Faz tempo que não te escrevo. Quer dizer, faz tempo que não escrevo sobre você. Pensei que realmente havia superado, dado a volta por cima ou qualquer sinônimo desses. Pra falar a verdade, acho que superei sim. Só que hoje, agora, enquanto procuro as palavras certas, fui tomado de saudade. Fui nocauteado com um soco certeiro bem na boca do estômago. E te conhecendo do jeito que te conheço, sei que uma indireta em uma rede social não seria percebida por você. Uma ligação minha, é a última coisa que você deve estar esperando. E ligar pra que, se nossas conversas sempre virão discussões. Então escrevo até meus dedos cansarem. Escrevo até as palavras fugirem. Mesmo não sendo poeta, mesmo não sabendo usar vírgula e mesmo não sendo um usuário assíduo da gramática, te escrevo. Porque é melhor. Despejo, meus sentimentos e frustrações. Posso te imaginar, te sentir. Aqui, no papel, por 20 linhas ou mais, eu posso te descrever como eu quiser. Não é mentira, tudo bem, um pouco de ilusão, talvez. Mas quem nunca ouviu falar em licença poética? Pois, deem-me licença. Estou aqui, escrevendo, de peito aberto. Não te quero de volta, não quero que os sentimentos adormecidos sejam despertados. Apenas senti saudade. Será que me entende? Será que alguém nesse mundo ou em algum outro é capaz de me entender? Porque eu não me entendo e sei que você também não. Você acha que por eu querer saber de você, como você está ou se está bem, é querer de volta, é querer uma segunda chance. Não, já aceitei. É pra frente que se segue. Já troquei as lágrimas por sorrisos e o amor que eu sentia, apenas virou apreço. Só me preocupo. Não consigo ser assim: tão frio. Mesmo que digam o contrário. Querer o bem de que já me fez bem, não faz mal a ninguém.”
Posted on: Sun, 04 Aug 2013 14:42:28 +0000
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