Dialogo 60º A luz invadiu meus olhos provocando uma dor - TopicsExpress



          

Dialogo 60º A luz invadiu meus olhos provocando uma dor insuportável na cabeça, estava deitado sobre o leito, ao meu lado o Velho Irmão Templário dizia com uma voz distante quase inacessível: “Tome um gole disso, vai abaixar sua febre e hidratar seu corpo”, tudo ficou escuro novamente... Lá estávamos nós, prestes a entrar naquela ruina abandonada, o local era de um breu total, improvisei uma tocha com pedaço de madeira e alguns retalhos de pano, era um risco, pois o fogo chamaria a atenção de quem estivesse lá dento, mas precisávamos da visão que o fogo proporcionava naqueles corredores e labirintos, nossas espadas estavam empunhadas, o cenário era aterrorizante, havia pedaços de corpos humanos e de animais por toda parte, um rastro de sangue seguia pelo corredor sombrio... Era realmente um cenário assustador, mas um Cavaleiro Templário fora treinado para dominar seus temores, não se deixando abalar, como se bloqueássemos o fator perigo, morte, da nossa mente, maquinas preparadas para executar aquilo que foram designadas! Eu e meu Velho Irmão Templário éramos especialistas nesse quesito, dai o nosso sucesso nas batalhas que vivenciamos, confesso que o estrondoso grito na floresta era mais assustador do que a lamina de mil homens, mas estávamos prontos para enfrentar seja lá o que fosse aquilo! Corremos por todo corredor fétido com pedaços cadavéricos, vitimas da “Besta”, saímos num grande salão, um verdadeiro covil repleto de pedaços de corpos decompostos e ossadas mais antigas, não tinha saída, o único acesso era o caminho de volta, estávamos encurralados, a “Besta” estava em algum lugar lá fora. Resolvemos espera-la ali mesmo no salão, acreditávamos que nossa chance de pega-la em ambiente confinado por estarmos em dois eram maiores. Passado um tempo escutamos um granido e um uivo alto de Lobo, ele estava nos avisando que a Besta estava retornando ao seu covil, olhei para o meu Velho Irmão Templário e disse: “Lobo fez a parte dele, agora é conosco meu irmão”, ele confirmou com a cabeça. Mais um grito monstruoso foi liberado ecoando pelo longo corredor até o salão que estávamos, não tínhamos opção ela estava vindo ao nosso encontro, só nos restava confronta-la... Nós ajoelhamos no salão fazendo de nossas espadas nosso Altar, pedimos proteção de Deus, pois iriamos enfrentar algo que não era humano, pedi para que Lobo não tentasse atacar a “Besta” sozinho. Levantamos e brandimos nossas espadas ficando em cada lado da passagem que dava acesso ao salão. Começamos a escutar os passos pesados da “Besta” que vinha nitidamente arrastando mais uma vitima pelo corredor, eu orei para que não fosse Lobo que estivesse sendo arrastado, os passos da “Besta” foram ficando cada vez mais altos e estrondosos, dei sinal de alerta para meu Irmão, ele se posicionou para o ataque. Ela a “Besta” passou pela entrada de acesso, deixamo-la seguir a frente para pegarmos de surpresa, ambos ficamos espantados, era uma criatura abominável, passava os quatro metros de altura, deveria pesar no mínimo meia tonelada. Ela percebeu nossa presença, soltou o que estava arrastando, era uma mulher jovem, estava morta e desfigurada, esperamos que a “Besta” olhasse nos nossos olhos, então investimos para cima dela. Fizemos uma sequencia de ataque duplo dando diversas estocadas com nossas laminas, a “Besta” parecia ser imortal, nunca tinha visto algo vivo aguentar tantos golpes letais. Foi quando aconteceu... Ela fez um giro rápido e acertou suas garras no rosto do meu irmão que foi arremessado para rocha e caiu, eu corri dando cobertura, ela já estava muito ferida, mas não tombava. Quando a batalha estava quase perdida, Lobo veio por trás e voou pelas costas da “Besta”, mordendo ferozmente sua nuca, ficou ali pendurado com os dentes cravados enquanto eu estocava minha espada deixando profundos cortes, então ela tombou... Caiu de joelhos já vencida com os olhos marejados de sangue, eu não conseguia decifrar o que era aquilo, brandi minha espada e num único golpe fiz sua cabeça rolar para o solo. Corri acudir meu Velho Irmão Templário, ele estava consciente, apenas sangrava muito no profundo corte que ganhara no rosto. Eu mesmo costurei sua face e estanquei o sangue. Após ele ter se recuperado, nós fechamos a entrada do salão com varias placas de rocha, sepultando aquela criatura monstruosa, assim também o fizemos com a entrada da ruína, deixando todo mal que pertencia aquele lugar enterrado. FlavioK2 – Lobo Bárbaro Poeta
Posted on: Sat, 24 Aug 2013 00:18:14 +0000

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