BOBAMA- ESCREVER DIREITO POR LINHAS TORTAS Hoje estou virado - TopicsExpress



          

BOBAMA- ESCREVER DIREITO POR LINHAS TORTAS Hoje estou virado para a política externa e para um dos meus sacos de pancada predilectos: Obama! Costuma-se dizer que Deus escreve direito por linhas tortas e parece que é isso que está a acontecer no Médio Oriente. Fruto da errática e amadora política externa obamista, uma improvável aliança de interesses está a ganhar forma na região, juntando Israel, Egipto e Arábia Saudita. Obviamente nem Israel se regozija publicamente, nem o Egipto e a Arábia Saudita irão apregoar a entente, do alto dos minaretes, mas esta troika está hasta los huevos com o modo como a administração Obama se entretém a namorar o absurdo, nas questões da Síria, do Irão e do Egipto, parecendo apoiar o piorio que germina naquele entulho. Nem Israel nem os sauditas alimentam quaisquer ilusões sobre a natureza da ameaça iraniana, na sua incessante procura do nuclear e na permanente manipulação e financiamento do radicalismo xiita e não só, na Síria, Gaza, Sudão, Iraque, Líbano, Bahrain e na própria Arábia Saudita. O Egipto, por seu lado, está fed up com o escandaloso romance da Administração Obama com a Irmandade Muçulmana. A questão síria, com Obama a engolir todos os sapos e linhas vermelhas, e a ser tocado à vara pelos titereiros xiitas e russos foi, para os sauditas, a cereja no topo do bolo, tanto que até acabam de recusar sentar-se no CS da ONU, num inédito acto de desprezo. É claro que os sauditas não são flor que se cheire, olha quem. É de lá que jorram muitos dos petrodólares que alimentam as versões mais radicais do sunismo e do terrorismo que o acompanha. Mas na sua milenar luta com os xiitas, e apesar de continuarem a usar a retórica anti-israelita que é um must para qualquer dirigente muçulmano, é muito provável que, por exemplo, concedam aos israelitas facilidades logísticas para um eventual (embora cada vez menos possível) ataque ao programa nuclear iraniano. Com o Egipto, Israel mantém uma estreita cooperação de interesses, centrada na questão de Gaza cujos líderes (Hamas), ligados à Irmandade Muçulmana e, apoiados pelo Qatar, apostaram no cavalo errado, sendo agora inimigos figadais do Cairo e de Jerusalém. A Arábia Saudita, por seu lado, apressou-se a cobrir financeiramente a hostilidade obamista contra o novo regime egípcio. Se esta pateta administração americana, a que nem a impressionante informação adquirida pela NSA (com os métodos que se sabe) parece fazer cair na real, continuar a divagar na estratosfera, namorando os inimigos e dando coices aos amigos, é provável que esta entente cordial se reforce nos próximos tempos, obrigando a uma outra leitura das dinâmicas da região.
Posted on: Mon, 28 Oct 2013 08:37:09 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015