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AQUI SEGUE O ÚLTIMO CAPÍTULO DO MEU LIVRO, "FUTEBOL: NA SAÚDE E NA DOENÇA", DE MAURÍCIO ROSSI. FORAM 23 CAPÍTULOS DE UM BREVE RESUMO DA MINHA HISTÓRIA. ESPERO QUE TENHAM GOSTADO. E, COMO CITEI NO INÍCIO, NA EXPLICAÇÃO DO QUE FOI ESSA MINHA PROPOSTA, SE SEU NOME NÃO APARECEU NA HISTÓRIA, NÃO SE SINTA MENOS AMIGO. MUITO PELO CONTRÁRIO, JÁ QUE TEM NOME QUE APARECE E QUE, DE MEU AMIGO, NÃO TEM NADA. MAS SEM MÁGOAS. VAMOS EM FRENTE. E, LOGO, VIRÁ UMA OUTRA OBRA. OBRIGADO. E BOA LEITURA NESTE FINAL. Capítulo 22 – Da Record para a ESPN e a quebra de um sonho Em 2006, no ano em que deixei a TV Record, o São Paulo chegou à final da Libertadores contra o Internacional. No primeiro duelo, dia 9 de agosto, no Morumbi, a derrota por 2 a 1 ficou marcada pela presença no estádio da minha esposa. Fomos eu, ela e meu irmão, Marcelo. O Morumbi estava lotado. Na chegada, colocamos o carro bem longe do estádio. Ela não estava acostumada com aquela confusão. Gente à beça fora do estádio, corre-corre, uma verdadeira loucura. Mas no final, dissemos que ela é muito pé frio (risos). O time gaúcho foi com a vantagem do empate para o decisivo jogo em Porto Alegre. Um dia antes de minha filha, Luíza, completar 5 anos, o Beira-Rio recebeu um grande público para ver a partida que definiria o campeão da América. Vi o jogo na Jupira, ao lado de meus pais, meus irmãos, da Lu e da Belinha (como chamo minha esposa). Foi triste!! Pior ainda porque no dia seguinte tínhamos reservado um buffet no bairro do Tatuapé para comemorarmos o aniversário da minha filha. Mas, claro, a melancolia não atrapalhou nossa diversão. Em 2007, a nova fase da vida. Desde novembro do ano anterior, eu estava em contato com algumas empresas para um novo emprego. Mas foi por intermédio do amigo Rodrigo Takigawa, com quem havia trabalhado na Record, que cheguei à ESPN. Um telefonema da coordenadora da produção, Cris Freitas, foi o suficiente para recomeçar na área esportiva. Para a vaga do próprio Takigawa, que estava indo para as chamadas do Canal, fui admitido e comecei no dia 19 de janeiro na edição de texto do programa Bate-Bola segunda edição. Logo nos primeiros dias, no restaurante Sampa, ao lado da emissora, pude conversar por horas com um dos maiores nomes do basquete: Zé Boquinha. Virou um grande amigo. Um conhecedor não só do basquete, mas da vida. E que me ensina sempre que podemos nos reunir para almoços com muita história, ao lado de outro grande parceiro, Carlos Lima. Passei por quase todos os programas dos canais ESPN na função que me cabia. No dia 14 de abril, a rádio Eldorado ESPN entrou no ar. Com o jogo Santos e Bragantino, na semifinal do Campeonato Paulista, a primeira transmissão oficial da parceria com o grupo Estado começava uma história. Dois meses depois, em junho, em conversa com Marcelo Di Lallo, na época plantão e um dos âncoras da Rádio, fui indicado para um teste no plantão esportivo, função que já havia exercido em 2003. No estúdio da Rádio, no bairro do Sumaré, o microfone estava à disposição. Durante uns minutos, gravei ao lado de Di Lallo, que mostrou o material a José Trajano, na época, diretor de jornalismo da ESPN. Logo estreei como plantão da rádio Eldorado ESPN. Ao lado de profissionais altamente gabaritados, agradecia a Deus pelos momentos a cada entrada no ar. No começo, o nervosismo era nítido, mas normal para quem trabalha na área e com as chamadas “feras” que estavam ao meu redor. Aos poucos, demonstrando vontade, ganhei mais espaço no canal. No mesmo ano, quando a chefia de reportagem era ainda comandada por Mauro Cezar e Paulo Vinícius Coelho, uma oportunidade para ir às ruas foi me dada. A primeira saída pela ESPN foi em 2 de junho. O local: Parque São Jorge. Treino do Corinthians, na época, comandado pelo treinador Paulo César Carpegiani. Foi o ano da queda corintiana para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Fiz a matéria completa. O Mauro (Cezar Pereira) pediu para eu gravar, fazer passagem (quando o repórter aparece na reportagem) e deixar para que os responsáveis avaliassem. Na semana seguinte, já fui escalado para uma reportagem no SPAC, o São Paulo Athletic Club. Quem viu, gostou. Porém, como não havia sido contratado para a reportagem, as pessoas preferiam não colocar no ar. Mas o off (voz colocada na reportagem) foi. Na terceira vez que fui à rua, numa reportagem para o programa Limite, vi a matéria ir ao ar. Renato Senise, editor e grande amigo, elogiou a reportagem para a Kitty Balieiro, que era a chefe de redação. A Kitty recomendou que fosse conversar com o Trajano, que deu aval para que a matéria fosse colocada no ar. Foram muitas reportagens para os canais ESPN. Alguns meses antes da Copa de 2010, em reunião com o pessoal do programa Bate-Bola 2ª edição, ao lado de Wagninho, Carlos Brighi e Cris Pustiglione, surgiu a ideia de trabalhar em cima do tema “vuvuzela”. A famosa corneta usada pelos sul-africanos no Mundial foi aproveitada para uma alusão aos corneteiros de plantão pelas ruas de São Paulo. Semanalmente, eu saía para gravar. Os temas eram pautados pelas datas. Por exemplo, no dia 21 de setembro, dia da árvore, gravei sobre um muro com uma árvore ao fundo. Ao saltar, senti uma forte dor nos joelhos. O frio que fazia ajudava a piorar a dor. Essa gravação foi com os cinegrafistas e amigos, Sérgio Verilli e Rosenberg Farias. No Rio de Janeiro, o repórter Cícero Mello, também, às vezes, fazia o quadro direto da Cidade Maravilhosa. Pela ESPN foram apenas duas viagens para fora do Estado de São Paulo. Em meio à Copa do Mundo de 2010, fui enviado para o Rio de Janeiro e para Minas Gerais. Na época, o goleiro Bruno, acusado do desaparecimento da modelo Eliza Samudio, havia sido preso e as matérias eram em cima do fato. Dois dias de reportagens no Flamengo, clube pelo qual o goleiro atuava. Depois, mais dois dias em Belo Horizonte e Ribeirão das Neves, cidade natal do goleiro. Naquele final de semana, Espanha e Holanda disputavam a finalíssima da Copa. Assisti em Nova Lima, pertinho de BH, ao lado de Reinaldo, um dos maiores atacantes brasileiros de todos os tempos. Edição de texto, plantão esportivo na rádio Eldorado ESPN (que em 27/03/11 virou rádio ESTADÃO ESPN) e repórter, nas “horas vagas”. Mas a última função ficou de lado no final de 2010, quando, segundo colegas, o afastamento da atividade se dava por ordens do então diretor José Trajano. Claramente chateado, esperei o ano virar para ter uma conversa com o chefe. Queria saber os motivos que me afastaram da função mais prazerosa que exercia. Realmente, não esperava ouvir dele o que ouvi. Disse que minhas matérias eram normais. Que eu fazia o registro e nada mais. Disse que eu deveria me dedicar à edição. Aceitei, mas quando gostamos de algo precisamos ir atrás. Foi o que aconteceu. A vida me ensinou a não desistir. Jamais esmorecer. Desânimo, abatimento, sofrimento interno, noites sem dormir. Coisas normais na vida de qualquer cidadão. O ano de 2011 foi dedicado à edição de texto e a algumas jornadas na Rádio Estadão ESPN, cuja estreia ocorreu no dia 27 de março, com a partida amistosa entre Brasil x Escócia. Eu estava no plantão esportivo. À tarde, o histórico duelo São Paulo e Corinthians, em que o goleiro-artilheiro, Rogério Ceni, marcou o centésimo gol da carreira. Paulo Soares, o Amigão, narrou como ninguém aquele tento de falta que pareceu ter sido colocado no ângulo de Júlio César com a mão. Na vida pessoal, as férias tiradas no mês de julho foram aproveitadas ao lado da família e dos amigos. Pude, enfim, conhecer a Terra de meu avô, Alfredo: Ribeirão Preto. De lá, seguimos para Caldas Novas, em Goiás, e na volta, parada em São Pedro, pertinho de Piracicaba. Na viagem, além de minha mulher, Cibeli, e minha filha, Luíza, estava uma pessoa a quem devo muito: minha sogra, Ladice. Todos os dias está ao nossa lado. Ainda, um dos melhores amigos, Renato, acompanhado da esposa, Gislaine e os filhos Luiza e Vinícius. Uma amizade formada por intermédio de nossas filhas, que fizeram o jardim da infância juntas. Sempre estamos jantando, almoçando e viajando com as famílias. Renato é palmeirense, assim como a filha. Já esposa e o menino são torcedores do Santos. A final do Mundial do Japão, Santos e Barcelona, reuniu os amigos. E outros, também, muito próximos, Zé Roberto e Adriana, e os filhos Giovanna, que até hoje estuda com a Lu, e Enzo, o mais novo. Todos estávamos na chácara de seu Valdemar, pai de Zé Roberto, em Mogi das Cruzes. Um lugar onde as cores do São Paulo ganham espaço, pois Zé Roberto e o pai torcem pelo Tricolor. Mas naquele 18 de dezembro acordamos cedo para ver um jogo que não envolvia o Tricolor. Assistimos à goleada espanhola por 4 a 0. Domingo em casa, de folga. Era até estranho, pois meus finais-de-semana nos últimos anos, geralmente, eram ocupados pela profissão. A minha volta às ruas para as reportagens ocorreu no ano de 2012. O diretor de jornalismo, João Palomino, que assumira o cargo em janeiro de 2012, em uma reunião de pauta, sugeriu que eu fosse ao treino do Palmeiras, que voltava das férias. Era 3 de janeiro. O Regi (Reginaldo David), diretor-executivo, me chamou e disse que na reunião foi levantada a questão de que não havia repórter para cobrir o dia. Era a reapresentação do Palmeiras. E eu havia sido escolhido. Fui e a notícia do dia, simplesmente, foi o anúncio do fim da carreira do goleiro Marcos. Aí a correria foi grande. O ano começaria diferente. Mas não seria igual até o fim. Algumas reportagens me chamam a atenção. Como, por exemplo, o dia da apresentação de Paulo Henrique Ganso, antes de São Paulo e Cruzeiro, no Morumbi. Houve, ainda, saídas durante os jogos Olímpicos de Londres. Na cidade de Santa Bárbara D’Oeste, onde nasceu o nadador Cesar Cielo, pude acompanhar a prova dos 50m. Momentos que marcaram. Foram muitos. Mas as mudanças que ocorreram durante 2012 nos Canais ESPN, com a perda da parceria com o Grupo ESTADO, o fim da rádio foi decretada - ela passaria a ser transmitida apenas via internet em 2013 -, modificação na futura programação e a corda arrebentou para o meu lado. Não havia mais espaço na emissora. Assim, fui dispensado no dia 4 de fevereiro. O lugar ficará para sempre no coração. Para quem passou por situações muito piores, mais uma vez, é levantar a cabeça e sair para o mundo. E como dizia o mestre arquiteto Oscar Niemeyer, é preciso sonhar, para que as coisas aconteçam. A minha vida segue, com saúde. E, sempre, cheia de sonhos. FIM!!!! OBSERVAÇÃO: O LIVRO FOI ENCERRADO NO MÊS DE FEVEREIRO DE 2013. HOJE, TRABALHO NO GRUPO BANDEIRANTES DE COMUNICAÇÃO, ONDE SONHOS PODEM VIRAR REALIDADE.
Posted on: Wed, 21 Aug 2013 15:38:08 +0000

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