo; os muros de Jerusalém estão derribados, e as suas portas queimadas” (v.3). Ele poderia ter-se indignado com a situação do povo, mas o seu sentimento foi de compaixão, pois sua atitude foi: “Tendo eu ouvido estas palavras, assentei-me, e chorei, e lamentei por alguns dias; estive jejuando e orando perante o Deus dos céus”(v.4). A compaixão nos leva à imediata conexão com Deus. Não se transforma a realidade natural sem oração(v.4) – Ao compadecer-se Neemias de fato sentiu a dor dos que sofriam. Ele primeiro assentou-se, pois que sofre tem dificuldade em ficar de pé. Carrega o peso do sofrimento, tem o corpo já alquebrado pelo prolongar das lutas. Ter compaixão é colocar-se junto ao outro no momento da dor, sem julgamentos, é chorar com os que choram (Rm 12:15). Vemos que a oração de Neemias não foi uma oração única e rápida, pois ele pede a Deus: “Estejam, pois, atentos aos teus ouvidos, e os teus olhos, abertos, para acudires à oração do teu servo, que hoje faço em tua presença, dia e noite, pelos filhos de Israel, teus servos” (v.6). Ele não parou de orar e tampouco passou a ver os que estavam no pecado e no sofrimento como aqueles que mereciam isso, ele não julgou, ele compadeceu-se, a tal ponto de confessar os pecados do povo, incluindo-se na confissão, clamando pela misericórdia do Pai Celeste: “e faço confissão pelos pecados dos filhos de Israel, os quais temos cometido contra ti; pois eu e a casa de meu pai temos pecado contra ti” (v.6). Perceber a atitude de um coração compadecido nos remete à Parábola do fariseu e do publicano (Lc 18:9-14), porque há muitos “que confiam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezam os outros”, que dizem, pensam e agem como o fariseu, “Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros...”. Se nós orássemos como Neemias a realidade desta rua, deste bairro, da nossa cidade seria totalmente diferente, pois a oração move o coração de Deus e abre as portas espirituais para as realizações que esperamos que ocorram no natural. Não foi por acaso que Deus, ao confirmar a aliança com a Casa de Davi, disse a Salomão: “...se o meu povo que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (II Cr 7:14). Jesus ensinou que tudo que ligássemos na terra seria ligado nos céus, e tudo que desligássemos na terra seria desligado nos céus(Mt 18:18), e disse mais: “...tudo que pedirdes em oração, crendo, recebereis” (Mt. 21:22). Nossa oração deve ser ainda para que Deus nos favoreça, de modo a tocarmos no coração de outras pessoas, para que possamos realizar no natural aquilo que precisa ser feito e custa carro. Deus é o dono de todas as coisas, e Ele, por meio de nossa oração, moverá o coração de quem pode nos ajudar a mudar a história dos que sofrem. A graça de Deus sobre nós trará os recursos para a transformação do natural (v.1:11 e 2:1-9) – A compaixão era visível na face de Neemias e o rei percebeu. Aquela foi a oportunidade que Neemias esperava, e Deus criou, para que ele pudesse levar ao rei suas preocupações e conseguir o financiamento para o seu projeto de mudança. Ele expos a necessidade do povo e conseguiu mover o coração do rei que liberou a ajuda necessária. Deve ser assim em nossa vida. Nós podemos mover o coração das pessoas a nos ajudar, desde que tenhamos primeiro movido o coração de Deus com a nossa oração e clamor. Nós temos que alinhar o nosso coração ao coração do Deus que compreende e se compadece, pois Ele está em busca de pessoas assim para abençoar, como Ele mesmo disse em Ezequiel 22:30: “E busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro e estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei”. Deus busca por nós. Espera que intercedamos pelos que estão destruídos, quebrantados, feridos, sem qualquer esperança. Mas Ele quer que nos comprometamos em dar mais um passo. Não apenas se indignar com a miséria, mas permitir que Ele, o Senhor nos faça uma agente de transformação. Para isso você precisa envolver-se nos ministérios da Igreja, pois precisamos começar fazendo algo pelas pessoas que estão dentro Igreja, e estender para a comunidade. Conclusão – A Igreja é a Agência do Reino de Deus e foi constituída para fazer diferença na terra. Sim, precisamos pregar a salvação das almas e também a dignidade das pessoas. Não podemos nos conformar com o sofrimento, seja o nosso, seja o do nosso próximo, por isso levaremos as Boas Novas, que é a pregação do Evangelho da Dignidade, de forma que de todas as cadeias seja o ser humano livre, seja da miséria moral, seja da miséria e degradação em sua forma de viver. Agindo assim, alegramos o coração do nosso Deus, e cumprimos o nosso chamado. Pr. Wolney Perrucho
Posted on: Tue, 27 Aug 2013 01:40:34 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015