A rua que me chama Encolho-me em teus braços, Escuros e - TopicsExpress



          

A rua que me chama Encolho-me em teus braços, Escuros e tristes. Não olho em teus olhos, O silêncio deles angustia minha fala. Teus olhos fecham, Do silêncio vem a morte. Tu vais, Mas tu voltas. Sabes que luz não há, A lua se foi, O sol se isolou, E que meu corpo tem fome do seu. A água escorre da cachoeira. E tu corres da vida, Há medo em ti, Há medo em mim. Cubro teus olhos de dor, Mas tua respiração ainda pesa. Tu abres teu coração Ao silêncio túrbido Dessa noite fria e dolorida, De quem sente a luz. Tua mão me aperta, E teus olhos me corroem. Tu eriças minha alma, Haures meu ser. Logo sabes e logo vês, O mesmo que sei. Tua mão me aperta, E teus olhos me destroem. As tuas explosões, Teus gritos internos, Todos ouvidos e sofridos. Calafrios. Por que não falas? Teu medo sussurra em mim. O passo está em peso, Seu sorriso ameno surge Como o nascer do sol. Tu sentas na ponte, Gritas por liberdade E fechas por amor. A aflição que me ocupa, É a mesma que há em ti. Tuas palavras me entendem, E seu silêncio me chama. Tu foges, Depois de um silêncio sempre há morte. Melancolia da noite, Invade minhalma. Em sombra de desejo, A face amarga se destrói. Tu morres, Depois de uma morte sempre há silêncio.
Posted on: Fri, 18 Oct 2013 00:32:19 +0000

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