"Em SP, 12 mil pessoas estão na fila para fazer uma ressonância magnética." Por que será que os médicos brasileiros não foram preencher vagas no interior do país? -Ah, mas o médico por si só já traz um grande benefício. -Sim, mas caso algum de nós vá ao médico e este nos mande embora pra casa sem sermos devidamente examinados, somente com o achismo clínico, que por sinal não pode caber na medicina, certamente reclamaremos: "ele nem sequer me examinou direito", "como ele pode saber que se trata dessa doença se não foram feitos exames?". É aí que reside o problema. O médico em si não resolve problema nenhum de saúde, se com ele não forem investidos recursos clínicos que tornem competentes as avaliações desses profissionais, ou seja, deve-se haver os mínimos recursos para exames e diagnósticos e remédios que tratem tais enfermidades. Ora, uma cidade como Natal não tem sequer uma UTI, a fila para uma simples ressonância magnética tem mais de 12 mil pessoas em SP, "um" paciente morre na fila da espera do exame de colonoscopia em Ribeirão Preto, é praticamente impossível um exame de endoscopia dentro do prazo de 6 meses em Jardinópolis para alguém em real necessidade; e um médico a mais ou um a menos faria com que a situação fosse exatamente a mesma. Se ao invés de se gastar dinheiro com mais médicos se gastasse com mais recursos pra saúde e para a residência, talvez não fossem necessários contratar médicos de fora do país, os nossos trabalhariam. Agora teremos médicos de fora para pseudo-diagnosticar, o que os nossos já fazem, e em alguns lugares nem remédios para tratar os pacientes! Mais uma garrafa de vinho no tonel furado do Brasil. E a maior calamidade de tudo isso é a agressão aos médicos estrangeiros, como se tivessem culpa de alguma coisa. Faz-se o errado, e pelo erro agride-se o inocente: o cúmulo!
Posted on: Wed, 28 Aug 2013 04:37:13 +0000
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