"Construímos nossas crenças por várias e diferentes razões - TopicsExpress



          

"Construímos nossas crenças por várias e diferentes razões subjetivas, pessoais, emocionais e psicológicas, em contextos criados pela família, por amigos, por colegas, pela cultura e pela sociedade. Uma vez consolidadas essas crenças, nós as defendemos e as justificamos com uma profusão de razões intelectuais, argumentos convincentes e explicações racionais. Primeiro surgem as crenças, depois as explicações. O cérebro é uma máquina de crenças. A partir dos dados que fluem por meio dos sentidos, o cérebro naturalmente começa a procurar e encontra padrões, aos quais então infunde significado. O primeiro processo é chamado de padronicidade: a tendência de encontrar padrões significativos em dados que podem ou não ser significativos. O segundo processo é chamado de acionalização: a tendência de dar aos padrões significado, intenção e ação. Não podemos evitar isso. Nosso cérebro evoluiu para conectar os pontos de nosso mundo em padrões significativos, capazes de explicar por que as coisas acontecem. Esses padrões significativos se tornam crenças. Uma vez formadas as crenças, o cérebro começa a procurar evidências que as confirmem e, ao serem encontradas, tais evidências aumentam a confiança emocional e aceleram o processo de reforço dessas crenças. Uma mudança de opinião é muito rara na religião e na política, a ponto de provocar manchetes quando ocorre com alguém que desfrute de uma posição proeminente, como um clérigo que mude de religião ou renuncie à sua fé, ou um político que mude de partido ou se torne independente. Acontece, mas é tão rara quanto um cisne negro." Michael Shermer. Cérebro e crença. São Paulo: JSN Editora, 2012, p. 21-2 (com adaptações).
Posted on: Thu, 08 Aug 2013 17:31:50 +0000

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