Carandiru, uma ferida aberta no peito da nação brasileira que nunca será fechada... O julgamento dos terroristas de estado que cometeram atentados contra os Direitos Humanos no Brasil, durante o vergonhoso e covarde massacre (execução sumária) ocorrido em 1992 dentro do presídio do Carandiru, perpetrado pela via de expressa das ordens emanada de autoridades brasileiras, será sempre uma chaga aberta em nossa história pública e judiciária. O caso, como já era de se esperar e ao que tudo aponta, ficará sem solução judicial efetiva. Em um estado brasileiro que é o recordista mundial em aplicação da "pena de morte informal", a pena capital soturna, que aqui é chamada cinicamente de "auto de resistência", que são recorrente e diuturnamente forjados pelas ruas desse país afora, ante aos olhos curiosos de toda a população que é fervorosamente instigada pela mídia sensacionalista, que clama por execuções sumárias na busca por mais pontos na audiência; e assim, na "arena romana" midiática nacional, os polegares sempre apontam pra baixo. Em um país onde a máxima popular imperante, quando se fala em aplicação da justiça, é "direitos humanos para humanos direitos", o que se poderia esperar de um estado que reitera, acoberta e justifica a aplicação dessa máxima no seu dia a dia, senão a conivência e o silêncio. No Brasil "matar" ou ser conivente com quem mata, de qualquer maneira, dá votos... O coronel Ubiratan, conhecido como o "coronel do Carandiru" por ter liderado o massacre ocorrido no presídio do mesmo nome, costumava usar em suas campanhas político eleitorais ,o número 111; número exato do total de mortos do massacre do Carandiru ocorrido em 1992. Para se eleger pelo PPB em 2002, adotou o número 11190, e na sua reeleição pelo PTB usou o número 14111. Se faz necessário dizer mais alguma coisa?
Posted on: Wed, 31 Jul 2013 17:22:45 +0000
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