Considerações sobre a matéria da TV UOL com a Ana Paula - TopicsExpress



          

Considerações sobre a matéria da TV UOL com a Ana Paula Valadão e outros do Diante do Trono - Por José Ruy Castro LEIA ANTES A REPORTAGEM EM: noticias.gospelmais.br/ana-paula-valadao-diante-trono-enfrenta-preconceito-evangelicos-61780.html Meus comentários são especialmente sobre a quebra de paradigmas citada por Ana Paula Valadão e André Valadão. TRECHO DA REPORTAGEM 1: O fato de o DT aceitar os convites da mídia secular para se apresentar em programas de TV, por exemplo, tem sido um imã de críticas dos próprios irmãos na fé para o grupo, de acordo com Ana Paula: “Hoje a gente enfrenta o preconceito do lado de cá, dos próprios evangélicos, que muitas vezes não entendem essa abertura da mídia, essa conquista que o meio evangélico está tendo junto aos meios de comunicação”, diz, antes de ironizar: “Uma vez eu vi uma pessoa dizendo que você sempre vê cachorros latindo pra lua, mas você nunca vê a lua respondendo (risos)”. COMENTÁRIO 1: Prezada Ana Paula Valadão. Não entendi. Primeiro você chama as pessoas da mesma fé que criticam a aproximação da mídia secular de irmãos, nivelando-se a eles, e depois se difere deles chamando-os de cachorros e a si própria de lua? Que frase, no mínimo, de extremo descuido! Seus irmãos seriam os cachorros, gente comum, comedores de feijão, que latem expressando opinião contra os que acham que estão no firmamento e podem fazer o que bem entenderem (diferentemente dos que, passivamente, aceitam tudo nos bancos das igrejas sem qualquer criticidade)... ou seus irmãos seriam os astros e estrelas no céu, buscando um lugar de destaque acima das nossas cabeças, alheios às vozes que vem alertar sobre os mais variados perigos? OBS.: Lembrei da mulher a quem Jesus comparou a um cão. Não teria Jesus, que poderia considerar-se uma lua, ouvido finalmente sua voz? TRECHO DA REPORTAGEM 2: Para André Valadão, as opiniões contrárias vem de quem não entende o momento da música cristã no Brasil: A crítica a esse transbordar da música dentro da igreja existiu no começo. Hoje ela já mudou. E é literalmente um transbordar, como se não coubesse só dentro do copo, vai pra fora. COMENTÁRIO 2: Caro André Valadão, acho que a falta de entendimento do momento da música cristã (perdoe a franqueza) é sua. A música da igreja não transbordou do copo. Para transbordar, é necessário que haja água dentro dele. Prosseguindo a analogia (muito mais inteligente que a da Ana Paula Valadão, por sinal), não existe mais água dentro do copo. A água está toda FORA dele. Esse é o grande perigo da sedução do mercado. Houve uma adaptação total e completa a ele. O copo está VAZIO. Não há mais músicas para cantarmos coletivamente. O que cantamos hoje nas igrejas está longe de ser um cântico congregacional, voltado para o crescimento e amadurecimento do Corpo de Cristo, para a comunhão dos santos ou para que as pessoas aprendam sobre Deus conforme a função didática que as canções congregacionais sempre tiveram ao longo da história. Essa adaptação, entretanto, não começou com a Som Livre. Não ocorreu na mudança do Diante do Trono para uma gravadora secular. Isso veio de antes. Começou quando tentamos tirar a música congregacional do contexto da igreja local. Começou quando deixamos o caráter congregacional do primeiro e segundo CDs do Diante do Trono (só cito para ser mais didático) e passamos a engrenar nos projetos as ideias para alcançar a todos de forma errada, desfragmentando a doutrina na superficialidade e na falta de conteúdo para que todos possam entender a mensagem. Aliás, sobre isso é o próximo comentário. TRECHO DA REPORTAGEM 3: A líder do DT afirma crer que a abertura da mídia não pode ser vista apenas como uma forma dos veículos de comunicação conseguirem audiência, mas também como uma oportunidade: Do lado do computador, da televisão, do rádio, tem alguém que nunca entraria numa igreja evangélica e que está ouvindo nossa mensagem. COMENTÁRIO 3: Ana Paula Valadão, creio que a mensagem que você menciona não seja somente do DT, mas dos evangélicos como um todo conforme pode ser entendido na sua fala. Essa mensagem, hoje, é aquela mensagem adaptada e superficial que citei. Não há mensagem de impacto que cause conversão nesse país (talvez haja na boca dos cachorros que militam contra a deturpação do evangelho), o que há é mensagem que ganha adeptos. É uma música que não confronta ninguém com quem Cristo é, fazendo-o desejar ser como Ele. Na verdade, muito pouco se fala de como Cristo é. Fala-se de coisas que se espera de toda deidade bondosa. Muitas músicas que cantamos poderiam ser usadas para qualquer outro deus e muitos nem saberiam que seria uma música evangélica. COMENTÁRIOS FINAIS: Quero deixar claro, Ana Paula e André Valadão, que não sou contra o DT, nem possuo preconceitos contra o DT. Na verdade, acredito que o DT já abençoou muito a igreja brasileira. O que acho é que o DT deveria tornar a fazer música congregacional visando a igreja local para que, dali, ela transborde para outras instâncias. Uma música que olhe para as necessidades de sua própria congregação e tente supri-las. Tenho certeza de que o foco na exaltação exclusiva dos atributos de Deus como finalidade, na função pedagógica (quem Deus é, o que a Bíblia ensina, etc.) e na função congregacional (um Corpo unido, cantando em comunhão) daria ao DT, diante da estrutura já montada, da capacidade de criação, composição e confecção de arranjos muito bons, uma nova perspectiva que, em vez de acumular críticos como nos últimos anos, iria acumular muito mais admiradores. Com isso, não seria nem necessário separar cachorros das luas; estaríamos muito mais próximos de sermos irmãos, que é o que a música congregacional desenvolve melhor: o sentimento de unidade e de irmandade. Comemorando 15 anos de Diante do Trono, Ana Paula Valadão diz que hoje o grupo “enfrenta... noticias.gospelmais.br No ano em que comemora 15 anos de estrada, o ministério de louvor da Igreja Batista da Lagoinha (IBL), Diante do Trono, tem se tornado alvo do preconceito dos próprios evangélicos, segundo sua líder, Ana Paula Valadão. PS. Sobre o autor da resenha: Zé Ruy é um cantor que leva suas mensagens através de músicas de roupagem Pop Punk. O cerne de seu trabalho são três premissas: 1) cantar o que gosta; 2) cantar o que evangeliza e 3) cantar o que reforma. Em seu primeiro trabalho, em tecnologia SMD, o artista mostra uma sonoridade totalmente condizente com a proposta de adaptação de uma idéia estrangeira a sua localidade, tratando excessos dessa idéia com realismo, ou seja, trazendo aquilo que é longínquo-abstrato para algo próximo-concreto. O artista também é escritor e atende por seu nome, a saber, José Ruy Pimentel de Castro. Parte do trabalho do artista pode ser encontrado em myspace/zeruy. Acesse e confira!
Posted on: Mon, 28 Oct 2013 18:13:34 +0000

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