Altair Freitas escreveu: "Estudos recentes sobre geopolítica apontam como algumas potências mundiais enxergam o futuro próximo: 1) EUA - depois de desenvolverem a tecnologia de extração de petróleo do xisto, elemento em absoluta abundância na terra do Tio Sam, acham que está chegando a hora de tirarem o pé do Oriente Médio e diminuir suas atividades em regiões de mananciais petrolíferos nos próximos anos. Acham ainda que como eles imprimem a moeda do comércio internacional, poderão reerguer a própria economia manejando ao seu bel prazer a maquininha de rodar dólar despejando mais ou menos papel o mundo conforme suas necessidades. Conjugadas com a articulação do "mercado comum com Europa e Ásia-Pacifico tais medidas, segundo os experts ianques, possibilitarão a eles manter sua hegemonia e controle sobre a economia mundial por muitas décadas ainda. Meta adicional imediata: bloquear o avanço da economia chinesa. Ah, claro, e viveremos felizes para sempre; 2) Os russos pensam bem diferente. Especialistas russos em geopolítica e o próprio governo russo trabalham com um cenário catastrófico para os próximos anos. Para eles, o mundo está vivendo um conflito de civilizações. De um lado, o capitalismo consumista ocidental - liderado pelos EUA - com sua máquina louca de fabricar produtos e que tenta impor tal lógica ao conjunto da humanidade, custe o que custar. De outro, os povos que são, digamos, mais espiritualizados, menos "materialistas", menos consumistas, como as culturas orientais e do mundo islâmico que tentam resistir à sanha predatória do capitalismo ocidental. Para os especialistas russos, o ponto nevrálgico desse conflito é a Síria e ali poderá ser deflagrada, inclusive, a terceira guerra mundial. Alguns geopolíticos russos mais "atirados" preveem que a terceira guerra está próxima e não passa de 2014. E viveremos infelizes pelos próximos anos (dá pra ser depois da copa??); 3) Os chineses, por seu lado, querem um desenvolvimento que permita a eles e seus parceiros terem um desenvolvimento econômico e tecnológico compatível com o ocidental e resguardar, ao mesmo tempo, os tradicionais valores orientais voltados a uma vida mais coletiva, comunitária. Buscarão compor políticas que possibilitem a um número ainda maior de chineses avançarem da atual linha da pobreza para uma condição de vida "modestamente confortável". Entendem que poderão ultrapassar a economia dos EUA nos próximos cinco anos. Estão investindo pesadamente em desenvolvimento militar com ênfase em tecnologia militar de último tipo pois também estão se preparando para, em algum momento, se defrontar com os EUA. Além da Ásia, os chineses expandem suas influências econômicas para a África e região do oceano Índico. Obsessão chinesa para os próximos anos, completar a unificação da China com a retomada de Taiwan. Como podemos ver, o mundo não será nada tranquilo nos próximos anos (eu diria décadas). E a julgar pelo gigantesco Big Brother montado pelos EUA em escala global, a coisa tende a deteriorar mais rápido do que eu podia imaginar alguns anos atrás. Mas tem gente que acha mesmo que o problema do mundo é combater a corrupção e termos governos mais competentes administrativamente falando. Acordem, dorminhocos! O jogo é muito mais pesado do que sonham vossas vãs "filosofias"." Sobre o papel da América Latina nisso tudo: "No caso dos EUA, como sempre, consideram a América Latina e Caribe seu quintal, portanto, estamos englobados na formulação "manteremos a hegemonia sobre o mundo..", logo, por agregação, estamos nesse pacote. Uma tradução mais fidedigna é a de que eles farão todo o possível para reverter esse fase progressista por aqui, derrubando ou substituindo as atuais forças políticas menos dóceis - como no caso do Brasil, Venezuela, Uruguai, Argentina, etc - por outras francamente pró ianques. Aliás quanto a isso, nenhuma novidade, pois essa tem sido a tônica deles em relação a nós desde o fim da 2ª Guerra. Entre êxitos e derrotas, no computo geral, eles continuam levando vantagem."
Posted on: Thu, 11 Jul 2013 11:35:24 +0000
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