A Gazeta do Povo é moralista, conservadora, reacionária. Não há outros adjetivos para defini-la. Antes que venham os defensores de plantão, alegando que há muitos bons e bem intencionados jornalistas por lá (coisa que eu sei muito bem), entendam que a verdadeira face de um jornal se conhece pelo seu Editorial. E as palavras que eu tenho para descrever o Editoral da Gazeta são exatamente estas. Apagão ético-jurídico? Só se for na sua cabecinha ridícula de quem escreve tal texto. Não é à toa a campanha do MS, pois a prostituição enquanto moralmente criminalizada e legalmente impedida de se realizar como outras atividades lícitas, será sempre um espaço de violência e crise da auto-estima. O mais cretino é ver como na mídia a palavra "apologia" na mídia é sempre usada para tentar desmerecer qualquer ação que se preste a lutar por direitos para aqueles seres ocultos, obscurecidos, marginalizados, excluídos. Você defende mudanças na política de drogas? Apologia às drogas. Você defende a legalização do aborto e da eutanásia voluntária? Apologia à morte. Você defende a flexibilização da propriedade intelectual e direito autoral? Apologia à pirataria. Você defende a regulamentação da prostituição? Apologia, apologia, apologia! Que moral tem esta mídia para falar em "banalização do estupro" dando espaço para colunistas cretinos e escrotos como o sr. Ramalhete, entre outros? Apologia à violência, ao preconceito, ao machismo e à homofobia todas as semanas, não importam as inúmeras reclamações. Infelizmente, a Gazeta ainda é o maior e mais bem produzido jornal do Paraná, razão pela qual não opção senão continuar a lê-la, mas não será este o motivo pelo qual deve-se poupá-la da crítica. Marcha da Liberdade Curitiba, Marcha das Vadias Curitiba, Marcha da Maconha Curitiba... gazetadopovo.br/opiniao/conteudo.phtml?tl=1&id=1379312&tit=Um-apagao-etico-juridico
Posted on: Thu, 06 Jun 2013 13:51:46 +0000
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