Artigo publicado no Açoriano Oriental Por : José Francisco Nunes - TopicsExpress



          

Artigo publicado no Açoriano Oriental Por : José Francisco Nunes Ventura Acerto de Contas ….. Há cerca de um ano e meio, mais propriamente em Março de 2012, recebi por correio electrónico, um comunicado do MNA/FLA através do qual o Movimento se afirmava, reactivando a sua “luta” pela independência dos Açores. Na altura, foi o mesmo anunciado pela comunicação social. Jornais, rádio e televisão. Semanalmente continuei a receber os comunicados pela mesma via, os quais versavam assuntos “quentes” e de interesse para o Povo açoriano. Tal acontecimento reabriu o meu sentimento de independentista, tal chama viva renascida de uma fénix esperançosa. Consequentemente, foi possível assistir a algumas comunicações públicas por iniciativa pessoal de independentistas, já que a FLA age como estado de espírito naqueles que querem e lutam por um futuro risonho nuns Açores emancipados, impedida que está como movimento ou partido na Constituição portuguesa. Pela data de calendário 6 de Junho, dia inevitavelmente histórico para os Açores, costumam os defensores da causa, comemorar publicamente o marco que foi aquele dia “6 de Junho de 1975”. Estranho, no entanto, que a comunicação social apenas tenha feito alusão ao primeiro comunicado que refiro no início, pois acredito que, à semelhança do que se passou comigo, tenham recebido de igual modo os muitos que lhe seguiram. Certo é que jamais fizeram referência aos mesmos… E estranho porque, das posições públicas tomadas, atento verifico que as mesmas são aproveitadas por responsáveis políticos e até por um aproveitamento jornalístico, como que servindo para levantar a caça escondida no pasto. Senão vejamos. No último comunicado a que tive acesso, a FLA, referindo-se àquilo que na gíria chamamos de “dança de cadarços”, em que os participantes se enredaram de forma perigosa, diziam que a actual situação política de Portugal é um assunto que só aos portugueses diz respeito. Que os açorianos não tendo sido tidos nem achados nos problemas de Portugal, ninguém nos Açores contribuiu para o caos em que o país mergulhou, nem os responsáveis políticos açorianos são chamados para reuniões com “Troikas” e quejandos. Os Açorianos estão assim excluídos dos problemas e consequências que a actual crise portuguesa provoca, não sendo justo que o povo dos Açores seja chamado a pagar uma factura que não lhes diz respeito. Afirma ainda que o Órgão Legislativo dos Açores já devia ter tomado uma posição sobre esta questão, mandatando o Governo dos Açores para se demarcar da crise de Portugal e continuar a reivindicar as questões pendentes, relacionadas com as dívidas de Portugal que constituem recursos dos Açores e que muita falta nos faz. (Esta questão parece que levantou alguma curiosidade e penso que resultou na notícia da dívida de cerca de sessenta e dois milhões de euros que o governo português deve ao sector da saúde dos Açores) Diz ainda a FLA que se sente também no direito de “exigir a todos os deputados açorianos quer na Assembleia Legislativa dos Açores, quer na Assembleia da República, que tenham a verdadeira noção que se foram eleitos em representação do Povo açoriano, o devem defender do colonialismo, que cada vez mais se faz sentir vindo do Terreiro do Paço”. Acrescenta ainda que “não se esqueçam que a história recordando os heróis, também recorda os traidores”. Sendo assim, não estará na hora de acertar contas?...
Posted on: Fri, 26 Jul 2013 11:43:43 +0000

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