Caros amigos: os estudiosos na área de políticas públicas fazem atualmente uma distinção entre políticas de segurança pública e de Segurança Social. Explico: Segurança pública é ação de estado, as vezes técnica e com tecnologias de inteligência, outras vezes usando a força (da "violência legítima", conceito weberiano da ação violenta de estado) ou desmedida para combater todas as formas de criminalidade: crimes passionais, assaltos, furtos, sequestros, e outros. Nesse caso, o foco está nos efeitos, no combate aos efeitos da criminalidade. É uma área importantíssima, necessária da ação de estado. Porém, sem eficácia e eficiência efetivas, perdoem-me a redundância. Há uma historinha que ilustra que forma simples o que quero dizer: imagine dois indivíduos viajando de automóvel em região montanhosa, de serras e penhasco. De repente um deles vê pela janela uma criança caindo lá de cima em um riacho, solidários, param o veículo e descem para prestar socorro à criança, tiram-na do riacho, fazem reanimação respiratória, salvam a criança. Quando estão subindo a montanha com a criança verificam que outra cai das alturas no riacho, um deles tem o impulso natural de descer para socorrê-la e chama o outro, ele diz você desce para socorrer a criança e eu vou ver quem está jogando as crianças lá de cima. Descer para salvar é segurança pública, em termos ideais, subir para suprimir as causas das crianças caindo é: SEGURANÇA SOCIAL. Vamos ao conceito: Segurança Social é segurança alimentar, educacional, empregatícia, cultural (cultura de paz), lazer, protagonismo comunitário. Um governo sério, competente e decente trabalha com Segurança Social, primordialmente. Vejamos como funciona: por exemplo, você escolhe uma cidade satélite, com níveis alarmantes de violência (Planaltina, Ceilândia, etc.), um perímetro urbano. Você entra, enquanto governo, com todos os braços de estado para construir um TERRITÓRIO DA PAZ: com o espírito da paz, dialogando com a comunidade e criando um conselho regional (comunitário) da paz. Restaurante comunitário, Escola de Tempo Integral com um Currículo Integral (Cultura de paz, Inteligência Emocional, Ética e Cidadania, Educação Ambiental, Educação Profissional, etc.), Agência do Trabalhador, Fomento à vinda de empresas para o local, Hospital novinho em folha (o DF tem recursos para isso), Diálogo Interreligioso, Delegacia integrada à comunidade, Polícia Comunitária, na escola de tempo integral, finais de semana com filmes culturais autorizados para a comunidade, quadras poliesportivas e piscinas térmicas na escola de tempo integral, enfim um estado parceiro da comunidade e com ações integrais, e não apenas contra os "marginais". O DF conta desde agosto com uma estatística bárbara e alarmante: 468 homicídios. Var dar mais de DOIS POR ANO. Vou sugerir ao futuro governador do DF: José Antônio Reguffe, a POLÍTICA DE SEGURANÇA SOCIAL, INTEGRAL E SISTÊMICA. Para que possamos viver em paz em nossa cidade, visitar um parente, sairmos para o trabalho, irmos à igreja, no meu caso ao Centro Espírita, levar um filho a noite para uma festa, e não sermos ameaçados pela Violência urbana. Por uma cidade plena de Cultura de Paz e Segurança Social: Reguffe Neles!
Posted on: Sun, 29 Sep 2013 16:36:24 +0000
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