Em 1928, Hekel Tavares e Luiz Peixoto lançaram CASA DE CABOCLO, - TopicsExpress



          

Em 1928, Hekel Tavares e Luiz Peixoto lançaram CASA DE CABOCLO, que teve gravação original de Gastão Formenti. Chiquinha Gonzaga, que em 1878 compusera a modinha BELA ROSA com a mesma melodia, ingressou judicialmente contra ambos e ganhou a questão, parcialmente. Assim, consigna-se que CASA DE CABOCLO é da autoria de Chiquinha Gonzaga, Hekel Tavares e Luiz Peixoto, de acordo com comentário abalizado do pesquisador Samuel Machado Filho. O sucesso foi estrondoso e os versos finais da canção ainda hoje são conhecidos por todos através do ditado popular: Um é pouco, dois é bom, três é demais. Bastos Tigre, quando da campanha política referente às eleições presidenciais para escolher o substituto de Washington Luiz, aproveitou a melodia em sua totalidade e elaborou esta paródia, interessantíssima, sobretudo para reavivar nossa história através da música. A gravação ficou a cargo do excelente ator humorístico e cantor Pinto Filho (Oscar Pinto de Souza), com acompanhamento de piano em 26 de junho de 1929 e lançado o disco Parlophon nº 12989-b em agosto do mesmo ano. O Chefe Político mineiro Antônio Carlos de Andrada é mencionado como "Seu Toninho ou Seu Tonico", enquanto que Júlio Prestes, Presidente de São Paulo, é tratado por "Seu Julinho". Este último foi indicado candidato situacionista e venceu a disputa em um pleito que se disse viciado. Ganhou, porém não tomou posse, havendo sido o Presidente Washington Luiz deposto por Getúlio Vargas, através da revolução de 1930. Fontes: musicachiado.webs/GravacoesRaras/PintoFilho.htm; Comentário de Samuel Machado Filho ao vídeo Casa de Caboclo, na interpretação de Inezita Barroso; A História Cantada no Brasil em 78 Rotações - Nirez. Vancê conhece o palacete Do Catete, O mais rico do país? É lá dentro, soberano, há três ano, Doutor Óxiton Luís. Tem salão e tem salinha, Bonitinha, Um jardim cheio de flor. Nas recepução de gala, Pelas sala, Fica ansim De engrossadô. Farta somente um ano e meio, Eu bem o sei-o, Para o dono se mudar. Quer por ali fazer seu ninho, Seu Toninho, Que é de Minas maiorá. Mas seu Julinho, que é paulista, Tem as vista. Nessa mesma habitação. É amigo do barbado, Tá cotado Pra vencer nas eleição. E o Tonico tem o queijo, O seu desejo, Qué cumpri, dê no que dé. Mas o tal de seu Julinho, De mansinho, Vai pagando pro café. Um deles dois tem que ír simbora, Dando o fora, Pra que tudo acabe em paz. Pro módi quê no Palacete do Catete, Um é bom, Dois é demais.
Posted on: Wed, 28 Aug 2013 03:53:50 +0000

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