DIA-A-DIA DE UMA ADVOGATA: SHOW DAS PODEROSAS Toda advogata traz - TopicsExpress



          

DIA-A-DIA DE UMA ADVOGATA: SHOW DAS PODEROSAS Toda advogata traz em si uma heroína. Tem que ser heroína para concentrar horas de estudos, passar na OAB, investir maciçamente em si (trabalhamos com nossa imagem) abrindo mão de uma infinidade de coisas em nome da profissão escolhida, o que muitas não precisam fazer se não escolhem trilhar os caminhos do Direito. Não sou diferente, me sinto poderosa (pre-pa-ra!) quando tenho êxito nas labutas diárias (até quando não tenho, se dou o meu melhor). Ver um cliente satisfeito não tem preço. Vale qualquer sacrifício feito, por mais simples que seja a ação. Quem busca o Judiciário sofre, é bom ser alíviado. De manhã cedo já estar pintada (mas não para namorar, como cantava Gonzaga), encarar trânsito, esperar em fóruns, peticionar, recorrer, protocolar. Advogata não tem vida, tem prazo. O melhor disso (na minha opinião) é – após cumprir a missão do dia – chegar em casa, desmontar a personagem e ser uma mulher comum. Não entendo como as pessoas esperam que eu esteja “na beca” o tempo todo. Já me deparei com olhares surpresos porque na fila do pão estou de short, camiseta e chinelo. Eu me permito. E não cobro que uma médica esteja por aí de jaleco, jaleco não é modinha (mais higiene, por favor). Quanto estou “operando” o Direito, sou pulso firme: Tenho que convencer, estudei para isso. Concilio se for possível, mas não sendo, defendo meus argumentos com unhas e dentes (doutrinas, jurisprudências…), advogata com garras de fora. Já em casa sou emotiva, até os filmes da Barbie são capazes de me dobrar (sobrinhas, amo vocês). Ué, cadê o equilíbrio? Quando sou apenas “Patrícia”, sem títulos, eu me embaralho toda. Quantas vezes confundi sentimentos, agi mal com algumas pessoas e deixei que agissem mal comigo? Toda heroína tem seu ponto fraco e como saída de um quadrinho, o meu só é perceptível quando não estou “em ação”. Já atendi mulheres que ao invés de narrar os fatos, desabafavam que suas vidas não eram fáceis. Reivindicavam alimentos porque amor é faculdade. Eu murmurava que sabia o que estavam passando, e admiradas, me olhavam fraternamente. Usar terninho e me equilibrar o dia inteiro em cima do salto não me deixam imune às dores do mundo. Um dia, conversando com um amigo estudante de Psicologia, escutei que sou uma mulher frágil envolta de força. Concordei. Quando (por questões pessoais) me encontrei no fundo de um poço, foi no Vade Mecum que peguei impulso para subir. Se eu não acreditava em mim, os outros sim. Confiavam na minha capacidade para resolverem suas vidas. Sempre que eu colocar meus problemas (quaisquer que sejam) no bolso e seguir em frente, vou me ver heroína. São tantos pedidos a serem feitos, tantas causas a ganhar! Como diz o velho ditado: O Direito não assiste a quem dorme. E o mundo não pára pra eu chorar. Pra você também não. Sorria e vamos à luta! “A vida me emociona o tempo todo mas se eu ficasse chorando, quem vai pagar minhas contas e me querer cheia de olheiras? Então eu corro”. Tati Bernardi.
Posted on: Fri, 30 Aug 2013 23:04:56 +0000

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