Azedumes Compreenderá o Daniel Oliveira que a sua opinião, do - TopicsExpress



          

Azedumes Compreenderá o Daniel Oliveira que a sua opinião, do púlpito emanada, se sujeite a escrutínio. Dito isto, passemos ao respectivo. DO, neste ajuste de contas - com o seu eu, creio -, arranca de uma forma paterno-chauvinista, se me perdoarem a criatividade linguística. Ao PCP faltarão intelectuais mas, coitadinhos, eles lá sabem. E, embora não pareça, é o primeiro parágrafo que define todo o texto e o enforma psicologicamente, como uma cofragem bem apertada, ou não fosse eu das obras. A partir dessa premissa, a da alegada falta de quadros intelectuais, talvez com a estaleca de DO, toda e qualquer análise feita pelo colectivo a que pertenceu Álvaro Cunhal carece de legitimidade académica, logo de objectividade. Pode DO estrebuchar muito com esses formalismos mas um colectivo não necessita da anuência de intelectuais para fazer aquilo que aos trabalhadores compete. Neste aspecto pouco, ou nada, o distingue de Pacheco Pereira e remeto-o para a terceira estrofe da Internacional, que em tempos cantou. Valem mais dois testemunhos de operários que com ele tenham trabalhado que duzentos pareceres psicanalíticos de coluna. Soa até a inveja, mas eu não devo ter densidade intelectual. Em seguida DO, porque está tão alto intelectualmente, afirma que estar correcto na análise política não chega. Neste ponto nem perco tempo, é só revanche. Mas não pára. Álvaro Cunhal não era o maior intelectual do movimento operário. Eu aqui perderia um pouco do meu tempo para lhe dizer isto: o movimento operário não tem rankings ou graus académicos, até nem é uniforme, como alguns doutos afirmam por ignorância. AC foi importante para haver um PCP forte e combativo, na forma que muitos intelectuais da época temiam por temor pessoal. Esse PCP moldou-se na luta concreta e não em tertúlias bem regadas. Inconvenientes de se lidar com trabalhadores e não com intelectuais paternalistas. Quanto à questão da deificação, DO confunde e baralha ou, fruto do seu pós-modernismo de pensamento diletante, esquece-se que o passado também nos dá exemplos de comportamento, de coerência, de coragem. O futuro também se faz de passado e DO sabe-o, bem demais.
Posted on: Tue, 29 Oct 2013 12:29:58 +0000

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