A Queda da Inflação. Grande destaque na imprensa nacional nesse meio de semana, a queda da cesta básica em julho em todas as 18 capitais pesquisadas pelo DIEESE (Porto Alegre caiu 7,06%) repercutiu no estancamento da inflação do mês passado. Aparentemente, a menor pressão dos preços dos alimentos para o consumidor (o clima tem ficado mais estável para o plantio de hortigranjeiros) e as altas dos juros básicos (SELIC) nos últimos meses colaboraram para estancar - pelo menos provisoriamente - o problema. Mas o preço a ser pago pela sociedade para debelar a inflação é nada barato: a atividade econômica dá sinais de estar patinando (indústria em queda e comércio com indicadores de vendas instáveis); e o desemprego mostra tendência de alta. Entretanto, um dos principais aspectos que está realmente fazendo com que os preços ao consumidor não saiam totalmente fora de controle é o contingenciamento de gastos do governo federal, com cortes de custeio em todos os ministérios. O efeito disso está em um maior controle do papel moeda emitido. Em junho último a emissão de dinheiro (serve para abastecer o mercado com cédulas, mas também para pagar contas do governo, fazendo a Casa da Moeda funcionar) aumentou 10,11% em relação ao mesmo período do ano passado. É o menor crescimento em 15 meses. Provavelmente em julho o controle tenha sido maior ainda. Em resumo, caso os dados preliminares de agosto confirmem a queda mais consistente da inflação, as autoridades econômicas nacionais não devem perder tempo em reduzir a SELIC e lançar mão de outros instrumentos para reativar o mercado, como redução da carga fiscal. A contagem regressiva para as eleições presidencias e governos de estado já começou e o fiel da balança dos votos sempre é a situação perceptível da economia. Vitor Augusto Koch Presidente FCDL-RS e SEBRAE/RS
Posted on: Wed, 07 Aug 2013 21:44:23 +0000
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