A concepção sobre o futebol brasileiro é tão cíclica quanto a - TopicsExpress



          

A concepção sobre o futebol brasileiro é tão cíclica quanto a bola utilizada na sua despretensiosa e lúdica prática. A seleção da Espanha e seus entusiastas fans pensam que a bola é quadrada. Isso mesmo: acreditam nos factóides que o personagem Kiko, contrastava com a realidade mais verossimilhante do protagonista, Chaves, no seriado homônimo. A gente brasileira, de forma predominante, se identifica com a relação familiarizada entre os personagens Seu Madruga (um senhor criativo, que fez de tudo um pouco na vida pela subsistência de sua família) e Chaves (um garoto sem teto, sem familiares, sem isenções, sem perspectivas, contudo, plantaria até carambolas por um sanduíche de presunto). Ambos, emergentes em uma vila polarizada, denotam, como nada e ninguém o fazem, o significado de criatividade e esforço. É perfeitamente compreensível o sentido dos jargões, interjeições, chiliques, disparates do Kiko. Sua mãe, Dona Florinda, subsidia muitos dos absurdos do filho em detrimento de educação e orientação a este. Muitos brasileiros, a turismo, passam por verdadeiros constrangimentos nos aeroportos espanhóis. Nos tratam como gentalha; falta de educação - tivera que ser - afinal, este é outro exemplo de comportamento que os súditos do Rei Juan Carlos I seguem. Este que mandou o finado presidente venezuelano, Chávez, se calar. Os espanhóis precisam de orientação acerca das características da bola. Não há planos superiores, inferiores, ou ainda, laterais. Lembrem Piqué, Iniesta, Busquets, Alba e sabemos lá nós, dois terços do time titular espanhol, que, aliás, também é o time do Barcelona (um dos mais copiados e influentes clubes do mundo) que sim, a bola é redonda lá na Cataluña; mas por lá, o dono da bola, há vários anos por sinal, é um argentino. Embora tentassem expropriar Messi da America do Sul - por meio de uma proposta de naturalização espanhola com a finalidade, única e exclusiva, de defender a seleção da Espanha – este argentino, oriundo das categorias de base do Newell’s, rechaçou esse despropósito. Ahhh, esses europeus...pra eles, Di Stéfano é madrilenho, Eusébio é português e a seleção brasileira esta num patamar inferior. Temos muitos adendos a serem tratados em osso país, mas é certo que não vivemos num barril, não somos gentalha pra sermos mal tratados e temos um treinador que não vende chapéu, sapato ou roupa usada, no entanto armou um time que engoliu o líder do Ranking FIFA. A liga espanhola é mais organizada que a nossa – diga-se de passagem, a nossa sequer foi feita ainda. Isso é inegável. Organização e gestão devem mesmo ser austeras, metódicas, ou, se preferirem, quadradas. Todavia, ainda que o improviso seja condenável na elaboração e estruturação de campeonatos, esse se faz necessário no campo de futebol. Quando a bola rola, é imprescindível ser diferente, fazer uso de improvisos. Os times espanhóis são fregueses históricos dos brasileiros – claro, há uma exceção. Ademais, por exemplo, o Sport Club Corinthians Paulista fora campeão mundial num campeonato intercontinental que contou com a participação do Real Madrid Club de Fútbol. O capetinha Edilson mostrou o cartão de visitas do Brasil a um jogador qualquer do Real; o Fútbol Club Barcelona enfrentou o clube paulista por quatro vezes e perdera todas. A seleção espanhola, em jogos de Copas, comumente é goleada pelo time brasileiro. Bom, o cale-se, cale-se, coube bem no time da loca, loca.
Posted on: Tue, 16 Jul 2013 05:06:25 +0000

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