DEPOIS DA FÚRIA Eram mulheres, eram crianças, eram homens O calor humano explode, ante o silêncio, ante o desespero. Era o campo, eram as flores, era o sonho Tudo limpo, tudo consumado. Era o espírito, era concreto, era a vida A se unir no apodrecimento das coisas. Era a carcaça, era a penumbra, era o fim Dos homens sem dor e da solidão dos sonhos. Quando a terra virou carvão, Quando o ar ficou cinza, Quando o coração da ambição Transformou-se em lama, Quiseram plantar a paz, Quiseram florir o passado, Quiseram pintar os sonhos. E a tristeza, e Yoko, Yamashi, Komano, Júlia, Vítor e Jéssica onde estariam hoje, tantos anos após tinham cinco, oito, doze Algumas mocinhas, tantas crianças Tanta inocência, tantos sonhos agarrados aos plásticos De suas íntimas bonecas, de seus fiéis brinquedos. Guerras, revoltas, homens zumbís... futuro. E finalmente nasceram flores, Sobre o sangue de tantas vidas plantadas.
Posted on: Mon, 29 Jul 2013 03:52:30 +0000
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