A TURBA E AS FALÁCIAS DE SUAS DEMANDAS Autor: Alessandro de A - TopicsExpress



          

A TURBA E AS FALÁCIAS DE SUAS DEMANDAS Autor: Alessandro de A Moreira A turba parece demandar, digo e insisto, apenas parece demandar de modo justo e democrático sobre vários temas do cotidiano. Ela aparentemente é a guardiã da moral e dos bons costumes. Vista de longe, seu discurso é aparentemente lógico e destarte convence os incautos. Agora, quando analisamos sua fala com os olhos do bom senso e da racionalidade, fica fácil a observância do erro que nem sempre é doloso, às vezes é pura falta de um conhecimento denso, liberto da superfície das pontuações desprovidas sustentabilidade coerente. A turba berra e exige que as decisões que envolvem o direito tinham que ser necessariamente inseridas no conceito de moral obtuso que ela possui; a turba esquece, ou melhor, desconhece as relações entre o direito natural simples o direito natural absoluto, direito natural relativo, direito natural relativo fundado na razão humana e na natureza do homem e o direito positivo e sua relação com a moral. Esquece que a moral é regulada pelo bojo de valores e comportamentos agregados em um contexto próprio e entendido como adequados a um determinado segmento social e que por isso, existem morais aceitas em um grupo e não aceitas em outro e que os padrões morais são de natureza interna e que alojam efeitos de perenidade que não acompanham o andar da caminhada humana e em muitos casos estão em descompasso e que justamente por isso, não podem ser atreladas as decisões judiciais. A turba exige justiça e não sabe que acima de tudo, justiça é Equidade significando o uso da imparcialidade para reconhecer o direito de cada um, usando a equivalência para se tornarem iguais, e vem do latim “equitas”. A equidade adapta a regra para um determinado caso específico, a fim de deixá-la mais justa. Ela critica a nossa Constituição exigindo sem o saber a balização por baixo. Ela adora o recrudescimento das penas para os outros e não os seus. Ela faz protesto quando vê a atuação do DEVIDO PROCESSO LEGAL, acreditando que o sujeito X não merece; o que ele merecia era ser pendurado em uma árvore ou então quem sabe: um linchamentozinho básico, para mostrar que a voz do povo é a voz de Deus. De que deus mesmo? Ela aponta e faz supostas deduções filosóficas e na verdade não sabe nem o que é de fato a filosofia. Fala de ética e nem faz ideia que em grande parte das vezes esta apenas reproduzindo a podridão dos poderosos em sua ética utilitarista - teleológica -. Esquece que este caminho ético não aprova nem tampouco desaprova nada a priori; apenas espera o resultado mais favorável aos seus interessados naquele momento, antes de fazer qualquer julgamento. Esta mesma turba, vota pensando em si e nunca em sua comunidade; por isso, ela merece o governante que tem e suas mazelas.
Posted on: Mon, 02 Dec 2013 08:52:26 +0000

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