Adesivos podem substituir agulhas em vacina do futuro, dizem - TopicsExpress



          

Adesivos podem substituir agulhas em vacina do futuro, dizem cientistas Novo método, apresentado em conferência sobre inovação, pode ser mantido com pouca refrigeração por até um ano. O nanoadesivo é baseado na nanotecnologia – que permite manipular a matéria em escala atômica e molecular, ou seja, em dimensões infinitamente pequenas. Ele supera algumas das desvantagens mais óbvias de vacinas convencionais, como o medo da agulha e a possibilidade de contaminação provocada pelo uso de agulhas sujas. Mas há outras razões pelas quais o método pode ser transformador, disse o professor. Milhares de minúsculas saliências no adesivo perfuram a pele e liberam a vacina, que é aplicada, seca, sobre a pele. "As saliências no adesivo trabalham com o sistema imunológico da pele. Nosso alvo são essas células, situadas a um fio de cabelo de distância da superfície da pele", disse Kendall. "Talvez estejamos errando na mira e deixando de atingir o ponto imunológico exato, que pode estar na pele e não no músculo, que é onde as agulhas tradicionais vão". Em testes feitos no laboratório de Kendall na University of Queensland, o adesivo foi usado para administrar a vacina contra gripe. A equipe australiana disse ter notado que as respostas para vacinas aplicadas por meio do nanoadesivo foram completamente diferentes daquelas aplicadas com o uso da seringa tradicional. "Isso significa que nós podemos trazer uma ferramente completamente diferente para a vacinação", disse o pesquisador. A quantidade de vacina necessária, por exemplo, é muito menor – até um centésimo da dose normal. O preço de "uma vacina que custa US$ 10 pode ser reduzido para US$ 0,10, o que é muito importante no mundo em desenvolvimento", acrescentou. Vacinas Sem Efeito Outro ponto fraco das vacinas tradicionais é que, por serem líquidas, precisam ser mantidas no refrigerador, desde o laboratório até a clínica onde é feita a vacinação. "Metade das vacinas aplicadas na África não estão funcionando direito por causa de falhas na refrigeração em algum momento". Quando Kendall disse, durante a conferência, que a vacina nanoadesiva poderia ser mantida a 23ºC durante um ano, a plateia respondeu com aplausos calorosos. Um representante da Brithish Society for Immunology, a sociedade britânica de imunologia, deu boas vindas à tecnologia, mas fez algumas ressalvas. "Essa abordagem traz esperanças de vacinação fácil e em grande escala, já que ela tem como alvo um tipo de célula imunológica chamada célula Langerhans, que existe em abundância na pele", disse Diane Williamson". "Essas células absorvem avidamente a vacina e são capazes de desencadear a resposta imunológica". "Porém, um dos problemas em potencial na aplicação (da vacina) sobre a pele é o tempo de aplicação e como garantir a administração da quantidade adequada de vacina". "Além disso, talvez haja problemas de tolerância do adesivo em alguns pacientes. Mas se esses problemas puderem ser superados, o nanoadesivo tem o potencial de substituir a aplicação convencional, baseada em aplicação intramuscular por agulha". O nanoadesivo começará a ser testado em breve na Papua Nova Guiné, onde suprimentos de vacina são escassos. Kendall disse que acha difícil imaginar um mundo sem agulhas e seringas tradicionais, mas espera que o novo método possa ser utilizado em grande escala. saude.ig.br/minhasaude/2013-06-18/adesivos-podem-substituir-agulhas-em-vacina-do-futuro-dizem-cientistas.html
Posted on: Wed, 07 Aug 2013 16:26:50 +0000

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