BRASIL DE CIMA E BRASIL DE BAIXO (Patativa do Assaré) "... Da - TopicsExpress



          

BRASIL DE CIMA E BRASIL DE BAIXO (Patativa do Assaré) "... Da Amazônia até os pampas, dos sertões até o Pantanal, dos vilarejos até as metrópoles, ninguém se sinta excluído do afeto do Papa. Depois de amanhã, se Deus quiser, tenho em mente recordar-lhes todos a Nossa Senhora Aparecida, invocando sua proteção materna sobre seus lares e famílias. Desde já a todos abençoo. Obrigado pelo acolhimento!" Papa Francisco. " Meu compadre Zé Fulô, Meu amigo e companheiro, Faz quase um ano que eu tou Nesse Rio de Janeiro; Eu saí do Cariri Marginando que isso aqui Era uma terra de sorte, Mas fique sabendo tu Que a misera aqui no su É essa mesma do Norte. Tudo que procuro acho eu pude ver nesse crima, Que o Brasi de Baxo E tem o Brasi de Cima. Brasi de Baxo, coitado! É um pobe abandonado; O de Cima tem cartaz, Um do outro é bem diferente: Brasi de Cima é pra frente, Brasi de Baxo é pra trás. A qui no Brasi de Cima, Não há dotô nem indigença, Reina o mais suave crima De riqueza e de opulença, Só se fala de progresso, Riqueza e novo processo De grandeza e produção. Porém, no Brasi de Baxo Sofre a feme e sofre o macho A mais dura privação. Brasi de Cima festeja Com orquestra e com banquete, De uísque Dréa e cerveja Não tem quem conte os rodete. Brasi de Baxo, coitado! Vê das casa despejado Home, menino e muié Sem achar onde morá Proque não pode pgá O dinheiro do alugué. No Brasi de Cima anda As trombeta em arto som Ispaiando as propaganda De tudo aquilo que é bom. No Brasi de Baxo a fome Matrata, fere e consome Sem ninguém lhe defendê; O desgraçado operaro Ganha um pequeno salaro Que não dá pra vivê. Inquanto o Brasi de Cima Fala de transformação, Industra, matéra prima, Descobertas e invenção, No Brasi de Baxo isiste O drama penoso e triste da negra necissidade; É uma cousa sem jeito E o povo não tem dereito Nem de dizer a verdade. No Brasi de Baxo eu velo nas ponta das pobre rua O descontente cortejo De criança quage nua Vai um grupo de garoto Faminto, doente e roto Mode caçá o que comê Onde os carro põe o lixo, Como se eles fosse bicho Sem direito de vivê. Estas pequenas pessoa, estes fio do abandono, Que veve vagando à toa Como objeto sem dono, De maneira que horroriza, Deitado pela marquisa, Dromindo aqui e aculá No mais penoso relaxo, É desse Brasi de Baxo A crasse dos marginá. Meu Brasi de Baxo, amigo, Pra onde é que você vai? Nesta vida de mendigo Que não tem mãe nem tempai? Não se afrija, nem se afobe, O que com o tempo sobe, O tempo mesmo derruba; Tarvez ainda aconteça Que o Brasi de Cima desça E o Brasi de Baxo suba. Sofre o povo privação Mas não pode recramá, Ispondo suas razão nas coluna do jorná. Mas, tudo na vida passa, Antes que a grande desgraça Desse povo que padece Se istenda, cresça e redrobe, O Brasi de Baixo sobe E o Brasi de Cima desce. Brasi de Baxo subindo, Vai haver transformação Para os que veve sintindo Abandono e sujeição. Se acaba a dura sentença E a liberdade de imprensa Vai sê legá e comum, Em vez desse grande apuro, Todos vão tê no futuro Um Brasi de cada um. Brasi de paz e prazê, De riqueza todo cheio, Mas, que o dono do podê Respeito o dereito aleio. Um grande e rico país mundo ditoso e feliz, Um Brasi dos brasilêro, Um Brasi de cada quá, Um Brasi nacioná Sem monopolo instrangêro. (Grafia original do Poeta Patativa do Assaré) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Às 8h15, o papa Francisco deixa o Rio de helicóptero e vai até Aparecida, onde deve chegar às 9h30, para celebrar a missa e abençoar os fiéis. O papa será recebido pelo arcebispo de Aparecida, dom Raymundo Damasceno Assis e pelo reitor do Santuário, padre Domingos Sávio da Silva. youtu.be/KwkjS_OXbX8
Posted on: Tue, 23 Jul 2013 20:43:55 +0000

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