ANTES DA PROVA NACIONAL ( ENEM) Honestamente, sei dos péssimos salários que os professores tem e imagino que ter a atenção de uma turma de adolescentes cheios de distrações (celulares e afins) não deva ser fácil. Tenho um respeito e gratidão imenso pelos professores, especialmente os da rede pública, onde estudei e ainda estou estudando,agora na Universidade pública. Suponho que melhorar as condições salariais e profissionais e outros, dos professores, possa ajudar a melhorar a situação, mas não conheço estudos que mostrem diferenças gritantes de qualidade na rede pública entre Estados que pagam melhor e Estados que pagam pior. Por outro lado, prejudicar o aluno por causa dos maus salários ou por tempos para corrigir provas me parece cruel. Ainda mais quando a paralisação antecede a formação de alunos do ensino médio e a prova do governo para habilitar os alunos da rede privada e pública ao ensino superior (ENEM) , visto que a concorrência com alunos da rede privada ( e que não param) por si já é desleal. O problema da escola pública é a falta de professores. Ou porque se licenciam, ou porque fazem greve, ou porque simplesmente não comparecem. Deixando o aluno feito um objeto que só representa números no final do mês,pois a consideração na transmissão do conhecimento para esses discentes é para a maior parte desses “educadores” secundaria. Colocar o direito de greve na frente de um período crucial para o educando é no mínimo falta de senso. E querer o apoio dos pais e alunos é sandice, visto que os maiores prejudicados são esses. A solução? No meu entender, é avisar aos pais com bastante antecedência sobre a paralisação, quem sabe no ato da matricula? E os grevistas se prepararem financeiramente para essa paralisação, guardando o dinheiro da prestação do carro, da escola do filho ( rede privada) etc. Com essa cautela, vão poder segurar mais tempo o cabo de guerra com o governo, fazer greve requer mais do que simplesmente arrogância ( parar tudo para ver no que acontece) é preciso articulação e aprender com as paralisações anteriores, focar os pontos fortes do governo e mina-los. ( o governo tranca o pagamento e os grevistas se desesperam e quando o governador diz, se vocês voltarem, eu não descontarei os dias parados, e os professores voltam, porque já estão cansados e sem dinheiro para continuarem na luta). Um dia eu estarei no mesmo campo de batalha, pois a Pedagogia agora faz parte da minha vida. Mas nunca entrarei ou apoiarei paralisações que já nascem derrotadas. Jaqueson Cavalcante.
Posted on: Wed, 23 Oct 2013 15:08:14 +0000
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