Capítulo II – O charlatanismo O - TopicsExpress



          

Capítulo II – O charlatanismo O Pai de Santo Incendiário “A superstição põe o mundo em chamas, a filosofia apaga-as” (Voltaire) E, se existem líderes sérios, óbvio que também existem os charlatães e esses são maioria. Se pudesse, incendiariam o mundo junto com os supersticiosos. E são deles que vou relatar alguns fatos reais. O primeiro, acontecido no inicio dos anos 80: “Gérson, um amigo que conheci no norte do país, quando soube da corrida do ouro em “Serra Pelada ”, acertou com a esposa que para lá iria tentar a sorte. Voltaria rico e daria o conforto material que os filhos ainda não tinham. Mas lá, tudo era caríssimo: água; transporte; alimentação; banho e remédios eram quase inacessíveis. Em uma de suas poucas visitas a esposa, esta lhe falou de um “Pai de Santo”, que uma amiga lhe recomendara. Ele resolveria a onda de azar do marido e do amigo que junto com ele viera. Tal “Pai de Santo” era mais eficiente que o Biotônico Fontoura em sua miraculosa bula. Resolvia tudo mesmo! De espinhela caída, furúnculos, unha encravada, dor de dente, sarna baiana e até susto em assombrações, demônios e capetas, de tão feio, mas competente que era o homem, ele executava, fazia ou resolvia. Era digno do “prêmio Nobel” ou de ser citado no Guines Book em várias correntes e entre elas o charlatanismo. Procuraram então o “Pai de Santo”. Já no pequeno cômodo, os três casais consulentes aguardavam a mandinga. Qual não foi a surpresa de Gérson, quando o “Pai de Santo” em transe exigiu que todos ficassem nus. Após negativas e algumas colocações, consentiram os casais ficar em trajes “menores”, o que foi feito. As mulheres de calcinhas e sutiãs e, os homens de meias e cuecas. Gérson foi deitado ao chão, tal qual um crucificado. O contorno do corpo foi feito com pólvora e, de um rastro pouco distante foi aceso o estopim. Instantaneamente as labaredas chamuscaram as pernas e braços do meu amigo, e algumas centelhas “pularam” na caixa de pólvora que estava nas mãos do macumbeiro, provocando uma explosão. Fumaça para todo lado e correria no pequeno lugar. Mulheres gritando, todos tossindo de tão sufocados. Em meio à confusão, arrebentaram a porta para fugirem daquele lugar. O “Pai de Santo” com a camisa em chamas pulou a janela, indo jogar-se em um córrego no fundo do vasto terreno e logo após pulou a cerca empreendendo fuga daquela local. Os casais apavorados saíram correndo pela rua, porém foram abordados por uma viatura da PM. Estavam em trajes “menores” e devido ao número de assustados, não cabiam no veículo policial. Após explicações, somente as mulheres - com seus penteados saindo fumaça - entraram na viatura. Os homens voltaram ao templo do “Pai de Santo”, para recolherem seus objetos e roupas, bolsas das mulheres e outros pertences largados na estrepitosa fuga. Foram escoltados pelos solícitos policiais, que gargalhavam ante o depoimento. Gérson, nunca mais ali voltaria e do “Pai de Santo” não se teve mais notícias. Deve estar correndo até hoje... O Cupim Bomba. “Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância” (Sócrates) Este fato ocorreu em 2005, na minha saudosa cidade natalícia; Uberlândia- MG, no triângulo mineiro. Foi-me narrado por meu irmão caçula, que era vizinho de um “templo” de macumba: “Certo consulente, no calor da própria ignorância, querendo trazer de volta a irredutível amada, foi consultar um “Pai de Santo”. Este lhe disse que procurasse no cerrado, um grande cupim, para fazer a macumba. Seria infalível e a amada do consulente, imediatamente voltaria para o desesperado homem. Necessário dizer o óbvio; tal trabalho, macumba ou mandinga, custaria algum dinheiro. Semana após, lá no “templo” chegou o homem, trazendo na carroceria de um pick-up o enorme cupim de mais de metro. Ajudado por amigos, levou-o para dentro e começou a ladainha. Invocações e danças em torno do cupim, centralizado no pequeno cômodo, ao som de um atabaque. Para surpresa de muitos, o “Pai de Santo” aconselhou o homem a encher de gasolina o cupim, que era para desmanchar a mandinga feita. Onde arrumar combustível àquela hora? Foram no pick-up e tiraram o suficiente para abastecer o cupim bomba. O cheiro era insuportável, alguns saíram da mandinga buscando ar puro no quintal. Foi a salvação para eles. Quando o “Pai de Santo” mandou que acendessem o rastro de pólvora a explosão do cupim aconteceu. E foi de tal intensidade, que até telhas do “templo” de macumba foram parar no telhado da casa vizinha, onde residia meu irmão. Este, saindo para a rua, devido ao susto, ainda pode ver gente gritando com as vestes em chamas. Minutos após, uma sirene soava. Eram os bravos homens; os bombeiros militares chegando. Outras viaturas vieram, para recolher os feridos e chamuscados. Houve vítimas com queimaduras até de terceiro grau. Mas algo em toda aquela bagunça funcionou bem. Dias após, a amada dormiria no hospital, zelando pelo desesperado marido e esquecendo a briga. E isto se deve certamente, a solidariedade, ao amor daquela mulher e ao perdão. Porém, creio eu, jamais a macumbas esquisitas de tal monta. Um chope em Palmas – To “Quando pratico o bem, sinto-me bem; quando pratico o mal, sinto-me mal. Eis a minha religião”. (Abraham Lincoln) Havia dois meses que me instalara em Palmas, capital do estado do Tocantins. Minha mulher fora visitar-me. Meu trabalho por lá, deveria se resumir a três meses, mas foi prolongado por dois anos. Em certa noite, estávamos saboreando uma pizza a dois, quando minha mulher recebeu uma ligação de uma das irmãs. Queria ela saber se Dailzi chegara bem, pois que viajara de ônibus quase 1000 km. Após breve comentário, Dailzi passou-me o telefone celular. Atendi solicitamente. Disse-me a irmã: -“Comentei com a Dailzi, sobre uma igreja evangélica que conheci, dizendo que você vai gostar e quem sabe depois de se converter para Jesus, vir a ser um grande pastor”. Não dei a atenção devida, pois ela sempre agiu pela emoção e nunca pela razão. Era impossível tal proposta. Deixei de fazer o bem para mim mesmo e me sentiria mal por tal atitude. Por essa desatenção, os problemas surgiriam em minha vida. Os fatos estranhos narrados anteriormente encontrariam guarida em minha mulher. Senão parecidos, patéticos e também trágicos, pois abalariam até a minha relação conjugal. E são deles que tratam os próximos capítulos, fielmente narrados. O calvário iniciaria. As sombras do fanatismo; do proselitismo; da perseguição; do ódio e do preconceito cobririam com seu negro manto profano, o meu relacionamento familiar. Meus filhos se voltariam contra o pai, minha mulher tornaria - se uma estranha. Passaram-se dois anos e eu voltara para Goiânia... A Rainha do Céu e o Faraó Akhenaton. “Quando alguém tem um delírio, chama-se insanidade. Quando muitos têm o mesmo delírio chama-se religião” (?) E lá estava eu, naquela igreja lotada, contrariado, mas acompanhando minha mulher. Centenas de loucos reunidos na palestra para ouvir uma louca em suas loucuras. Todos em um mesmo delírio. Uma mulher nissei, de baixa estatura, cabelos negros e curtos fora apresentada como antropóloga, missionária de Jesus e ungida pelo próprio Deus – como todos teomaníacos se intitulam - iniciou a sua ladainha. A eloqüência, o rebuscado discurso, era de tal monta que causaria inveja aos sofistas gregos questionando Sócrates e Platão. A platéia inebriada sorveria suas palavras em verdadeira catarse... A nissei, oriunda da doutrina de Sidarta Gautama , educada pelos pais no budismo, ali, faria o seu proselitismo. Havia ela se “entregado para o Senhor Jesus”, renegando a orientação budista dos pais. Vinha de São Paulo, especificamente para a palestra. Talvez mais de 500 ouvintes lá estivessem presentes. Fora buscada no luxuoso hotel em que se hospedara, por um solícito irmão de fé. Após a abertura, com todo aparato teatral que usaram os membros da assembléia, discorreu a palestrante sobre a sua fé em Jesus e o poder que Ele a ela dava até sobre insetos. “Narrou então, que em uma estadia em Belém - capital do estado do Pará - estava afônica e no quarto do hotel não quis usufruir do aparelho de ar condicionado. Abriu assim, as janelas e o ambiente fora invadido por uma nuvem de carapanãs, ou pernilongos, como conhecemos. E como estava afônica para a palestra na manhã seguinte, havia comprado um mel para suavizar as cordas vocais. Foi quando, as formigas surgiram para degustar o produto das abelhas, que estava sobre o criado mudo. Imediatamente ela ajoelhou-se e clamou ao Mestre Nazareno por socorro. Jesus ouvindo seu clamor desceu do céu e expulsou os pernilongos do quarto. As formigas em fila indiana voltaram para o pequeno buraco da parede de onde saíram, sem tocarem em seu mel. Foi uma gritaria ensurdecedora dos ouvintes com palmas ao Mestre Nazareno. Metamorfoseado em dedetizador, Ele atuou solicitamente. Imaginei-O com um grande tambor de repelente nas costas, uma mangueira na mão e uma grande máscara no rosto, como EPI (Equipamento de Proteção Individual). Na seqüência, defendeu a palestrante, que a bíblia é o livro mais vendido e lido do mundo. Não sabia ela da população da China e da Índia, países mais populosos do planeta? E que a religião cristã por lá é absoluta minoria? Assim, a bíblia não pode ser jamais, o livro mais vendido do mundo. Estatísticas não fazem parte do mundo dos fanáticos. O que interessa, é o poder de comunicação e de convencimento para angariar fundos, vendendo a palavra divina, como se fosse um produto vencido e em promoção nas gôndolas de supermercados. A palestra estava findando. Mas o ridículo estava ainda por vir. Narrando as peripécias do assassino Moisés, a palestrante que se apresentara como antropóloga, afirmou que o Faraó Akhenaton (Amenófis IV – 18ª dinastia - 1353/1335 a/c) era um servidor de Lúcifer, um filho das trevas! E que fora ele, o faraó Akhenaton, o rival de Moisés. Em que pese meu respeito aos antropólogos, certamente a antropologia da nissei maluca fora parar num vazo sanitário. Quis pedir a palavra, para corrigir o proposital engano, mas fui impedido por minha mulher que solícita me pedira calma. Narra a história, que Akhenaton, anterior a Moisés, foi condenado como herético por fazer do astro sol um deus. Sim, para a ignorância da época, fazer do sol (aton) um deus, era heresia perante a infinidade de deuses egípcios que o faraó derrubara. Akhenaton assim implantava o monoteísmo no alto e baixo Egito em seu reinado, reconhecendo no disco solar a representatividade maior do Soberano Criador. Por isso fora então condenado como herético, pelos fariseus de seu tempo, os sacerdotes religiosos! Akhenaton iniciou a fundação de uma cidade para mudar a capital do Egito, no local virgem que se chamava então Tell – El -Amarna. Ele ergueu templos em honra ao deus sol, ele fechou outros em que o culto era dedicado a outros “deuses” ou a Amom. Após sua queda como faraó, os templos inaugurados foram destruídos. A intenção era apagar para sempre da história, a memória do bondoso faraó. Não conseguiram! Das pedras esparramadas por vários lugares, vibraram a força do amor daquele grande homem, que implantou o monoteísmo em seu reino; o velho Egito dos Faraós. Seu nome entraria para a história, como sinônimo de grandeza espiritual. Quanto a Moisés, surgiria um século após, no curto reinado de seu co-irmão Merneptah (1224 - 1214 a/c). Ambos foram instruídos e iniciados nos mistérios de Isis e Osíris, pelos sacerdotes da casa ou templo de Set. Não conseguindo ser rei dos egípcios, foi Moisés aglutinar seu povo para deles se tornar um faraó (trocadilho proposital). Dele, o legislador hebreu cobiçou o cetro e a coroa. Ramsés II falecera (Ex 2; 23), passando à Merneptah seu 13º filho o reinado por herança, a revelia da mãe de Moisés, a princesa egípcia Thermútis, filha de Ramsés II e irmã de Merneptah. Porém, tais fatos são história, e os mestres da antropóloga não a fizeram estudar egiptologia ou ela não teve capacidade mental de assimilar no cérebro doente, fazendo ainda doentes e alienados os seus ouvintes. Ou talvez, sabendo dos fatos históricos, renunciou a verdade, pregando mentiras, para continuar sobrevivendo da ignorância de seus seguidores que tudo aceitam sem questionamentos. E é como disse Sócrates; “aquele que bem conhece a verdade, é mais capaz de mentir”. E se algo move o mundo, são questionamentos, são perguntas, cuja busca pelas respostas nos leva ao progresso. Estão parados no tempo... Mas dos ataques a história, passou a antropóloga com sua língua ferina, a agredir Maria, a mãe de Jesus. Apesar de todo o mito em torno de Maria, o mínimo que se espera é um pouco de respeito para com tão grande mulher. -“Renunciem agora a rainha do Céu”– gritava tresloucadamente a palestrante. –“Somente Jesus é rei, não existe rainha nenhuma” -. Sem dúvida alguma, um ataque a concepção católica sobre Maria. A catarse era explícita, e eu atônito presenciava a cena triste e ridícula. Algumas pessoas rolavam no piso como animais. Outras falavam frases desconexas, e outras choravam. Gritos de “aleluia aleluia”, e “glória Jesus”, não chegaram ao céu. A paciência do Mestre Nazareno foi sem dúvida maior que a ofensa à Sua mãe, pela louca palestrante em seu desvario profano, senão um raio cairia na cabeça doente, daquela desrespeitosa mulher. Naquele circo de horror, ninguém ousou questionar uma mulher falando ou ensinando em igreja, como está nas epístolas de Paulo (I Tim 2; 12). Esta passagem não interessa... Mas é fundamental, crer na concepção miraculosa de um ser humano ser fecundado por um espírito não crendo em espíritos. O importante é andar com uma bíblia debaixo do braço como um rótulo e não conhecer a história, a mitologia, outros credos ou cultos inerentes aos povos. O importante é gritar “glória Jesus”, “aleluia senhor” e ignorar Sua mãe. E, sobretudo, mais importante ainda, é se “entregar para Jesus” e não conhecer, ou praticar as Suas sublimes máximas. Inclusive respeitar outras denominações religiosas, cristãs ou não, e também a própria Maria de Nazaré. Qual mulher no mundo cristão, apesar de todo sofrimento vivido no gólgota, não se sentiria extremamente privilegiada e abençoada, por dar à luz, trazendo ao mundo o maior dos enviados do Altíssimo em todos os tempos? Certamente ela não leu em sua bíblia; “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do seu ventre” (Luc 1, 42). Porém, o patético mesmo foi reservado para o final. Chegada era a hora das ofertas, ou do saque em nome de Jesus. Do púlpito, ao microfone falava a enviada das sombras aos seus anestesiados e hipnotizados ouvintes; - “Façam ofertas, para que possa eu continuar a minha missão apostolar. Tenho que salvar almas para Jesus. Não me tragam celulares, relógios e alianças. Se quiserem, façam cheques pré – datados que respeitarei a data para depositar”. Uma fila se formou. Gritos de “aleluia Jesus” se ouviam em quase todas as bocas. A hipnose, a catarse e a loucura religiosa campeavam soberanamente na sórdida assembléia. Eu não entendia a razão das ofertas, pois, os ingressos para a palestra foram vendidos antecipadamente por um preço exorbitante. Já não bastaria? Não comprei e nem compraria. “As entradas me foram ofertadas, fazendo parte do esforço para a minha conversão, pelos prosélitos que lançariam sobre mim suas maldições evangélicas, por minha resistência a tanta deslavada heresia e profanação com o que se diz sagrado”. E isto se tornou rotina impunemente, num país em que religiosos precisam de uma bengala para apoiar seus gritos ao céu. São presas dóceis nas garras de águias vorazes e cambistas religiosos , como no tempo de Jesus. O Todo Poderoso Pastor Já. O problema não é um Deus que não existe, mas a religião que O proclama! (José Saramago) Em um dos cultos, em que acompanhava minha mulher, assisti a manifestação de um “espírito”, ou na linguagem dos fanáticos, de um “inimigo” em uma senhora. Imediatamente, formou-se um círculo em torno da mesma e quatro pastores, com alguns asseclas ergueram as mãos e gritavam em uníssono: “Queima ele Jesus. Queima ele”! Imaginei naquele momento, como se pode molhar a água ou queimar o próprio fogo, se na mente de loucos religiosos, o capeta vive entre as labaredas do inferno. Melhor então seria gritarem: “Molha ele Jesus, molha ele”! Mas a cena era também uma farsa. Tal senhora recebia valores para a encenação impressionante e patética, pois, em outra “igreja” meu genro a viu com o mesmo modo operante. Fazia daquilo, uma forma de sobrevivência. Mas ainda assim, se fosse verdade, gostaria de saber qual a razão do “inimigo” possuir suas vítimas somente em cultos evangélicos e não nas missas católicas. Gostam mais dos pastores do que dos padres? Uma lástima... Ainda no culto, minha mulher, fatigada pelos sintomas da dengue, ausentou-se por um instante daquela pocilga, recolhendo-se no banco traseiro do carro. Lá eu fiquei, pois, fazia companhia para a mãe dela. Naqueles dias, havia em Goiânia uma abafada epidemia de dengue. Chegado era o momento das exaltações e testemunhos miraculosos. Um depoente indo ao púlpito, de microfone na mão, contou a benção recebida do Senhor Jesus. Ele precisava renovar a sua habilitação e fora ao DETRAN para o teste de pista. Havia conseguido um emprego de motorista entregador numa grande empresa, e sem a habilitação, perderia a vaga. Já ao volante do caminhão, junto com um fiscal para as anotações de praxe, implorou ao Mestre Nazareno que o ajudasse, e imediatamente, Jesus operou um milagre. Quando o candidato arrancou com o caminhão para o teste de pista, não percebera que a alavanca de freio estava acionada. Mas por intervenção divina do Senhor Jesus, o caminhão deslocou-se suavemente, embora com as rodas travadas e tal fato não fora percebido pelo fiscal, que o acompanhava e aprovou o teste. Ele foi aprovado... Gritaria e mais gritaria no pequeno ambiente; - Glória Jesus, exclamou gritando e desceu do púlpito. Imaginei Jesus carregando aquele caminhão nas costas, tal qual Atlas, o gigante mitológico, carrega em seus ombros o planeta terra. Uma senhora foi dar o seu testemunho. E que testemunho maravilhoso! Eufórica, lá do púlpito disse que Jesus havia operado um milagre em sua vida também. Havia anos que sofria dores na região anal quando defecava. Mas após a sua recente conversão, o Mestre Nazareno operou o milagre, e livre de dores podia então fazer suas necessidades físicas tranquilamente. Foi curada da próstata! Isso mesmo, uma mulher com dores na próstata. Indagada se não seriam hemorróidas, afirmou que não. Era da próstata mesmo! Pensei em ir também dar o meu testemunho. Mas me contive ante tanta palhaçada. Senão, diria que Jesus havia me curado de um câncer uterino. Já que a mulher tinha próstata - no mundo da loucura religiosa - eu então como homem teria útero e ovários. Afinal, para o deus da religião, tudo é possível e até em linhas tortas, o Todo Poderoso escreve certo. Outros testemunhos vieram. E cada qual mais estranho que o anterior. Até mesmo, a intimidade de casais fora apresentada como testemunho de fé. Tais revelações esdrúxulas eram no mínimo, uma afronta a própria dignidade conjugal e pessoal. Mas é tudo da lei... Faça o que quiseres, conforme sentenciou Aleister Crowley . Notas: Região ao norte do país onde se encontrou grande reserva de ouro. Para lá se dirigiam aventureiros e garimpeiros, em busca do cobiçado metal. Filósofo grego (470 – 399 a. c.) Considerado o pai da tradição filosófica ocidental. Como Jesus e muitos outros, Sócrates nada escreveu. Se as suas idéias sobreviveram foi graças a Platão, o melhor entre os seus discípulos. Sócrates acreditava na imortalidade da alma, no monoteísmo e na recompensa das boas ações após a morte. Foi acusado de corromper a juventude e desprezar os deuses estabelecidos, sendo com isto condenado à morte pela cicuta. (Nota do autor) Buda o iluminado. Nasceu provavelmente em 536 a/c em Capilavastu na Índia e faleceu em 483 a/c. Para a história foi o fundador do Budismo. Mas na realidade, os homens sim, fundaram as religiões, espelhando-se em grandes enviados e suas mensagens. Alguns dos feitos de Buda constam no NT como obras de Jesus, num atentado de plágio explícito. (Nota do autor). Akhenaton tornou-se herdeiro após a morte de um príncipe chamado Tutmósis. Talvez no 5º ano de seu reinado, mudou o seu nome para Akhenaton que se traduz benéfico para o disco. (Nota do autor). “Akhenaton procurou, muito sabiamente, estabelecer o monoteísmo sob a aparência do deus-sol. Essa decisão de colocar a adoração do Pai Universal abrangendo todos os deuses na adoração do Sol deveu-se ao conselho de um médico salemita. Akhenaton pegou as doutrinas generalizadas da crença então existente em Aton, a respeito da paternidade e da maternidade da Deidade, e criou uma religião que reconhecia uma relação íntima de adoração entre o homem e Deus. Akhenaton era sábio o suficiente para manter a adoração exterior de Aton, o deus-sol, enquanto conduzia os súditos à adoração disfarçada do Único Deus, criador de Aton e Pai supremo de todos. Esse jovem instrutor-rei foi um escritor prolífico, sendo o autor da exposição intitulada “O Único Deus”, um livro de trinta e um capítulos, que os sacerdotes, quando voltaram ao poder, destruíram totalmente. Akhenaton também escreveu cento e trinta e sete hinos, doze dos quais estão agora preservados no Livro dos Salmos do Antigo Testamento, de autoria creditada aos hebreus”. (Livro de Urantia. p. 1048). Merneptah (1224 – 1214) foi faraó na 18ª dinastia, 13º filho de Ramsés II. Ramsés II (1290 – 1224). No início do reinado de Merneptha, filho de Ramsés, houve um confronto devido a uma agressão líbia, a que tinha feito face Seti I e que levara Ramsés II a construir fortalezas a ocidente, ao longo da costa mediterrânea. Na região ocidental do delta travou-se uma batalha contra os invasores líbios e contra os “povos do mar” – grupo de tribos com nomes que sugerem uma origem mediterrânica. Os invasores tencionavam fixar-se e tinham trazido mulheres e filhos. A batalha foi-lhes, no entanto, desfavorável, tendo alguns deles fugido, enquanto outros permaneceram à força, como prisioneiros de guerra. Tais fatos históricos encontram-se abundantes na história do Egito. Portanto, a narrativa bíblica é tendenciosa, senão uma mentira escabrosa. A justificativa de libertação dos escravos no Egito foi sim uma desastrada operação de guerra para domínio daquele povo, que nada mais fez do que se defender das tentativas de invasão e domínio por parte dos judeus e outros povos, principalmente os judeus que por onde passavam a tudo destruíam como narrado no livro Números. Vale ressaltar que em nota de roda pé de uma edição bíblica recente, foi encontrada por paleontólogos uma estela de Merneptha onde se lê: “Hoje vencemos os israelitas”. Tal passagem bíblica inspirou a criação da oração à Virgem Maria, mãe de Jesus. Porém, a tradição dogmática da imaculada concepção, não encontra respaldo nas epístolas de Paulo aos Gálatas cap. IV verso IV; “Mas quando veio o cumprimento do tempo, enviou Deus o seu filho, nascido de mulher, nascido sujeito a lei”. Tal afirmativa desmente o dogma de concepção e nascimento miraculoso. Contudo, a cupidez e a ignorância religiosa, não justificam uma agressão a tão valorosa mulher (Nota do autor). O tráfico de animais e de outras mercadorias para o sacrifício, não era o único modo pelo qual se profanavam as praças do templo. Nessa época havia se fomentado um sistema extenso de intercâmbio bancário e comercial, que foi levado até para dentro dos recintos do templo. E tudo isso acontecia do seguinte modo: durante a dinastia dos asmoneanos os judeus cunhavam as suas próprias moedas de prata, e havia se estabelecido a prática de exigir-se que os tributos no valor de meio siclo, ao templo, e todas as outras taxas do templo fossem pagas nessa moeda judaica. Essa regulamentação fazia necessário que se licenciassem cambistas para converter as muitas moedas em circulação na Palestina e em outras províncias do império romano por esse siclo ortodoxo de cunhagem judaica. A taxa do templo, por pessoa, pagável por todos, exceto pelas mulheres, escravos e menores, era de meio siclo, uma moeda de aproximadamente um centímetro de diâmetro e larga espessura. Na época de Jesus os sacerdotes estavam isentos também do pagamento das taxas do templo. E desse modo, entre os dias 15 e 25 do mês anterior à Páscoa, os cambistas autorizados instalavam os seus postos nas principais cidades da Palestina, com o propósito de fornecer ao povo judeu a moeda adequada para pagar as taxas do templo, quando chegasse a Jerusalém. Depois desse período de dez dias, os cambistas iam para Jerusalém e continuavam com as suas mesas de câmbio nas praças do templo. Era-lhes permitido cobrar uma comissão equivalente a três ou quatro cêntimos pela troca de uma moeda cujo valor era de cerca de dez cêntimos, e caso uma moeda de maior valor fosse oferecida para a troca, era-lhes permitido cobrar em dobro. Do mesmo modo esses banqueiros do templo tinham lucros com a troca de qualquer dinheiro destinado à compra de animais para sacrifício, ou destinado ao pagamento de votos e oferendas. (O Livro de Urantia. p. 1889- 2003 Urantia Foundation.) Ocultista britânico (12/10/1875 — 1/12/1947) - Mais conhecido hoje em dia especialmente como autor do; “Livro da Lei”. Em suas façanhas ele "iria contra os valores morais e religiosos do seu tempo", defendendo o libertarianismo baseado em sua regra de; "Faz o que tu queres". Por causa disso, ele ganhou larga notoriedade em sua vida, e foi declarado pela imprensa do tempo como "O homem mais perverso do mundo”. Em 2002, uma enquete da BBC descrevia Crowley como sendo o septuagésimo terceiro maior britânico de todos os tempos, por influenciar e ser referenciado por numerosos escritores, músicos e cineastas, incluindo Jimmy Page, Alan Moore, Bruce Dickinson, Ozzy Osbourne, Raul Seixas, Paulo Coelho, Marilyn Manson e Kenneth Anger. (Wikipédia)
Posted on: Thu, 29 Aug 2013 02:37:55 +0000

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