Da beleza e do belo - Voltaire "Tentem perguntar a um sapo o que é a beleza, o belo admirável, o tò kalón. Certamente, se pudesse falar, o sapo vos responderia que a beleza é a fêmea dele, com aqueles dois grandes olhos redondos, salientes, como que espetados na minúscula cabeça, aquele focinho amplo, achatado, barriga amarelada, dorso cor acastanhada." Assim, demonstra a representação do belo, e da beleza, sendo coisas distintas , porém com subsídios uma na outra, todavia, bem mais que isso, Voltaire em tempos de intolerância, alto e corrompido poder clerical e absolutismo monárquico, mesmo tendo ido para bastilha, fugir diversas vezes da França, defendia a pluralidade de pensamentos, que ficou concretizado com a emblemática frase: Posso não concordar com nenhuma palavra que dizeis, mas defenderei até à morte o direito de dizê-las." e ainda com " Meu ofício é dizer o que penso.", esta para mim sendo sua marca registrada, Voltaire, com sua ironia mal compreendida por muitos, e odiada por outros, dizendo o que pensava, conseguiu fazer da Bastilha inspiração para peças teatrais que posteriormente o tornaria rico, financeiramente e espiritualmente. Se Voltaire conseguiu tal façanha em tempos difíceis, nada mais justo aproveitar a atual democracia e respeitar diferenças, muita intolerância gera ignorância, que se faz espelho da impunidade e passividade política e muitas vezes jurídica, compreender o outro faz evoluir, compreender abarca pensar, e se em tempos de absolutismo, pensar era perigoso para o poder do monarca, fica a dica de como sair desta impunidade.
Posted on: Sat, 27 Jul 2013 06:32:50 +0000
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