As notícias de espionagem no Brasil são óbvias (é claro que o - TopicsExpress



          

As notícias de espionagem no Brasil são óbvias (é claro que o maior país da América do Sul não estaria de fora da listinha negra dos EUA), mas surpreendem pelo conteúdo. Os Estados Unidos não apenas monitoram os dados virtuais da rede brasileira por meio do já conhecido (obrigado, Snowden) programa de rastreamento chamado PRISM, como também instalou bases de monitoramento da Agência Nacional de Segurança e da CIA em território brasileiro! No infográfico de monitoramento do PRSIM, em que os países pintados de vermelho são os mais monitorados e os pintados em verde são os menos monitorados, o Brasil é: vermelhinho da Silva. Somos tão cobiçados pela 'inteligência' norte-americana quanto Cuba e Irã. O vice-presidente dos EUA recentemente esteve aqui no Brasil pra exaltar a nossa democracia e o nosso espírito de povo livre e feliz dias antes, ironicamente, das manifestações comprovarem que nossa democracia não é tão linda assim e da descoberta das espionagens demonstrarem que o discurso do Tio Sam é falso e sarcástico. Na lógica dos EUA, todos os países precisam ser democráticos e livres, desde que se submetam ao seu Big Stick. Quando os países europeus pediram esclarecimentos, a administração Obama estremeceu diante do medo de perder parceiros estratégicos num continente tão importante. Reuniões foram marcadas, discursos foram proferidos, e por mais que a resposta continuasse sendo um tácito 'não', conseguiram acalmar um pouco os nervos de França e Alemanha (que no infográfico aparecem em verde bem bonito). Com relação à América Latina, o trato foi muito diferente. Primeiro, um misterioso pedido de cancelamento de sobrevoo do presidente boliviano. Depois, a descoberta de que o maior e mais secreto serviço de inteligência do mundo está no nosso quintal. O governo brasileiro logo reagiu, acionou Polícia Federal, Anatel, ministros, entoaram um discurso uníssono de que isso é um absurdo. E realmente é. Já a diplomacia brasileira, que um dia pretendeu ser 'ativa e altiva' parece sucumbir, através de um fraquíssimo ministro, à dependência novamente. O governo americano não emitiu nenhuma resposta, o embaixador dos EUA no Brasil compareceu a uma reunião (o que não é muito mais do que a obrigação dele) e Antônio Patriota já é todo elogios à disposição dos EUA para o 'diálogo'. Parece brincadeira, mas não é.
Posted on: Mon, 08 Jul 2013 22:15:08 +0000

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